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julho 31, 2016

Carlos Paredes a revolucionar em 3D

Um projeto de animação de fim de curso, da famosa escola francesa Supinfocom, apresenta-nos como protagonista, um personagem decalcado de Carlos Paredes. Em lado algum é dito o seu nome, a equipa de animação é francesa, mas a equipa responsável pela música original é constituída quase só por portugueses, ou lusodescentes (Philippe de Sousa, Sousa Santos, Nuno Estevens, Romain Debrie), e a música é cantada em perfeito português europeu, o que facilmente nos conduz ao compositor nacional. Como se não bastasse, o filme desenvolve-se à volta de uma sociedade ditatorial, o que inevitavelmente nos recorda a vida de Paredes e sua luta contra o Estado Novo.




O filme apresenta assim um guitarrista cantor, que por meio da sua arte consegue persuadir o público a revoltar-se contra o estado das coisas, e tão bem o consegue fazer que logo se vê envolvido numa tentativa de rapto para o obrigarem a reproduzir o mesmo efeito a partir das forças opositoras.

Carlos Paredes

A animação é boa, aliás como é apanágio dos alunos da Supinfocom, mas o mais interessante é mesmo a multiculturalidade envolvida, nomeadamente entre franceses e portugueses, e que como se pode ver nesta curta acaba funcionando na ampliação das possibilidades narrativas. Claro que a mim, e a todos os portugueses, diz ainda mais por tratar-se de um artista e herói nacional, e de um período da nossa história que não devemos esquecer.

"Centopeia" (2014) de Clement Rouil, Leonie Després, Bertrand Piot, Yoann Drulhe, Alexis Caillet, Jerôme Regef


Atualização: 31 Jul 2016, 15:47 
Depois de partilhar o texto, o Leonel Morgado disse-me que a música não é original mas é antes uma composição e letra de Luis Goes intitulada "Homem só, meu irmão" do álbum "Canções do Mar e da Vida" (1969).

Isto levanta-me um problema, porque se fazer referência a Carlos Paredes no caso da criação do personagem à sua imagem não me coloca reservas autoriais, embora ficasse bem a referência, no caso da música é diferente, não ficava só bem, como legalmente era obrigatório.

setembro 24, 2014

Do outro lado do muro

"Greenfields" (2013) é mais uma belíssima animação de licenciatura da escola Supinfocom. Realizada por Luis Betancourt, Benjamin Vedrenne, Joseph Coury, Michel Durin e Charly Nzekwu em Junho de 2013.



Uma pequenina história que toca num ponto central da discussão sobre modelos e ideologias de regimes políticos. A distopia é apresentada, fazendo-nos lembrar os países por detrás do muro soviético de outrora, dado o salto, somos dados a ver o outro lado da realidade, da potencial sociedade capitalista. Simples, mas forte, capaz de nos questionar sobre muito daquilo que fazemos todos os dias, e porque fazemos...

Em termos técnicos temos um bom trabalho de fusão entre 3d e texturas com sabor a 2d, tudo renderizado com efeitos de outline 2d, criando toda uma estética analógica, autêntica e autoral. O melhor acaba por ser a própria realização que nos conduz e nos entrega o mundo, surpreendendo-nos e sugando-nos para a discussão que se quer lançar.

"Greenfields" (2013)

janeiro 29, 2014

Entrevista com Carlos De Carvalho - Diretor Digital

Carlos De Carvalho (38), é francês, filho de portugueses, nascido em Lille, França. Fez a sua formação de base numa escola de artes belga, a Saint Luc de Tournai, na área de ilustração e design gráfico (7 anos) e depois terminou a sua formação, em cinema digital (2 anos), na Supinfocom, Valenciennes, França. A sua recente curta de animação "Premier Automne" (2013) ganhou 15 prémios, em festivais um pouco por todo o mundo, de Tokyo a Buenos Aires.

"Juste de l’eau" (2014) (análise e filme completo)

Assim que vi a sua nova curta, “Juste de l’eau” (2014) quis imediatamente conversar com o Carlos. Porque se já tinha ficado imensamente impressionado com Premier Automne, agora parecia-me que as dimensões técnica e estética tinham atingido todo um novo patamar. Por isso trocámos várias ideias, e aqui fica o resultado dessa conversa.

"Premier Automne" (2013) (análise e filme completo)


1 - De onde veio a ideia para “Juste de l’eau”?
:: Para mim "Juste de l’eau" é um bom resumo do meu trabalho. O meu trabalho é muito baseado na interpretação que o espectador possa fazer dele. Responder cabalmente a essa pergunta seria como congelar a história do filme. Direi apenas que existe alguma da minha fantasia na ideia de que sou de Portugal, e muito do meu amor por este país.



2 - Como foi financiado o filme? 
:: O filme é inteiramente auto-produzido, eu sozinho durante um mês de pré-produção, e depois três meses de produção com uma equipa de 6 pessoas.


3 - O estúdio JeRegarde é um estúdio independente, como é que vocês financiam o vosso trabalho? 
:: Je Regarde é um coletivo que reúne muitos artistas de diferentes origens. Como Masanobu e Shino que trabalham e vivem no Japão, ou Andrea que vem de Itália. Os restantes membros são franceses. O financiamento dos nossos projetos é altamente variável. Por exemplo, "Premier Automne" recebeu apoio financeiro por parte das autoridades e de assistência a nível local e nacional (CNC).
No entanto, "Juste de l'eau", não teve qualquer apoio financeiro. Aconteceu tudo muito rápido. E a obtenção de subsídios é um processo muito longo e tedioso. Por isso alguns projetos podem ser montados sem financiamento por causa da flexibilidade e velocidade a que decorrem.


4 - Como está a produção de animação em França para jovens criadores? É um país que apresenta boas oportunidades a quem quiser deslocar-se, para aí fazer uma carreira?
:: Embora a obtenção de financiamento seja um processo longo e tedioso, em França temos um dos melhores sistemas de financiamento para curtas-metragens. Não acho que seja a melhor a pessoa para responder à pergunta sobre a vinda de criativos para França. O que posso dizer é que há um montes de oportunidades, porque França é neste momento o terceiro maior produtor de animação do mundo. Além disso, as escolas da área, pela qualidade da sua formação ganharam uma reputação internacional, exemplos como Supinfocom, Les Gobelins, La Poudrière...


5 - A julgar por um filme tão próximo de Portugal, gostarias de viver e trabalhar em Portugal?
:: Sim, se surgir a oportunidade, será um prazer viver e trabalhar em Portugal.



6 - Em termos estéticos, e percebendo que é uma marca de algumas animações tuas, o que buscas com aquele efeito de centrifugação da imagem? É apenas um efeito visual, ou tem algo mais subjacente?
:: A minha abordagem não é reproduzir a realidade, mas antes garantir a maior distância possível. Eu procuro todos os meios possíveis para extrapolar e expandir o meu universo, sem me fixar no realismo. Essa liberdade, e despreendimento, torna o meu trabalho muito mais fácil, pelo menos para mim. Estas perspectivas amplificadas, permitem-me colocar as minhas linhas de força onde quero, a fim de compor as imagens como pretendo.



7 - No teu filme anterior, "Premier Automne" essa técnica não está presente porquê?
:: "Premier Automne" é essencialmente um mundo vegetal em curva. A característica visual é principalmente sobre o fundo negro que absorve leves toques de vegetação. Este é um universo introspectivo e espectral. As perspectivas distorcidas são mais facilmente adaptadas às linhas retas como linhas de edifícios. Por outro lado, cada filme tem sua própria identidade e espero desenvolver um novo estilo visual para cada novo projeto.


8 - O que quer dizer o ganso morto nas costas do pequeno porco?
:: A primeira vez que vemos o personagem principal, parece que enfrentamos um anjo. O contra-campo corrige a percepção deste porquinho para nos mostrar um animal morto. Eu gosto deste contraste. Ajuda a diferenciá-lo dos outros porquinhos, e a tornar visível ao espectador a representação da sua alma morta. Também é importante para simbolizar o que leva da vida, e no final a esperança.


9 - Que técnicas e tecnologias foram utilizadas para a criação do filme?
:: Os personagens, as caravelas, e a água é tudo em 3D, feito com Softimage. O resto é feito a partir de ilustração 2D, com muita composição em After Effects. Tentamos otimizar o trabalho, há coisas que são mais rápidas em 3D, e por vezes outras são mais rápidas em 2D.


10 - Qual foi a cena mais complicada de compor?
:: Todas as cenas de multidão foram bastante complexas. Houve muita animação para gerir e colisões a serem evitadas.



11 - Existe algum detalhe técnico que te deixe particularmente orgulhoso neste filme?
:: Embora o plano seja muito curto, fiquei muito feliz com o resultado da dança dos porcos casados que se transformam em monstros. Esta foi uma técnica que eu gostaria de ter desenvolvido e ampliado ainda mais. Para mim o 3D é muito rígido, por isso quis encontrar alternativas para que os personagens pudessem evoluir na sua aparência.



12 - Qual é o futuro desta curta? Vais enviar para Festivais, TV, etc?
:: Sim, é isso. Embora eu ache que a prioridade desta curta-metragem continue a ser a Web.


13 - E tu, como vai ser o futuro, que projectos novos tens?
:: Fazer curtas-metragens é caro. Eu não posso fazer isto por tempo indeterminado, por isso preciso de alternar com encomendas da publicidade. Sobre os meus projetos futuros, tenho um monte de ideias que gostaria de desenvolver, mas uma coisa de cada vez.


janeiro 26, 2014

quando a animação reflete o país de origem

Há um ano falei aqui de Carlos Carvalho a propósito da sua multi-premiada curta de animação, Premier Automne (2013). Agora volto com o seu novo trabalho, "Juste de L’Eau" (2014) que trata um dos momentos de regresso a casa dos velejadores portugueses no auge dos Descobrimentos. Um tema que não é indiferente ao facto de Carlos Carvalho ser filho de portugueses, nascido e formado em França, tendo passado pela famosa escola Supinfocom.




Em Juste de L’eau (2014) Carvalho volta a universos visuais muito seus, nomeadamente a distorção e centrifugação dos cenários, a que já pudemos assistir em “L’Histoire de Rouge” (2008). Em Juste de L’Eau a distorção visual parece no entanto ser ainda mais intensa, o que em conjunto com a saturação e multiplicidade de cor, lhe dá todo um corpo surreal, como se Carvalho estivesse a transpor para o ecrã um sonho visto de longe.

Em termos interpretativos, podemos dizer que Carvalho se encena a si próprio, a olhar para todo aquele reconfortar de almas, fonte da saudade nacional, que desde os descobrimentos se apossou do nosso povo, para não mais o largar. São os velejadores que regressam de viagens duras, e encontram as famílias, num século XV, mas podiam bem ser imigrantes portugueses que regressam a Portugal no século XX. E quem por ninguém espera, assume aqui a sua melancolia, por sentir a falta dessa saudade, que só sente quem está longe. Em certa medida, poderia dizer que o título nos diz que a única diferença entre o século XV e o século XX, foi o caminho feito, apenas de água (juste de l'eau).

Impressiona-me ver estes artistas, com alma portuguesa, que trabalham espalhados pelo mundo, nunca precisaram do país, nem nunca este lhes ofereceu nada, mas eles continuam a recordá-lo como algo que lhes diz, que lhes fala, que transmite um pulsar. Ainda na semana passada aqui falava do último trabalho de Daniel Sousa, Feral (2012), agora nomeado ao Oscar 2013 de Melhor Curta de Animação, que apesar de não ser tão explicitamente sobre Portugal, como é Juste de L'eau, transpira atmosferas e costumes nacionais.

"Juste de l'eau" (2014) de Carlos Carvalho


Atualização 29.01.2014
Entrevista com Carlos De Carvalho

abril 29, 2013

antropomorfia realista

5m80 (2013) é um trabalho de Nicolas Deveaux para a produtora francesa de 3d para publicidade, a Cube Créative. Deveuax saiu da Supinfocom em 2002, e pouco depois realizava 7 tonnes 3 (2003). 5m80 é um voltar atrás 10 anos, e criar uma continuação para 7 tonnes 3.


O que temos aqui é algo que de tão estranho se entranha em nós. A fusão de dois universos tão longínquos, tão bem conseguido que ao fim de algum tempo começam a fazer a sentido, e nós próprios nos surpreendemos por isso. O realismo gráfico é impressionante, assim como a naturalidade dos movimentos, bem ritmado, sem simetrias fáceis. Não tem um objectivo narrativo, procura apenas surpreender e abrir a nossa curiosidade.

abril 01, 2013

"Premier Automne" (2013), o romantismo do impossível

Premier Automne (2013) é mais um filme de animação 3d que deixa para trás o apelo 3d convencional de que venho aqui falando, mas socorrendo-se de todo o potencial do digital para criar um universo visual carregado de detalhe, texturas e partículas. O resultado final é um misto entre o digital e o artesanal, capaz de criar um universo único e belo. O filme foi dirigido pelo casal Carlos de Carvalho e Aude Danset de Carvalho, ambos ilustradores e formados na Supinfocom, e ambos colaboradores no estúdio francês independente Je Regarde.





Premier Automne é uma curta com ritmo melancólico, tratando o sujeito da impossibilidade de conciliação. A comunicação da narrativa funciona perfeitamente, e retribui a nossa atenção. Os dilemas do impossível sempre foram uma condição base do romantismo, e o tratamento é feito com muita elegância e savoir-faire. Mas é no campo estético que o filme se ultrapassa. Existe uma atenção ao detalhe, um trabalho nas camadas de elementos visuais que se misturam, inclusive todo o ambiente em redor da ação em movimento, como a neve e as goticulas, que impressiona, e é pouco comum.
Sinopse: "Abel vive no Inverno e Apolline no Verão. Isolados nas suas "naturezas", nunca se conheceram. Nem é suposto encontrarem-se. Assim, quando Abel cruza a fronteira e descobre Apolline, a curiosidade toma conta de si. O encontro torna-se rapidamente mais complicado do que eles poderiam imaginar. Ambos terão de aprender o compromisso para se protegerem um ao o outro..."
A selecção de cor é bastane sóbria, a condizer com as texturas carregadas de irregularidade e relevo. Por seu lado os shaders são muito difusos, ajudando a criar superfícies ricas e densas, mais uma vez a servir a criação visual num sentido mais artesanal e menos digital. A iluminação acaba por funcionar muito bem por conta dos shaders.


Premier Automne (2013) de Carlos de Carvalho e Aude Danset

Acredito que algumas componentes de partículas que se veem no filme, nomeadamente aquelas que voam constantemente à volta dos personagens tenham sido feitas em 2d no After Effects. Ainda assim muitas outras que cheguei a pensar que eram também 2d, foram feitas em 3d como podem ver no Making Of.

Entretanto descobri que toda esta estética que podemos ver em Premier Automne vem de trás. Um trabalho dos mesmos autores de 2007 revelava já muito do que podemos ver aqui. É um trabalho curtinho, mas que vale a pena sorver todos os segundos. Deixo-o aqui também porque vale a pena ver depois de Premier Automne.

L'Histoire de Rouge (2008) de Carlos de Carvalho

março 26, 2013

3d sob uma camada artesanal

O 3d definitivamente está a dar um novo salto estético em termos visuais. Já me tinha dado conta disto no filme Fat (2013), mas agora Folksongs & Ballads, da Supinfocom, que já é de 2011 mas só agora chegou à rede, faz-me acreditar ainda mais nesta convicção. Aliás faz mesmo parecer a técnica de Paperman quase desnecessária. Sabemos que isto é 3d, mas toda a ilustração, texturização e renderização faz esquecer esse facto através da beleza que emana.


Existe neste filme quase que uma obssessão na fuga à simetria, tão típica do filme 3d, originária da produção matemática pelo software. Podemos ver como quase todos os objectos se apresentam carregados de distorção na forma, conferindo-lhe uma marca de autenticidade do artesanal. As próprias texturas, as mais relevantes, são pintadas à mão e depois aplicadas sobre os modelos. Todo o filme respira a artesanto, a tradicionalidade, o que entra em total sintonia com o tema do próprio filme. E é algo que torna impossível não nos impressionar, no sentido de compreendermos do que é capaz o 3d.

É um filme de estudante, criado por Mathieu Vernerie, Pauline Defachelles e Rémy Paul, e nesse sentido aceita-se que algumas, muito poucas, das imagens tenham escapado em parte a este processo de tornar mais artesanal. Existem alguns objectos descuidados aqui e ali, mas isso não invalida nem menoriza em nada a excelência do trabalho desta equipa de estudantes.



A qualidade da curta não se limita aos aspectos técnicos visuais, o filme é em si uma pequena pérola pela forma como obedece a um ritmo lento em consonância com o tema, criando toda uma atmosfera que nos ajuda a transportar para o universo representado em cena. O design dos personagens não é o melhor do filme, ainda assim o personagem principal é uma delícia, convincente e capaz de nos fazer sentir que vive ali, naquele mundo desolado.

Folksongs & Ballads (2011) Mathieu Vernerie, Pauline Defachelles, Rémy Paul

março 11, 2013

a cor de "Fat" e a animação de "Paper Wars"

Trago duas curtas de estudante que apresentam histórias medianas, mas por outro lado lado apresentam enorme talento no campo da forma. Fat (2011) de Gary Fouchy, Yohann Auroux Bernard e Sebastien De Oliveira Bispo criada na Supinfocom em Arles, França, sofre de incapacidade de fechamento da narrativa. Já Paper War (2012) de Zhe Zhang, criado na Communication University of China, em Beijin, sofre de estereótipos retrógrados de género.


A Supinfocom é sobejamente reconhecida no mundo da animação, tudo o que Fat não brilha na história, brilha na arte, nomeadamente no campo da luz e cor. Ver Fat é uma experiência do mais puro prazer visual graças à excelência do trabalho de selecção e aplicação de cores, texturas, shaders e luzes. Um filme 3d com influências 2d muito fortes.




Fat (2011) de Gary Fouchy, Yohann Auroux Bernard e Sebastien De Oliveira Bispo

Os filmes de animação chegados da China são uma novidade por cá, é contudo uma excelente estreia, acima de tudo no campo da animação. A fluidez e velocidade imprimida à comunicação visual é impressionante, delicia-nos do princípio ao fim. Fico deste modo muito bem impressionado com esta Universidade de Comunicação que parece estar no topo das universidades dedicadas ao estudo dos media na China. A Universidade apresenta várias Faculdades desde de Televisão e Jornalismo ao Cinema, à Animação, Publicidade, Artes, Computação, entre outras.



Paper War (2012) de Zhe Zhang

agosto 07, 2010

artefactos para sorver no descanso

Antes de entrar em blackout digital pelo menos por 7 a 10 dias, deixo aqui um post com vários vídeos que vi nos últimos dias e não tive tempo de partilhar. Alguns com sabor a caramelo visual e outros com sabor a food for thought.




Video Wall: Yan City: The Past Meets the Future (2010)
de Spinifex Group
Concebido para ser projectado numa parede com 200 metros de comprimento.




Trailer: Sucker Punch (2011) de Zack Snyder


Curta: La Marche Des Sans Nom (2007) de Jean Constantial, Lucas Vigroux e Nicolas Laverdure. Projecto de estudante da Supinfocom.




Instalação: IN/JECT (2010) de Herman Kolgen.
“A human body is injected in a cistern. Over the course of 45 minutes, the pressure of the liquid exerts upon him multiple neurosensorial transformations. From his epidermal fiber to his nervous system, he reacts to influxes of viscosity in this liquid chamber. His cortex, lac king oxygen, gradually loses all notions of the real. Like a human guinea pig: a matter-body whose psychologica l states are the object of kinetik tableaux, of singular temporal spaces.”


Trailer de Jogo: Gears Of War 3 “Ashes To Ashes” (2011)
de Vernon R. Wilbert Jr.




Jogo iPhone: Rekord Makers game por Moriceau & Mrzyk



Documentário: The Story of Stuff (2009) por Annie Leonard
via @David Mota
"The Story of Stuff exposes the connections between a huge number of environmental and social issues, and calls us together to create a more sustainable and just world. It'll teach you something, it'll make you laugh, and it just may change the way you look at all the stuff in your life forever. "


Curta documentário: The Mast Brothers (2010) de Brennan Stasiewiccz
via @Luís Santos

janeiro 18, 2010

Artistas 3d PT

Já ando para listar aqui esta informação há bastante tempo mas não é fácil colocar cá tudo o que se quer porque o tempo não abunda. Então hoje depois de ter visto uma reportagem no Facebook (da SIC colocada pelo Leonardo) sobre o Bruno Mayor, achei que em vez de falar aqui apenas dele deveria antes colocar cá toda a informação sobre Artistas Portugueses de 3D. Antes disso vejam o trabalho de fim de curso na Supinfocom de Bruno Mayor.



O que mais impressiona neste trabalho, nem é tanto a componente de modelação 3d ou mesmo de composição, mas é um excelente trabalho de direcção - ritmo, enquadramentos, montagem e animação. E esse trabalho é em grande medida feito pelo Bruno e por isso mesmo foi reconhecido por empresas como a Dreamworks.

A lista que se segue foi conseguida através de trabalhos vistos online (cgsociety.org), em revistas como a 3D Artist ou a 3D World, e muitos dos nomes discutem regularmente no fórum Dim3nsão. Neste fórum podem ser lidas algumas interessantíssimas entrevistas a alguns destes artistas. Temos portugueses em algumas das maiores empresas do mundo em 3d - Pixar, Framestore, CIS-Vancouver. Ao nível das empresas nacionais a Ingreme continua a destacar-se.


UP e Where the Wild Things Are, são dois filmes de 2009 com marca portuguesa.

André Pinguinha - freelancer (Portugal)
Artur Leão - Ingreme (Portugal)
Bruno Mayor - Dandelion Studios (UK)
Fernando Martins - freelancer (Portugal)
Hélder Real - freelancer (Portugal
Luís Mouta - freelancer (Portugal)
Marco Peixoto - Kontentor (Portugal)
Mario Domingos - freelancer (Portugal)
Miguel Angelo - freelancer (Portugal)
Pedro Mota Teixeira - freelancer (Portugal)
Rui Romano - Ingreme (Portugal)
Sergio Duque - freelancer (Portugal)

Agradeço desde já todos os que puderem contribuir para esta lista.