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março 19, 2014

Economias dos bens virtuais

Novo documentário da série OffBook, "The Rise of Videogame Economies" (2014), podemos ver várias discussões em redor das novas economias geradas pelos videojogos online. Escassez e desafio a base de qualquer jogo, mas também a base do que nos motiva enquanto seres humanos. Por isso é tão complicado desenvolver regulações que optimizem a vida em sociedade, porque uma sociedade perfeitamente regulada, não responderia às ansiedades cognitivas dos seres humanos, como muito bem acaba sendo explicado em “The Matrix” (1999). Somos seres dominados por um conjunto de elementos que compõem a motivação de cada um de nós, que por sua vez é fortemente dominada por muita irracionalidade (cf. Behavioral Economics).



Não existe nada lógico no facto de alguém comprar uma espada virtual num videojogo por  centenas ou milhares de euros, baseado na sua escassez artificial, é completamente irracional. Podemos e devemos pagar o trabalho do criador do artefacto original, mas adquirir por um preço inflacionado pelo facto de poucas pessoas deterem o mesmo item que pode facilmente ser copiado é desprovido de sentido. Contudo milhões fazem-no todos os dias, porque aquilo que dita às suas motivações não é a lógica, mas antes um conjunto de cálculos mentais sobre um conjunto de variáveis sociais enviesadas que contribuem para dar ao indivíduo a crença de que é lógico e faz sentido aquela compra.

Por outro lado, é tudo isto que nos faz mover todos os dias, as lógicas e as ilógicas das acções e interacções que temos com os outros, isso contribui para nos motivar e manter interessados no mundo que nos rodeia. É complexo mas desafiante, e sem desafio não existiria vida.

The Rise of Videogame Economies (2014)

fevereiro 14, 2014

a arte do retrato

"The Art of Portrait Photography" (2013) é um episódio da série OffBook dedicado à fotografia de retrato. Não sendo nada de novo, está muito interessante pela forma como aborda rapidamente a história do retrato desde a pintura, seguido da apresentação de algumas variantes do retrato, tais como a fotografia narrativa, a exploração das relações do sujeito e espaço, ou ainda da criação de momentos de estranheza. Em termos visuais, os trabalhos apresentados são bastante ricos e belos. Vale a pena investir os sete minutos a ver o filme.




"Humans have been creating likenesses of each other for thousands of years, but with the introduction of photography, a new language developed for capturing the human image. Photography created opportunities for not just for biography and documentation, but also depth, empathy, and experimentation. Many portrait photographers today elevate their work from mere photo to art, communicating ideas and capturing the human subject with dignity, all while exploring the meaning and potential of portraiture."



"We’re drawn to portraits, because they are human beings, and we're human beings."

novembro 12, 2013

Is Code the Most Important Language in the World?

Novo documentário Offbook sobre a arte da programação de computadores que procura responder à questão: "Será o código a mais importante linguagem no mundo?" Podemos ver várias respostas no filme, algumas em clara oposição.

"As technology becomes ever more pervasive, the people who actually create it have an increasingly influential impact on our lives. Their ability to code allows them to mold our interactions with computers, and define what services computers bring to us. In essence, coders have become the gatekeepers of how our culture uses technology. Because of this, many people now preach that everyone should learn how to code, saying that knowledge of programming languages is akin to reading & writing. But is it reasonable to assume that everyone will learn how to code? And what are the repercussions if we continue to have coding and non-coding classes?"
Do meu lado identifiquei-me claramente com o último entrevistado, Edd Dumbill, quando ele diz que não acredita que todos tenham de aprender a programar, porque o mundo é demasiado vasto e as pessoas têm interesses muito diversos. Mas acima de tudo porque falar a linguagem das máquinas é tornarmo-nos seus servidores, em vez do contrário.

Fez-me recordar as plataformas que hoje em dia nos pedem constantemente para preencher. Em nome de sistemas de informação mais ágeis, tornámo-nos a todos, em alimentadores de bases de dados e sistemas de triagem de informação. Esquecemos que os computadores foram criados para nos servir...


Is Code the Most Important Language in the World? (2013)

Depois do filme deixo a visualização impressionante, Codebases (2013) de David McCandless sobre a evolução do número de linhas de código no software que utilizamos, e várias comparações com outros sistemas mecânicos e biológicos, e que dá bem conta da quantidade de descrição necessária à obtenção de sistemas capazes de dar respostas funcionais. Sendo que o mais insano, vai para as bases de dados que tudo arquivam, tudo catalogam, tudo...

outubro 09, 2013

como ser criativo

O último episódio da OffBook fala-nos sobre a criatividade, um tema que diga-se começa a apresentar alguma saturação. Ainda assim, e para quem trabalha na área, é importante estar atento ao que se vai dizendo, pois encontram-se se sempre pequenos apontamentos relevantes. Neste episódio procura-se definir a criatividade, e perceber o que torna um sujeito criativo.


Nas definições lançadas podemos encontrar atualidade nas afirmações realizadas que procuram desfazer alguns mitos como: a funcionalidade dos lados direito e esquerdo do cérebro; o artista excêntrico; ou ainda o das ideias surgirem de um ponto desconhecido no interior do nosso cérebro. A criatividade é complexa, mas não cai do céu, como nos diz Kirby Ferguson,
"Creativity is a very messy affair, this notion that its coming from nowhere, I think is false." Kirby Ferguson
Essencialmente ser criativo, implica um trabalho continuado de absorção do mundo que nos rodeia, em paralelo com uma constante motivação para fazer, transformar e modificar esse mesmo mundo.

julho 12, 2013

Para onde vai a inteligência artificial?

O que é a inteligência artificial? Neste novo episódio da OffBook ficam algumas respostas a esta, e a muitas outras questões sobre a evolução da IA.


O mais importante sobre o que é a IA, e o que será futuro desta, aparece logo ao início quando Yann LeCann diz que depois de muitas décadas a investir na criação de árvores de regras ("If... Then... Else..."), compreendemos que a IA não poderia nunca ser um mero pacote, ainda que gigantesco, de dados inseridos dentro de um sistema. Em termos comparativos, o nosso cérebro não nasce carregado de informação, antes se constrói no tempo. Daí que se tenha chegado à conclusão de que,
"learning is probably the most essential caracteristic of intelligence"
Esta não é apenas uma conclusão central para a IA, mas sobre nós mesmos, sobre o que consideramos ser a Inteligência. No fundo o essencial da nossa inteligência, define-se pela capacidade, ou facilidade, com que apreendemos o exterior. Porque somos aquilo que construímos no tempo, aquilo que absorvemos aos poucos, aquilo que nos ajuda a compreender o lugar que habitamos.

Aliás, isto vem de encontro a tudo aquilo que se vem discutindo a propósito do conhecimento e da informação online. Porque na realidade, a informação até pode estar à nossa disposição, mas isso não nos torna, de todo mais inteligentes. A inteligência e o conhecimento, são processos que se constroem, e reconstroem continuamente, com esforço e tempo.

Por outro lado Gary Marcus, refere uma conclusão ainda mais interessante a propósito da IA, e que assenta na ideia de que esta evoluirá cada vez mais, sem ter em conta o aspecto humano. Na verdade já tínhamos assistido a isto mesmo no filme de Kubrick, com o Hal 9000. Mas a conclusão final de Marcus, é que não só o aspecto será menos humano, como a IA acabará por evoluir para um novo tipo de inteligência completamente diferente de nós. Aqui, não consegui deixar de pensar nos discursos a propósito da vida alienígena, as mais que prováveis diferentes formas e lógicas de pensamento.

abril 15, 2013

OffBook: "Is Photoshop Remixing the World?"

A OffBook dedica um episódio ao software de criação de visual mais conhecido de sempre, o Photoshop. Uma ferramenta que começou por ser um editor de fotografia, evoluiu ao longo dos mais de 20 anos para se transformar num software de criação visual capaz de suportar qualquer tipo de técnica ou formato. Ainda assim se o Photoshop se tornou famoso foi graças ao seu poder edição e retoque fotográfico, tanto que os actos de retoque de fotografias mais conhecidas passaram a adoptar como verbo o nome do próprio software. O Photoshop é hoje talvez o primeiro nome que vem à cabeça das pessoas sempre que se fala de manipulação de imagens.



Quanto ao documentário da OffBook sabe a pouco, muito pouco mesmo. Toca em dois dos modos de expressão mais relevantes a composição digital e o retoque fotográfico. No terceiro ponto fala da crítica política através da montagem de imagens que vai surgindo online, e que tenho vindo a denominar de "criatividade cidadã" (ex. caso Relvas). Mas fica imenso de fora, a ferramenta tem um potencial e um alcance tão grande que merecia claramente um documentário completo de uma hora para se poder compreender melhor o total alcance da mesma.

março 29, 2013

Off Book: "Can Hackers Be Heroes?"

Excelente documento da série OffBook que nos fala de algo que sabíamos, mas que os media se encarregaram de distorcer ao longo dos anos 1980 e 1990 ao ponto de termos deixado de acreditar no significado do conceito "Hack". Por outro lado nos anos 2000 com a evolução do DIY no campo da electrónica o conceito ressurgiu para re-significar aquilo que sempre tinha significado. Hoje podemos encontrar a palavra "hack" associada a todo o tipo de remix ou reconstrução de estruturas, como é por exemplo o caso dos Ikea Hackers.




De qualquer modo continua a passar a ideia que distingue o hack de software do hack de hardware. O hack de software continua a ser visto como algo invisível, complexo e incompreensível por isso é dado a uma visão mais esotérica, conotada com coisas menos positivas. Por outro lado o hack de hardware por ser visível e mais acessível em termos conceptuais, é aceite como algo positivo, porque se pode ver o processo e o fruto da criação. A pessoa é reconhecida por ter criado algo, algo tangível. O hacker de hardware é respeitado, é um fazedor, um criador. Já o hacker de software continua a ser rotulado como um salteador, alguém que não se mostra nem se identifica, que invade e se aproveita daquilo que é dos outros. Diga-se que toda a paranoia gerada em redor dos Anonymous nada tem contribuído para dissipar este rotulo.

março 19, 2013

OffBook: "The Rise of Web Comics"

Esta semana a OffBook dedica o seu episódio quinzenal aos webcomics, uma forma de expressão recente potenciada pela internet. É um dos movimentos de nicho cultural e estético mais relevantes no meio web no que toca ao desenvolvimento de novas linguagens gráficas e interactivas, por isso tenho pena que o documentário se tenha ficado por três ou quatro exemplos apenas, e que tenha relegado para segundo plano tanto a componente interactiva como de animação.


Julgo que os editores quiseram claramente realizar uma separação entre os Web Comics, os Motion Comics e os Interactive Comics, mas no final acabamos por ficar com a ideia de que os webcomics, não são mais do que comics tradicionais em formato digital. Do meu ponto de vista isto é errado, porque web comics deveria servir para juntar tudo num mesmo patamar, já que um web comic pode ser qualquer um dos outros formatos. Além de que me parece que o meio se torna muito mais rico, e diria mesmo autónomo face à linguagem dos comics impressos.



O documentário acaba por se focar mais sobre a liberdade de expressão que o suporte web permite face ao suporte papel, à possibilidade de criação de nichos delimitados por gostos estranhos e "fora da caixa". Nesse sentido é muito interessante, e vale a pena investir os sete minutos. Por outro lado ficam de fora projectos excepcionais que mereciam destaque no sentido de serem impulsionados, no sentido de nos trazerem mais do que a mera aplicação em distintos suportes, a geração de novos modos de expressão e comunicação. Deixo-vos um trabalho nessa linha que vale a pena conhecerem depois de verem o documentário: The Random Adventures of Brandon Generator (2012).

fevereiro 28, 2013

a loucura do 3D Printing

O hype em redor do 3D Printing não pára, todos os dias chegam à rede novos vídeos e talks sobre o assunto. Ainda há umas semanas aqui tinha falado do livro de Chris Anderson, Makers que trata o assunto. Entretanto no final de Janeiro chegou à rede a talk da Catarina Mota que se foca sobre o 3d Printing. Depois foi a vez do pessoal do The Creators Project falar sobre 3D Printing. E hoje chega o novo vídeo da série OffBook também para nos questionar sobre 3D Printing.

Crania Revolutis (2012) de Joshua Harker

Começando pela Catarina Mota, especialista em práticas open-source e fundadora do altLab, ela esteve no TEDxStockholm em Outubro passado a falar sobre What we can learn from hackerspaces, a talk foi disponibilizada agora em Janeiro. Aqui fala-nos da cultura hacker no que toca a construção e disseminação de ideias no formato de modelos passíveis de serem depois reconstruídos por qualquer pessoa com acesso a uma impressora 3d.

What we can learn from hackerspaces (2013)

Depois o pessoal do The Creators Project lançou o video Leaders Of The 3D Printing Revolution no qual apresenta alguns projectos bastante interessantes, nomeadamente no campo da Moda.

Leaders Of The 3D Printing Revolution (2013)

Entretanto hoje a OffBook lançou um novo episódio inteiramente dedicado ao assunto, mas questionando diretamente, Will 3D Printing Change the World? O documentário repete um pouco o discurso da Catarina e o filme do grupo Creators Project, mas arrisca um pouco mais com os comentários de Joseph Flahertye da Wired no campo da impressao de orgãos humanos entre outras coisas. Uma das coisas menos interessantes de tudo fica a cargo de Michael Weinberg que vem acenar com a discussão do fim do copyright. Não vou estender o assunto agora, mas voltarei a esse tema num texto futuro em maior profundidade.

Will 3D Printing Change the World? (2013)

fevereiro 14, 2013

OffBook: "The Art of Illustration"

Acaba de sair um dos mais apetitosos episódios da série OffBook, The Art of Illustration (2013). Enquanto via os curtos 7 minutos tirei mais de 50 screenshots para usar neste pequeno texto, quando normalmente me fico pelos 10, raramente indo além dos 20. Este indicador diz bem do que podem esperar encontrar dentro deste pequeno documental.



Além da enorme quantidade de trabalho que poderão ver, temos ainda entrevistas com a talentosa Yuko Shimisu, com Sean Murphy o criador de Punk Rock Jesus (2012), com Molly Crabapple e ainda Steven Guarnaccia o director do curso de Ilustração da Parsons New School. Gostei de dois reparos sobre o trabalho do ilustrador deixados por Yuko Shimisu,
"A minha maior preocupação como ilustradora surge quando tenho uma ideia para uma ilustração, se essa ideia puder resultar melhor como fotografia então não é uma boa ideia...
O objectivo é que a ilustração leve o leitor a parar na página, e queira ler o artigo..."
Yuko Shimisu




"Illustrators articulate what a photograph cannot. Using an array of techniques and styles, illustrators evoke stories and meaning in a variety of mediums, from editorial illustration in magazines and newspapers, to comics books, to activist media. And as their tasks over the years have become less informational and more expressive, their individual voice as artists becomes all the more critical and beautiful, revealing an exciting and awe-inspiring age of illustration."
OffBook

fevereiro 02, 2013

OffBook: "The Effect of Color"

Este episódio da OffBook fala-nos da cor como uma "linguagem silenciosa e emocional", uma comunicação contínua operada pelo mundo que nos rodeia. Em The Effect of Color  podemos ver discutidas três perspectivas sobre a cor: a teoria, a psicologia e a arte.



Gostei imenso da entrevista com Leslie Harrington directora da The color Association que nos apresenta a perspectiva psicológica da cor a partir de uma perspectiva tripartida em termos associativos de ideias: Universal, Cultural e Individual. Sendo que a dimensão universal trata de analisar os efeitos fisiológicos despoletados pela cor que podemos encontrar na generalidade dos seres humanos porque são associações que nascem connosco; a componente cultural trabalha as dimensões contextuais variáveis no tempo, que são determinadas pela partilha com outras pessoas das mesmas associações de ideias com cores; e a dimensão individual acontece a partir das experiências individuais de cada um que vão servindo para construir uma base de referência sobre as nossas preferências de cores.

"Well, there's a reason why the read carpet is a red carpet and that's because it keeps the traffic flowing!"


janeiro 03, 2013

OffBook #34: "The Art of Creative Coding"

É já um dos melhores episódios da série OffBook porque trata uma das áreas mais importantes das artes digitais e porque o faz de forma bastante informativa. O tratamento dado ao tema, The Art of Creative Coding, é feito dentro do espírito da comunidade, citando apenas ferramentas opensource - Processing, Cinder e Open Frameworks - fazendo com que o documental ganhe um verdadeiro lado pedagógico.


No vídeo podemos ver entrevistas com Daniel Shiffman do Interactive Telecommunications Program, NYU, Keith Butters do Barbarian Group, e ainda James George e Jonathan Minard do RGBDToolkit. A equipa da PBS Arts seguindo o seu instinto pedagógico deixa-nos ainda a lista completa de todos os trabalhos utilizado no documentário. Pena não apresentar nenhum trabalho nacional do João Martinho Moura ou do André Sier, dois dos mais conceituados artistas nacionais na área



É isto que se faz no nosso Mestrado em Tecnologia e Arte Digital da Universidade do Minho sendo o local onde o João Martinho Moura, não apenas realizou o seu mestrado, mas onde é agora docente.

dezembro 19, 2012

OffBook: "Bad Behavior Online: Bullying, Trolling & Free Speech"

Depois de já ter tratado do Twitter no Jornalismo, a série OffBook entra agora adentro das questões éticas do online, para falar do cyberbullying, do trolling e da liberdade de expressão. É um episódio que interessa particularmente aos estudiosos das ciências da comunicação, mas não só. Este episódio não fala daquilo que estamos habituados a rotular como criação artística ou criativa, mas não deixa de falar de um modo de expressão. Este modo tem a particularidade de ir contra aquilo que normalmente designamos de criativo, no sentido em que não se apresenta para construir, para inovar, para melhorar, mas tão só e apenas para destruir.



O mais importante de tudo o que é dito neste episódio é a literacia. Saber de que é feita a comunicação online, compreender o seu alcance e os seus modos, só isso nos permite estar prevenidos para assimilar e reagir melhor a cada uma destas possibilidades. Coloca-se aqui o dedo nas feridas, e relembra-se o quão importante é a discussão continuada sobre a ética e os limites da expressão. Não existe uma lei que possa terminar estas perturbações, e por isso se fala aqui também das liberdades de expressão. Por outro lado acredito que uma parte significativa destas perturbações são provocadas por pessoas que estão na sua fase de adolescência, em idade própria ou tardia, realizando puros atos de rebeldia contra o instituído, numa clara busca por afirmação. Mas a linha entre a afirmação rebelde e a legalidade ou moralidade das relações humanas, pode ser muito rapidamente ultrapassada.


The internet is a powerful tool for communication, but it can sometimes be a double-edged sword. As most of us have seen or experienced, the internet can bring out the worst behavior in people, highlighting some of the cruelest and most hurtful aspects of humanity. Issues such as bullying online and trolling have garnered a lot of attention recently, prompting questions about who does, and should, regulate the internet, and what free speech means online.

dezembro 15, 2012

OffBook: "The Impact of Twitter on Journalism"

A série OffBook resolveu abrir a abrangência da série, deixar de se focar tão rigidamente nos movimentos artísticos para se focar sobre os movimentos criativos em geral. E é nesse sentido que surge este episódio dedicado a The Impact of Twitter on Journalism.



Nem sempre se pensa o jornalismo como uma atividade criativa, provavelmente pela sua relação com o sério, o factual, o objectivo, pouco dado ao lúdico e à experimentação. Mas na realidade o jornalismo é uma actividade que vive da verbalização de ideias que emitem necessariamente uma certa dose de subjectivadade. Nesse sentido o formato jornalísitco também evolui, também se transforma, e também experimenta. Os jornalista são criativos no campo do texto e da imagem com propósitos claros e muito funcionais, em certa medida o carácter da forma jornalística está para criatividade, como o design está para a arte.

dezembro 01, 2012

OffBook #31: "The Universal Arts of Graphic Design"

Depois de um episódio de nicho, a OffBook traz-nos um episódio que fala sobre uma das artes mais presentes na cultura ocidental, o Design Gráfico. Existe pouca coisa que se crie na nossa sociedade hoje que não passe por alguma processo de design gráfico, seja na elaboração da proposta ou ideia, seja na distribuição de um produto. Somos hoje incapazes de conceber uma sociedade sem design gráfico.



Por ser uma forma de arte tão presente quase nos passa pela cabeça que talvez não valha a pena considerá-la como uma arte. Também o facto de estar tão intimamente ligada ao lado comercial, faz com que muitos a olhem com algum desdém. Depois a sua vertente funcional acaba também por afastar alguns dos mais puristas defensores do reduto da arte. Mas a realidade é que o design gráfico tem um enorme impacto sobre nós, mexe conosco, comunica conosco porque essencialmente consiste na arte de comunicar visualmente.

Though often overlooked, Graphic Design surrounds us: it is the signs we read, the products we buy, and the rooms we inhabit. Graphic designers find beauty within limitations, working towards the ultimate goal of visually communicating a message, be it the packaging of a product, the spirit of a book, or the narrative of a building. Utilizing a language of type and imagery, graphic designers try to make every aspect of our lives defined and beautiful.

novembro 29, 2012

OffBook #30: "We Love Retro Media"

"We ❤ Retro Media: Vinyl, VHS, Tapes & Film" é o 30º episódio da série OffBook e saiu já no início deste mês, mas ainda não tinha tido oportunidade de o ver. É um episódio dirigido a um nicho dos nichos da arte moderna. Este episódio fez-me lembrar o episódio #25 - The Art of Glitch dado o carácter circuncscrito e limitado da técnica e dos seus públicos.


Quero no entanto dizer que a crítica que faço diz respeito mais às cassetes de audio e de vídeo, e não propriamente ao Vinyl e Filme. Julgo que as propriedades de uns são incomparáveis com as propriedades de outros, em termos de registo e preservação. Aliás as cassetes nunca passaram muito da ideia de mero registo de cópia, e não um real detentor de obra original.



No fundo tudo isto que aqui falamos não passam de suportes das obras, não são as obras, e é nesse sentido que não lhes atribuo grande validade. Aliás se pensarmos no CD enquanto suporte, terá sido o suporte que mais rapidamente cresceu na história dos media, talvez ainda superado pelo DVD, um seu sucedâneo, e da mesma forma se tornou no suporte que mais rapidamente se desvaneceu.

We live in a digital world that gives us all the media we could possibly dream of at the click of a mouse, yet many people miss the old school physical formats from our past. Listening to vinyl and cassettes allows us to connect with music in a different way than MP3s. VHS and 8mm create visual aesthetics and atmospheres that are difficult to replicate in digital video. 

outubro 04, 2012

OffBook #29: "The Creativity of Indie Video Games"

Saiu hoje o episódio 29 da Offbook e é dedicado não apenas aos videojogos independentes, mas em particular aos seus aspectos criativos, o que torna o documental particularmente interessante. Não posso dizer que traga novidades para quem segue este domínio mas é mais um bom trabalho de divulgação do que se faz e dos seus propósitos.


Podemos ver entrevistas com Zach Gage, criador de Spelltower, Darren Korb designer de audio de Bastion e os criadores de Osmos, Eddy Boxerman e Andy Nealen. Além disso o filme é preenchido com dezenas de imagens de jogos, alguns muito conhecidos, outros menos. Nesse sentido deixo abaixo do filme a lista de todos os jogos que aparecem no filme pela ordem em que aparecem.


These indie game developers devote time, money, and take great risks in a quest to realize their creative vision. They deftly balance game mechanics & systems, sound & visuals, and an immersive storytelling experience to push the gaming medium into revolutionary new territory. 

Owlboy - http://www.owlboygame.com/
Fez - http://fezgame.com/
Botanicula - http://botanicula.net/
Gunpoint - http://www.gunpointgame.com/
Proteus - http://www.visitproteus.com/
Coin - http://www.create-games.com/newspage.asp?id=3624
Scrumbleship - http://www.scrumbleship.com/
Spelunky - http://spelunkyworld.com/
Limbo - http://limbogame.org/
Bastion - http://supergiantgames.com/?page_id=242
Castle Crashers - http://www.castlecrashers.com/
Journey - http://thatgamecompany.com/games/journey/
The Iconoclasts - http://www.konjak.org/index.php?folder=4&file=30
Don't Blow It! http://dinomage.com/dontblowit/
Amelia vs. The Marathon - http://www.troubleimpact.com/
Lost Marbles - http://binarytakeover.com/lostmarblesredux.html
Terraria - http://www.terraria.org/
Negative Nimbus - http://cloudkid.com/
Zombox - http://www.zombox.net/
Braid - http://braid-game.com/
Superbrothers: Sword and Sorcery - http://www.swordandsworcery.com/
Mark of the Ninja - http://www.markoftheninja.com/
Super Meat Boy - http://supermeatboy.com/
Rawbots - http://www.rawbots.net/page/rawbots
The Splatters - http://spikysnail.com/
Legend of Grimlock - http://www.grimrock.net/
Bit Trip Runner - http://bittripgame.com/bittrip-runner.html
SpellTower - http://www.spelltower.com/
Bit Pilot - http://www.bitpilotgame.com/
Pid - http://www.pidgame.com/
Reset - http://reset-game.net/
Minecraft - https://minecraft.net/
The Binding of Isaac - http://store.steampowered.com/app/113200/
World of Goo - http://www.worldofgoo.com/
Osmos - http://www.hemispheregames.com/osmos/
Tiny Wings - http://www.andreasilliger.com/
God of Blades - http://whitewhalegames.com/godofblades.html
Prison Architect - http://www.introversion.co.uk/prisonarchitect/
Dear Esther - http://dear-esther.com/
Corpse Garden - http://7dfps.org/?projects=corpse-garden
Amnesia: The Dark Descent - http://www.amnesiagame.com/#main
The Moonlighters - http://raddragongames.wordpress.com/the-moonlighters/
Dungeons of Dredmor Necromancer - http://www.gaslampgames.com/
Faster Than Light - http://www.ftlgame.com/
Today I Die - http://www.ludomancy.com/games/today.php?lang=en
The Snowfield - http://gambit.mit.edu/loadgame/snowfield.php
Symon - http://gambit.mit.edu/loadgame/summer2010/symon_play.php
I Wish I Were The Moon - http://www.ludomancy.com/blog/2008/09/03/i-wish-i-were-the-moon/
Passage - http://hcsoftware.sourceforge.net/passage/
The Dream Machine - http://www.thedreammachine.se/
Ico - http://www.icothegame.com/

setembro 22, 2012

OffBook #28: "The Art of Web Design"

O episódio desta semana na OffBook é sobre The Art of Web Design. Pequena revisão histórica sobre a evolução do design na web, desde o HTML, CSS e Flash passando pelas discussões sobre forma ou conteúdo, até aos fundamentos da experiência do utilizador.



Uma das questões mais interessantes levantadas pelo documentário está relacionada com as plataformas móveis que vieram alterar profundamente o desenho em função do utilizador e do contexto. Não é possível saber se um site vai ser visto: rodeado de milhares de pessoas num concerto num ecrã diminuto; na intimidade de um quarto num tablet; ou num escritório num ecrã de 27'. É preciso desenhar experiências visuais que sejam adaptáveis, moldáveis e fluídas. Se esse desafio já me preocupava quando tínhamos três ou quatro resoluções de ecrã e dois browsers nos anos 1990, nos dias de hoje tudo isto se multiplicou e complexificou enormente.


"The explosion of the internet over the past 20 years has led to the development of one of the newest creative mediums: the website."

setembro 19, 2012

OffBook #27: "Can Fandom Change Society?"

O episódio 27, Can Fandom Change Society?, da OffBook é dedicado ao movimento gerado na sociedade pela cultura fã. Algo que não foi criado pela internet, nem pelos media que a precederam, mas que está intimamente ligado ao processo singular que os humanos criaram de comunicar através de histórias.




A cultura institucional ou industrial produz personagens, enredos, mitos, mundos e por sua vez o público encarrega-se de prosseguir com essas criações para além dos limites iniciais. Existe uma necessidade quase natural de experimentar, "E se...". Muitos de nós limitam-se a fazer isso depois de sair do cinema, ou depois ler um livro, nas nossas mentes, na nossa imaginação introspectiva. Outros optam por exteriorizar essas ideias, dar-lhes corpo, e expressar-se através destas. A cultura fã, é isso mesmo, dar azo à criatividade expressiva de cada um, tendo como exclusiva recompensa, o reconhecimento de outros fãs.


setembro 06, 2012

OffBook #26: "The Art of Animation and Motion Graphics"

A PBS resolveu agora categorizar os episódios da série web, OffBook, e assim dividir os episódios já lançados em seasons, ou temporadas, uma terminologia clássica do mundo do seriado televisivo. E até faz sentido já que a agora chamada primeira temporada, nasceu de um projecto que sempre assumiu o seriado como perfazendo um total de 13 episódios, tendo sido publicada entre Julho 2011 e Janeiro 2012. A segunda temporada apareceu apenas em Março 2012 e chega agora ao 13º episódio. Ambas as temporadas apesar de distribuídas com o selo da PBS foram ambas produzidas pela Kornhaber Brown. Todos os episódios foram referenciados aqui no VI à medida que foram saindo e podem ser vistos seguindo a etiqueta OffBook.


Neste 26º episódio temos uma discussão em redor de um movimento criativo, os Motion Graphics, que apesar de estar relacionado com a arte da animação, como é aqui explorado até no próprio título, não é obrigatoriamente emergente deste campo. Os motion graphics surgem sim com o nascimento da imagem animada, mas as suas raízes situam-se mais no campo da experimentação artística com a imagem do que propriamente com a vontade ou necessidade de contar uma história como é apanágio da animação.



Assim os Motion Graphics iniciam-se no início do século passado com o experimentalismo de autores como Oskar Fischinger e Marcel Duchamp, passando por uma fase clássica com os genéricos para cinema de Saul Bass, Pablo Ferro e Maurice Binder e desembocando na atual explosão que se espalhou por uma imensidade de media e suportes. Abunda mais na televisão, mas podemos encontrá-los nos telediscos, na infografia, nos genéricos e nos filmes, nos motion comics, nos videojogos, em apresentações de eventos, em VJing, no fundo em todos os formatos que permitem imagem em movimento.


Muito desta explosão se deve ao aparecimento de tecnologias de produção gráfica e animação, como o After Effects ou o Cinema 4d, que vieram facilitar imensamente o trabalho que subjaz à produção de um trabalho de motion.