agosto 13, 2023
A Era das Intuições
julho 22, 2023
No interior da mente de uma juíza
Biografia de Søren Kierkegaard
julho 16, 2023
Exalação, Ted Chiang
Neste segundo livro, "Exhalation" (2019), depois de “Stories of Your Life and Others” (2002), podemos voltar a perscrutar o brilho da mente de Ted Chiang no laborar de design fiction, ou seja, na criação de cenários credíveis de experimentação conceptual. Algumas das ideias estão centradas em problemas contemporâneos criados pelos média digitais, tornando as histórias uma espécie de variação do universo Black Mirror. Outras, estão fundamentadas em conceitos da ciência, explorando metáforas que nos fazem questionar o nosso corpo, a nossa mente e a nossa relação com as outras espécies. Estes dois temas juntam as melhores histórias do livro. Depois temos duas histórias cliché, uma de viagens no tempo e outra de multiversos, que eu tendo, nos dias de hoje, a considerar mais fantasia do que ficção científica. Na última, Chiang diverte-se a explorar como funcionaria uma ciência baseada no criacionismo.
julho 15, 2023
I Am, I Am, I Am
Humano. Feminino. Maternal. “Estou Viva, Estou Viva, Estou Viva”. Quarto livro de Maggie O’Farrell que li nos últimos 2 anos, o que evidencia o quanto me apaixonei pelo seu trabalho desde que li “Hamnet”. A sua escrita não é meramente bela, é dotada de uma capacidade descritiva particular pelo modo como produz parágrafos longamente fluídos descrevendo ações a partir dos seus efeitos psicológicos. Tendo a compará-la, ainda que cada um na sua particularidade, a Jonathan Franzen e Zadie Smith. O conteúdo do que cada um destes tende a expressar não podia ser mais distinto, nomeadamente O’Farrell não é comparável em erudição, mas o seu realismo junto à pele é bastante mais cortante. O modo é tão relevante a ponto de neste livro de memórias discordar várias vezes da sua definição do mundo, mas a intensidade honesta e humilde da forma usada apaga toda a distância que existe entre esse seu mundo e o meu.
julho 08, 2023
Their Eyes Were Watching God (1937)
"De Olhos Pousados em Deus" é uma obra de 1937, e a principal ficção de Zora Neale Hurston, uma autora hoje reconhecida pelo seu legado humanista. Formou-se pelas Universidades de Howard, Barnard e Columbia, onde realizou estudos graduados e pós-graduados em Antropologia, ao lado de Margaret Mead. Hurston tornou-se numa força cultural pelo modo como usava a etnografia para compreender a comunidade afro-americana e depois trasladava esse conhecimento para a sua produção criativa e ativismo cultural, transformando-se no rosto de vários movimentos, nomeadamente o Harlem Renaissance.
julho 02, 2023
Livros não terminados
julho 01, 2023
O Ponto Azul-Claro (1994) Carl Sagan
Black Mirror, Temporada 6, 2023
É a temporada menos conseguida, nomeadamente porque 2 episódios não possuem qualquer relação com o conceito Black Mirror (4º "Mazey Day" e 5º "Demon 79"), enquanto outros 2 ( 2º "Loch Henry" e 3º "Beyond the Sea") usam o conceito apenas como veículo para se focar noutros problemas, restando um episódio, 1º "Joan Is Awful", que se mantém totalmente fiel ao conceito. Pode pensar-se quem já tudo foi dito nas temporadas anteriores e por isso a série teve de seguir em frente, algo que não faz sentido porque o tema é simplesmente infinito. Quando muito, podemos dizer que Charlie Brooker se cansou do tema, preferiu voar para outras paragens, mas devia ter assumido isso mesmo e criado uma nova série.