De há alguns anos para cá Julho deixou de ser um dos meses mais calmos, aquele que era um mês de preparação para as férias, e passou a ser o mês de fecho de tudo e mais alguma coisa. Desta forma foi-se tornando aos poucos num dos meses mais stressantes. Ainda assim, consegui ter tempo para alguns poucos filmes, e dois jogos. No caso do cinema duas obras interessantes, mas diametralmente opostas. Transcendence, trucidado pela crítica, acabou por ser bastante interessante, apesar de inúmeros problemas. Acredito que quando revirmos este filme daqui a 15 ou 20 anos vamos encontrar ainda muitas ideias interessantes. Já o caso de Te doy mis Ojos é um filme sobre a violência doméstica, que precisa de ser visto e partilhado, porque acredito que pode ajudar a salvar vidas. Por outro lado fartei-me de ver filmes, que vinham muito bem recomendados, e que não passaram do mediano - Noah, Venus in Fur, Under the Skin, Snowpiercer.
xxxx Transcendence 2014 Wally Pfister USA
xxxx Te doy mis ojos 2003 Icíar Bollaín Spain
xxx Under the Skin 2013 Jonathan Glazer UK
xxx Noah 2014 Darren Aronofski USA
xxx Venus in Fur 2013 Roman Polanski France
xxx Snowpiercer 2013 Joon-ho Bong South Korea
xxx Trois mondes 2012 Catherine Corsini France
xxx Like Stars on Earth 2007 Aamir Khan India
x Pompeii 2014 Paul W.S. Anderson USA
No mundo dos videojogos, duas obras fizeram as delícias deste mês, AC3 e LA Noire, ambos foram entretanto analisados aqui no blog.
xxxx Assassin's Creed III 2012 Ubisoft Montreal Adventure/Action Canada [Análise]
xxxx L.A. Noire 2011 Rockstar Adventure/Action Australia [Análise]
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agosto 01, 2014
julho 04, 2014
Filmes e jogos de Junho 2014
Em junho tive oportunidade ver mais uma obra-prima do cinema francês, assim como assistir ao derradeiro trabalho de Miyazaki, tendo conseguido ainda ver o primeiro filme realizado por Farhadi que não me surpreendeu, embora para primeiro filme funcione bastante bem. Algo que não foi desilusão, mas antes surpresa, dado o excesso de violência foi "300 Rise of an Empire", para quem como eu se tem sentido chocado com a ultraviolência nos videojogos, "300..." vai muito além do que se tem visto por aí, e no entanto a classificação em vários países situa-se nos 16 anos.
xxxxx Blue Is the Warmest Color 2013 Abdellatif Kechiche France [Análise]
xxxx The Wind Rises 2013 Hayao Miyazaki Japan
xxxx Enemy 2013 Denis Villeneuve USA
xxxx The Quatermass Xperiment 1955 Val Guest UK
xxx Non-Stop 2014 Jaume Collet-Serra USA
xxx Layer Cake 2004 Matthew Vaughn UK
xxx Dancing in the Dust 2002 Asghar Farhadi Iran
xx 300 Rise of an Empire 2014 Noam Murro USA
xx The Monuments Men 2014 George Clooney USA
No mundo dos videojogos não consegui tempo para ir além de terminar a trilogia de Mass Effect. Tenho vários jogos abertos, mas não tenho conseguido sentar-me e dedicar-lhes tempo.
xxxx Mass Effect 3 2012 BioWare Action USA [análise brevemente]
xxxxx Blue Is the Warmest Color 2013 Abdellatif Kechiche France [Análise]
xxxx The Wind Rises 2013 Hayao Miyazaki Japan
xxxx Enemy 2013 Denis Villeneuve USA
xxxx The Quatermass Xperiment 1955 Val Guest UK
xxx Non-Stop 2014 Jaume Collet-Serra USA
xxx Layer Cake 2004 Matthew Vaughn UK
xxx Dancing in the Dust 2002 Asghar Farhadi Iran
xx 300 Rise of an Empire 2014 Noam Murro USA
xx The Monuments Men 2014 George Clooney USA
No mundo dos videojogos não consegui tempo para ir além de terminar a trilogia de Mass Effect. Tenho vários jogos abertos, mas não tenho conseguido sentar-me e dedicar-lhes tempo.
xxxx Mass Effect 3 2012 BioWare Action USA [análise brevemente]
junho 13, 2014
Filmes e jogos de Maio 2014
Ainda não tinha aqui deixado a lista de filmes e jogos do mês passado porque tenho andado numa corrida a fechar tarefas, mas quantas mais fecho mais novas se abrem. Assim com algum atraso, aqui fica a lista, no cinema sem dúvida que a nota especial é para Ida de Pawlikowski, mas também para o The Lego Movie e para um filme da vaga romena que ainda não tinha visto de Serban, assim como para um dos primeiros de Farhadi. Já como desilusão, embora não o devesse ser, fica a inacreditável produção 47 Ronin, como foi possível atirar 175 milhões assim pela janela fora?
xxxxx Ida 2013 Pawel Pawlikowski Poland [Análise]
xxxx The Lego Movie 2014 Phil Lord, Christopher Miller USA
xxxx If I Want To Whistle, I Whistle 2010 Florin Serban Romania
xxxx Fireworks Wednesday 2006 Asghar Farhadi Iran [Análise]
xxx Grand Central 2013 Rebecca Zlotowski France
xxx Babycall 2011 Pål Sletaune Norway
x 47 Ronin 2013 Carl Rinsch USA
Já no campo dos videojogos Maio foi o mês de Mass Effect, entretanto só agora em Junho consegui terminar a trilogia, espero dar conta aqui da experiência, mas pode demorar, porque ando a tentar escrever um artigo em maior profundidade sobre a série, vamos ver.
xxxxx Papo & Yo 2012 Minority Adventure/Action Canada [Análise]
xxxxx Mass Effect II 2010 BioWare RPG/Action USA [análise brevemente]
xxxxx Mass Effect 2007 BioWare RPG USA [análise brevemente]
xxxxx Ida 2013 Pawel Pawlikowski Poland [Análise]
xxxx The Lego Movie 2014 Phil Lord, Christopher Miller USA
xxxx If I Want To Whistle, I Whistle 2010 Florin Serban Romania
xxxx Fireworks Wednesday 2006 Asghar Farhadi Iran [Análise]
xxx Grand Central 2013 Rebecca Zlotowski France
xxx Babycall 2011 Pål Sletaune Norway
x 47 Ronin 2013 Carl Rinsch USA
Já no campo dos videojogos Maio foi o mês de Mass Effect, entretanto só agora em Junho consegui terminar a trilogia, espero dar conta aqui da experiência, mas pode demorar, porque ando a tentar escrever um artigo em maior profundidade sobre a série, vamos ver.
xxxxx Mass Effect 2007 BioWare RPG USA [análise brevemente]
maio 09, 2014
Quando os hábitos mudam (do cinema para os videojogos)
Nos últimos anos tenho colocado aqui a lista dos filmes que vou vendo em cada mês. Foi um hábito que desenvolvi porque a determinada altura dei-me conta que me comecei a esquecer os filmes que já tinha visto, e por isso o ato de os registar aqui ajudava-me a solidificar memórias. Ao longo destes anos tive oportunidade de através deste método perceber como decorria o mês, em termos de conteúdos acedidos. Ora a realidade com que me deparei nos últimos meses foi um constante decréscimo no número de filmes vistos, e um aumento no número de videojogos terminados. Esta mudança não parou de se agravar, e neste mês de Abril deparei-me pela primeira vez com um número maior de jogos do que filmes. E isto é tão mais relevante quando cada jogo requer, no mínimo, 10 vezes mais investimento de tempo.
Não sei se é um mudança para manter. É verdade que a lista de filmes que quero ver não pára de aumentar, no entanto quando chega o momento de ver ou jogar, tenho optado muito mais por jogar, os filmes parecem não conseguir estar a exercer sobre mim o encanto que exerceram durante toda à minha vida. Se por um lado, acho natural dado todo o meu envolvimento com o meio, por outro não deixo de me preocupar. O meu meio de eleição, em termos de ficção, sempre foi o filme. O que estará a acontecer?
Videojogos de Abril 2014
xxxxx Ni no Kuni: Wrath of the White Witch 2013 Studio Ghibli JRPG Japan [Análise]
xxxxx Spec Ops: The Line 2012 Yager Development Adventure Germany [Análise]
xxxxx Fallout 3 2008 Bethesda RPG USA [Análise]
xxxx Monument Valley 2014 USTwo Puzzle Sweden [Minigame] [Análise]
xxx Max Payne 3 2013 Rockstar Action Canada [Análise]
Julgo que existem dois factos que concorrem para esta mudança, sendo um deles mais determinante, e que passa pela mudança que o meio dos videojogos tem sofrido nos últimos anos em termos de histórias contadas, e formas de contar. Hoje é possível encontrar jogos que apresentam histórias com elaboração social capaz de nos questionar, e lançar na introspecção. Não temos apenas escapismo, entretenimento ou passa-tempo, temos viagens através de elaboradas redes de factos, eventos e personagens que nos prendem, nos motivam e nos ensinam.
O segundo facto, advém de eu ter tomado a decisão de levar os meus jogos, praticamente todos, até ao final. Até aqui, existiam muitos jogos que explorava as primeiras horas, estudava as mecânicas, o entrelaçamento formal com as histórias, e depois seguia para outro. Uma das explicações para tal, tinha que ver com a quantidade de jogos que queria explorar, conhecer e trabalhar. A partir do momento que passei a levar os jogos até ao final, o investimento de tempo por jogo, foi multiplicado por 3 ou 4 vezes, o que reduziu o número de jogos jogados em cada mês. Por outro lado, ganhei em experiência fruidora.
Filmes de Abril 2014
xxxx Le Trou 1960 Jacques Becker France
xxx The Last Days on Mars 2013 Ruairi Robinson UK
xxx American Hustle 2013 David O. Russell USA
xxx Dreamworld 2012 Ryan Darst USA
Ou seja, por vezes em termos do meu trabalho, não retiro muito mais do jogo, indo além das 4 ou 5 horas, mas o facto de levar o jogo ao final, permite-me ganhar uma compreensão alargada, contextualizada, e mais aprofundada de algumas decisões dos criadores. Por outro lado permite também ser recompensado com a expediência narrativa ficcional, que até aqui ia buscar ao cinema. Por isso se agora obtenho essas experiências através dos jogos, o cinema acaba por ser secundarizado. Aliás, isto não é diferente do que acontecia na minha relação com a literatura e cinema. Raramente lia ficção, dedicando grande parte do tempo de leitura à não-ficção, a ficção acabava por ficar para o cinema. Agora parece que a começo a obter a partir dos videojogos! Não sei se será para manter, depende dos jogos que forem surgindo, das histórias que nos quiserem contar, da forma como nos quiserem envolver. Vamos ver.
Não sei se é um mudança para manter. É verdade que a lista de filmes que quero ver não pára de aumentar, no entanto quando chega o momento de ver ou jogar, tenho optado muito mais por jogar, os filmes parecem não conseguir estar a exercer sobre mim o encanto que exerceram durante toda à minha vida. Se por um lado, acho natural dado todo o meu envolvimento com o meio, por outro não deixo de me preocupar. O meu meio de eleição, em termos de ficção, sempre foi o filme. O que estará a acontecer?
Videojogos de Abril 2014
xxxxx Ni no Kuni: Wrath of the White Witch 2013 Studio Ghibli JRPG Japan [Análise]
xxxxx Spec Ops: The Line 2012 Yager Development Adventure Germany [Análise]
xxxxx Fallout 3 2008 Bethesda RPG USA [Análise]
xxxx Monument Valley 2014 USTwo Puzzle Sweden [Minigame] [Análise]
Julgo que existem dois factos que concorrem para esta mudança, sendo um deles mais determinante, e que passa pela mudança que o meio dos videojogos tem sofrido nos últimos anos em termos de histórias contadas, e formas de contar. Hoje é possível encontrar jogos que apresentam histórias com elaboração social capaz de nos questionar, e lançar na introspecção. Não temos apenas escapismo, entretenimento ou passa-tempo, temos viagens através de elaboradas redes de factos, eventos e personagens que nos prendem, nos motivam e nos ensinam.
O segundo facto, advém de eu ter tomado a decisão de levar os meus jogos, praticamente todos, até ao final. Até aqui, existiam muitos jogos que explorava as primeiras horas, estudava as mecânicas, o entrelaçamento formal com as histórias, e depois seguia para outro. Uma das explicações para tal, tinha que ver com a quantidade de jogos que queria explorar, conhecer e trabalhar. A partir do momento que passei a levar os jogos até ao final, o investimento de tempo por jogo, foi multiplicado por 3 ou 4 vezes, o que reduziu o número de jogos jogados em cada mês. Por outro lado, ganhei em experiência fruidora.
Filmes de Abril 2014
xxxx Le Trou 1960 Jacques Becker France
xxx The Last Days on Mars 2013 Ruairi Robinson UK
xxx American Hustle 2013 David O. Russell USA
xxx Dreamworld 2012 Ryan Darst USA
Ou seja, por vezes em termos do meu trabalho, não retiro muito mais do jogo, indo além das 4 ou 5 horas, mas o facto de levar o jogo ao final, permite-me ganhar uma compreensão alargada, contextualizada, e mais aprofundada de algumas decisões dos criadores. Por outro lado permite também ser recompensado com a expediência narrativa ficcional, que até aqui ia buscar ao cinema. Por isso se agora obtenho essas experiências através dos jogos, o cinema acaba por ser secundarizado. Aliás, isto não é diferente do que acontecia na minha relação com a literatura e cinema. Raramente lia ficção, dedicando grande parte do tempo de leitura à não-ficção, a ficção acabava por ficar para o cinema. Agora parece que a começo a obter a partir dos videojogos! Não sei se será para manter, depende dos jogos que forem surgindo, das histórias que nos quiserem contar, da forma como nos quiserem envolver. Vamos ver.
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