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junho 26, 2011

a Filosofia do espaço virtual

Aqui há uns tempos deixei aqui um texto a propósito do belo na matemática, hoje acedo pela outra extremidade, a da filosofia. Não propriamente para falar da questão do belo enquanto lógica, mas antes para falar do modo como organizamos conceptualmente a ideia do virtual, dos mundos virtuais e dos seus avatars.


Para o fazer vou apresentar um projeto interessantíssimo desenvolvido por Luís Petry "Labirinto Artístico-Filosófico 1260". Antes de entrar na obra devo dizer que Luís Petry é investigador e professor na área das Tecnologias da Inteligência e Design Digital na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil. Com formação em Filosofia Hermenêutica e doutorado em Comunicação e Semiótica, trabalha no Núcleo de Pesquisa em Hipermídia e Games da PUCSP. Agora podem perceber porquê uma apresentação da pessoa por detrás da obra, porque só alguém com este perfil poderia produzir um objeto digital para nos indagar tão profundamente, e questionar não só sobre a obra tratada, como sobre a nossa visão de todo um campo criativo. Além de toda a profundidade teórica subjacente à obra, Petry foi ele mesmo o criador do artefacto fazendo uso do Unity 3d.


Labirinto Artístico-Filosófico 1260 leva-nos por entre um mundo virtual, questionando-nos sobre a interação do pensamento e o seu mapeamento num espaço tridimensional interativo. Seguindo uma estrutura labiríntica vai-nos lançado sobre imagens, textos e geometrias que nos instigam a desvelar o sentido do pensar. A racional do projeto é apresentada com base em conceitos de lógica, que se cruzam com ideias do universo matemático. Aliás Petry tinha mesmo definido uma nova abordagem aos espaços tridimensionais no seu doutoramento, a Topofilosofia (2003) e que neste projeto ganha forma. Dizia ele em texto,
"Como manifestação, a hipermídia, tal como a arte, organiza um corpus que se integra na historicidade da formação propiciada pela tradição. Como interrogação, a hipermídia atravessa os abismos de incertezas que rondam o espírito humano, construindo um espaço de mútuo questionamento: de um lado colocando questões ao ser do homem e, de outro, enunciando-se como pertencente ao universo daquele como uma de suas manifestações. Trata-se aqui da estrutura de um jogo, no qual o sentido do jogar é ser jogado se dispõem no livre e aberto que propicia o habitar (entorno), enquanto linguagem viva (interatividade). E esta estutura de jogo, como já observamos anteriormente, se organiza numa estrutura de pensamento topológica, na qual a torção se constitui em sua chave hermenêutica. Por isso, penso que deve-se retomar a observação hermenêutica sobre o pensar heraclitiano: o “pensar sobre o pensar possui em si algo de torcido e velado, em que e pelo que o pensamento se curva e se retorce sobre si mesmo, desistindo de seu caminho reto”"

Entretanto descubro agora que a obra Labirinto Artístico-Filosófico 1260 e o Luis Petry estarão em Portugal na 16ª Bienal de Cerveira em 2011. Será uma excelente oportunidade para discutir pessoalmente estas abordagens, e ideias da relação entre as nossas projeções exteriores e o modo como nos definimos no mundo.

Seguindo nesta senda pela descoberta do virtual no real, um projeto machinima recentemente realizado em Second Life, chamou a minha atenção. A sua componente estética brilha e dá suporte à toda a discussão em redor do fundamento do Avatar. Um filme que nos leva por entre uma viagem virtual em SL até à real India. "A Journey into the Metaverse" ganhou o primeiro prémio no, MachinimUWA III, 3º concurso de machinima organizado pela University of Western Australia, um prémio no valor de L$ 100,000. Vale a pena os 10 minutos, distendam-se, viagem e absorvam. Depois disto uma viagem pelo Labirinto interativo de Petry ganha todo um novo potencial de criação de conhecimento em nós.


janeiro 06, 2011

uma beleza graciosa

Uma criativa de Nova Iorque, Charlex, resolveu desafiar os seus trabalhadores para produzirem o trabalho que desejassem, para assim poder servir de cartão de visita da empresa. O director da empresa Alex Weil diz que,
"Our original intent was simply to have an unfettered creative outlet for the many talented people that are part of our company".
A designer, Diana Park, criadora do desenho original do trabalho diz que a sua inspiração se baseou em,
"crafting the image of a machine creating nature. Usually it's the other way around, but conceptually and aesthetically, I thought it would be fun and challenging to mix the two."
O trabalho criado, "ShapeShifter", é um objecto de excelência do design gráfico, mas não só. Existe toda uma capacidade de fazer fluir narrativamente o grafismo, de lhe atribuir progressão, e levar o espectador. Depois o cuidado colocado na criação de "ShapeShifter" vai ao pormenor de ter como narrador o actor Gabriel Byrne, que eleva o tom de toda a obra, sustentado num fabuloso texto, "Dreams" de Fitzgerald Scott e ainda ancorado por uma banda sonora do compositor Peter Lauridsen.



Créditos
Director: Alex Weil
Narrated by: Gabriel Byrne
Co-Director and Designer: Diana Park
3D Lead/Animation: Adam Burke
Animation Development/Animation: John Karian
Lead Compositing Artist: Jesse Newman
Executive Producer: Chris Byrnes
Producer: Reece Ewing
CG Supervisor: Keith McCabe, Myung Lee
Lead Lighter: Salar Saleh
Character Technical Director: Steve Mann
Lead Modeler: Alex Cheparev
Lighting/Texturing: Mike Marsek, James Fisher, John Cook, Frank Grecco, Cesar Kuriyama, Keith McMenamy, Anthony Patti, Tom Cushwa, Jina Lee, Jeff Chavez
Matte Painting: Jina Lee
Modeling: Hung Kit Ma, Han-Chin Lee, Anthony Patti
Animation: John Wilson, Sam Crees, Jay Randall, Carlos Sandoval, Andrei Savu
Rigging: Andre Stuppert, Charles Le Guen
FX: Greg Ecker, Johnathan Nixon, Mitch Deoudes, Santosh Gunaseelan
Editors: John Zawisha, Kevin Matuszewski
Compositing: Blake Huber
Director of Engineering: Robert Muzer
Chief Engineer: Jerry Stephano
Pipeline: Michael Stella, Dan Schneider
Coordinating Producer for the Director: Jen Cadic
Additional Editor: Eli Mavros
Music Composition: Stimmung; Peter Lauridsen
Sound Design: Stimmung; Andres Velasquez
EP of Audio: Stimmung; Ceinwyn Clark

Mix: Headroom; Fernando Ascani

Associate Producer: Michael Kaufman

Color Correct: CO3; Stefan Sonnenfeld

Prose Poem: "Dreams" written by Fitzgerald Scott

Mais info: TRUST

UPDATE 12.1.2010: Entrevista da Motionographer

agosto 07, 2010

artefactos para sorver no descanso

Antes de entrar em blackout digital pelo menos por 7 a 10 dias, deixo aqui um post com vários vídeos que vi nos últimos dias e não tive tempo de partilhar. Alguns com sabor a caramelo visual e outros com sabor a food for thought.




Video Wall: Yan City: The Past Meets the Future (2010)
de Spinifex Group
Concebido para ser projectado numa parede com 200 metros de comprimento.




Trailer: Sucker Punch (2011) de Zack Snyder


Curta: La Marche Des Sans Nom (2007) de Jean Constantial, Lucas Vigroux e Nicolas Laverdure. Projecto de estudante da Supinfocom.




Instalação: IN/JECT (2010) de Herman Kolgen.
“A human body is injected in a cistern. Over the course of 45 minutes, the pressure of the liquid exerts upon him multiple neurosensorial transformations. From his epidermal fiber to his nervous system, he reacts to influxes of viscosity in this liquid chamber. His cortex, lac king oxygen, gradually loses all notions of the real. Like a human guinea pig: a matter-body whose psychologica l states are the object of kinetik tableaux, of singular temporal spaces.”


Trailer de Jogo: Gears Of War 3 “Ashes To Ashes” (2011)
de Vernon R. Wilbert Jr.




Jogo iPhone: Rekord Makers game por Moriceau & Mrzyk



Documentário: The Story of Stuff (2009) por Annie Leonard
via @David Mota
"The Story of Stuff exposes the connections between a huge number of environmental and social issues, and calls us together to create a more sustainable and just world. It'll teach you something, it'll make you laugh, and it just may change the way you look at all the stuff in your life forever. "


Curta documentário: The Mast Brothers (2010) de Brennan Stasiewiccz
via @Luís Santos

janeiro 27, 2010

A mais completa Ilusão Virtual



The Third & The Seventh de Alex Roman é um assombro e reponde por inteiro ao título deste blog.
Estou verdadeiramente estupefacto e quem quer que trabalhe na área estará também. O nivel de CGI apresentado neste filme por Alex Roman é algo impressionante, mesmo quando comparado com grandes produções de hollywood. Para além da qualidade foi intereiramente criado por UMA pessoa apenas.
Até hoje sempre fui capaz de detectar quando é 3d e quando é real. Neste filme sabendo que tudo é CGI, exceptuando "photographer (shot on greenscreen), pigeons, timelapsed growing flowers, flying airplane and sky backgrounds", e mesmo vendo em HD em 40' não consegui detectar nos primeiros visionamentos falhas. Só na segunda parte começamos a ser obrigados a acreditar que se trata de 3d, porque certas coisas seriam impossíveis no mundo real tais como as bolas de água suspensas.
Agora de um ponto de vista estético o que me deixou verdadeiramente impressionado foi a colagem à linguagem fílmica em película, o uso intenso da profundidade de campo, o brincar com o ponto focal e expressivo, com o tremido da película, enfim dá-lhe toda uma naturalidade e beleza visual que nos deixa extasiados. Depois a obra prima recai sobre a luz que gera todo este banho de realismo.
Quanto à música adequa-se, mas tenho pena que Roman tenho procedido a uma escolha tão fácil. O trecho na segunda parte é do Nyman mas feito para a banda sonora do filme Gattaca (1997) de Andrew Niccol. Que é por sinal um filme futurista no qual a arquitectura apresentada segue exactamente nesta linha. E nesse sentido também ficam aqui os arquitectos que serviram de inspiração a Roman: Louis Kahn, Tadao Ando, Daniel Rowen.
Mais informação sobre o trabalho e o próprio Alex Roman pode ser conseguida numa entrevista dada ao Motionographer e alguns comentários deixados pelo próprio na CGSociety. Mas para já vejam o filme. São 12 minutos, a ver em HD, ecrã completo, e com bom som.



Tenho de agradecer ao Martinho por ter insistido para eu ver o filme. Como tem 12 minutos acabei por o relegar para segundo plano e quase que ia deixando passar uma das pérolas mais belas do 3d dos últimos tempos.

UPDATE 25.02.2010: Vi agora o making of "Compositing Breakdown (T&S)" e fiquei ainda mais assombrado. É uma obra realmente poderosa, vale a pena rever todo o filme depois de ver a decomposição digital de tudo o que aqui está.


outubro 19, 2009

Comunicação Sonora

Trago aqui uma comunicação de Julian Treasure, presidente da Sound Agency, especialista no design de som nomeadamente para a optimização de espaços de produtividade - escritórios, hotéis, etc. Treasure fala sobre a relevância e impacto do som sobre nós, e apresenta as quatro formas como o som nos afecta. Para entrar no detalhe aconselha-se o livro do autor Sound Business (2007).



"Physiological" (Fisiológico) - O som tem impactos sobre o nosso corpo. As sirenes provocam choques de cortisol que nos alertam. As ondas do mar relaxam pela frequência e ritmo. O som afecta a respiração, batimentos cardiacos e as ondas cerebrais.

"Psychological" (Emocional)- A música e canto dos pássaros têm impactos sobre as nossas emoções.
"Over hundreds of thousands of years we've learned that when the birds are singing, things are safe. It's when they stop you need to be worried."
"Cognitively" (Cognitivo) - Quando temos duas pessoas a falar em simultâneo para nós, temos dificuldade em compreender ambas. Isto explica porque a nossa produtividade baixa quando existem sons concorrentes.
"If you have to work in an open-plan office like this, your productivity is greatly reduced. And whatever number you're thinking of, it probably isn't as bad as this. (Ominous music) You are one third as productive in open-plan offices as in quiet rooms. And I have a tip for you. If you have to work in spaces like that, carry headphones with you, with a soothing sound like birdsong. Put them on and your productivity goes back up to triple what it would be."
"Behavioural" (Comportamental) - Movemo-nos em função do som, e em busca do som que nos dá prazer.


"The 4 ways sound affects us" (2009) por Julian Treasure

outubro 08, 2009

Total War machinima

Muito bom machinima de Robert Stoneman feito a partir de Empire: Total War (2009). Stoneman refere não ter utilizado nenhum engine mas apenas ter recorrido à gravação das sequências enquanto jogava fazendo uso do Fraps e depois do Vegas da Sony para editar.
Mas Stoneman não se limita a gravar excertos do jogo e a montá-los, existe aqui todo um trabalho de preparação das cenas que precisa, da escolha prévia dos ângulos e locais de captura e sobre estas ainda todo um trabalho de edição gráfica. Depois temos uma montagem de grande qualidade que se faz transportar sobre a música de forma perfeitamente sincronizada. Apesar de eu discordar em absoluto com o uso desta música, A Perfect Day de Lou Reed, para este filme, sou obrigado a concordar com a excelência do tratamento dado.

E claro com trabalhos destes era natural que Stoneman conseguisse chegar à grande indústria onde trabalha actualmente como Cinematic Designer ("I make the conversations and some of the cutscenes in the game look awesome!") no videojogo em produção Mass Effect 2 da Bioware.


setembro 24, 2009

Slactions, primeiro dia

Acabou o primeiro dia da conferência internacional SLACTIONS 2009 e posso dizer que correu muito bem. A abertura realizada pelo anfitrião no Babbage Amphiteatre, Andabata Mandelbrot, parecia tirada de um filme sobre as missões Apolo, em que vemos o posto de comando na Terra a comunicar com os viajantes do espaço, neste caso do ciberespaço, dando as as boas-vindas e esperando pelo feedback de todos.

Os quatro continentes estiveram ligados em simultaneamente das 15h00 às 21h00 horas portuguesas, de Hong-Kong a Berkeley, passando por Braga, Manchester, São Paulo, São Leopoldo e Tel Aviv. Os conferencistas puderam apresentar as suas comunicações com voz, slides e avatar em 15 minutos com direito a 5 minutos de perguntas. Para se poder ter uma melhor noção do dia de hoje aconselha-se uma visita ao blog do evento.


Amanhã teremos o segundo dia, para ver o programa vejam o site do evento.

setembro 07, 2009

SLACTIONS 2009, 24 e 25 Setembro 2009

Estamos na recta final para mais um encontro científico desta vez sobre o metaverso. Decorre dia 24 e 25 na Universidade do Minho, o chapter nacional do evento SLACTIONS 2009.

Estão todos convidados a aparecer. A inscrição para estudantes é de 35 euros e normal 55 euros. A inscrição dá direito a participar na conferência, a coffee-breaks e ao cd-rom das actas. A inscrição no chapter é mais barata, já que a online apenas custa 175 euros.

Os tópicos abordados serão:

* Behavioral studies in the metaverse
* Combination of metaverse platforms with external systems (e-learning, e-business, etc.)
* Communication paradigms in the metaverse
* Content management
* Creativity, design, and arts on the metaverse
* E-business and e-commerce applications
* Educational research, applications, and case studies
* Social Sciences studies in or through metaverse platforms
* Space representation, use, and management in metaverses
* Using metaverse platforms for cooperation

A conferência decorre inWorld a partir do New Media Consortium nos Estados Unidos - NMC Conference Center, Babbage Amphiteatre, mas é coordenada a partir do Chapter nacional em Braga.

abril 09, 2009

comunicação visual III

Ao ver mais esta apresentação da TED fiquei estupefacto não pela ideia em si, mas pelo modo como Anand Agarwala tinha prototipado a ideia. Era realmente um objecto perfeito, capaz de demover os mais cépticos. Capaz não por ser genial ou radical mas por ilustrar na perfeição aquilo que ele tinha em mente com o seu conceito. Pensava enquanto via aquilo que o rapaz deveria trabalhar numa universidade de renome americana e como tal teria tido recursos para contratar bons designers e animadores 3d.

Quando fui ver o o CV dele é que percebi que não. Realmente Anand Agarwala é apenas mais um daqueles casos raros de grande hibridismo entre o design e a engenharia. Veja-se a primeira linha do seu CV e perceberão o que vos digo
Extensive experience with C, C++ and STL, C#, VisualBasic, .NET, Win32, Java, Python, OpenGL, GDI+, VisualStudio, NovodeX Physics SDK, TabletPC SDK, WinTab, OpenCV, Maya, MEL, Adobe Premiere, After Effects, Photoshop, Illustrator, HTML, XML, PHP, Dreamweaver, Flash.
E aqui reside a chave de um conceito viral de interfaces quasi-tangíveis que teve um impacto de tal forma forte que obteve a partir da sua apresentação TED um fundo para se tornar em software final, e o resultado pode ser já testado em Windows.

E agora divirtam-se a ver a apresentação TED.

dezembro 07, 2008

criando mundos


SL a place where you can build things (Philip Rosedale, 2008)

Philip Rosedale é o fundador de Second Life (SL), um mundo virtual 3d com milhões de habitantes, feito de milhões de mundos e simulações. É também presidente da Linden Labs, a companhia por detrás de SL. Philip Rosedale fez uma comunicação, na The Art Center Design Conference 2008 inteiramente dedicada ao Serious Play, integrada na track "Playing well with Other". Essa comunicação realizada em Maio pode agora ser vista numa das sessões específicas da TED, a TED Partner Series.

A comunicação, que se pode ver aqui abaixo, não tem o brilhantismo normal das comunicações TED, talvez porque o formato em que se desenrola no meio de outroas comunicações não tenha aquele carácter único e de destaque que normalmente são conferidas às conferências TED. Por outro lado aquilo que Philip tem para nos dizer resume-se à definição do SL enquanto Virtual Environment (VE) e o seu impacto enquanto meio de comunicação. Não que julgue ser uma má comunicação, porque não é, apenas esperava mais. Esperava ouvir mais do que aquilo que já sabemos, esperava ouvir uma perspectiva vinda do interior do objecto capaz de me iluminar de alguma forma e nesse sentido fiquei decepcionado. Contudo julgo que é uma comunicação a ver e ouvir e como tal deixo a seguir ao vídeo a transcrição de algumas deixas que me parecem relevantes.


"Technology is being used to allow us to create and share (..) SL and VE represent the best we can do to achieve that right now (..) Virtual Worls (VW), like space, they allow us to reinvent ourselves."

"SL is 20,000 computers connected (..) WoW comes on 4 DVDs, SL is 100 Terabites of user-created data, making it about 25,000 larger."

As duas grandes diferenças entre a Web e o SL:

"The web is text to text links (..) in SL information is presented to you using the most powerful iconic symbols that you can possibly use with humans." [One Picture is Worth Ten Thousand Words].

"Experiencing of creating, consuming, exploring information is in VW implicitly and inherently social (..) in Amazon you can't talk to other people while shopping (..) experiencing information together (..) the trend is to use technology to connect with each other."

Já agora e dentro desta sequência fica o convite para que submetam trabalhos à SLACTIONS 2009.

março 11, 2008

corpo interactor

Trago aqui um trabalho, YMYI - You Move You Interact, realizado por João Martinho Moura e Jorge Sousa no âmbito da cadeira de Projecto Integrado I do Mestrado em Tecnologias e Arte Digital. Um trabalho inteiramente realizado com recurso a open tools, neste caso o Processing e o Super Collider. O conceito do projecto segundo os autores roda à volta da criação de um espaço interactivo
(..) onde se pretende criar um diálogo corporal com um sistema artificial, do qual resulta uma performance sincronizada entre um corpo real e um objecto virtual (..) onde o utilizador desenvolve um processo criativo com base nos gestos e movimentos do seu corpo (..)
O que é verdadeiramente interessante neste projecto é a abordagem à interactividade fazendo uso de todo o corpo, procurando levar o experienciador a sentir-se integrado no novo mundo criado, evitando a ligação entre mundos, ténue, que se cria através das mãos, apenas. Esta é uma área que começa a ganhar novas dimensões no campo da investigação em realidade virtual e no qual Mel Slater é um dos mais importantes nomes.

Tratando-se de uma instalação interactiva o vídeo abaixo não transmite a essência sensória e perceptiva da obra contudo permite-nos perceber superficialmente do que estamos a falar. No entanto para quem estiver interessado poderá sempre deslocar-se ao Fórum da Maia de 29 de Março a 14 de Abril, 2008 onde este e outros projectos da mesma cadeira estarão expostos para serem experienciados.


YMYI - You Move You Interact

fevereiro 29, 2008

cry realtime

A Crytek, vencedora do prémio Best Technology da GDC deste ano, fez uma demonstração na GDC 2008 do seu portentoso motor de rendering, CryENGINE2, fazendo uso de um dos mais memoráveis spots publicitários da Sony e replicando-o em todas as dimensões visuais só que desta vez com a acção a decorrer em tempo-real. É mais um paço em frente no realismo, o que está aqui em questão nem é tanto o fotorealismo mas a capacidade de gerar esse mesmo fotorealismo em tempo real. Ou seja, seria possivel utilizar este spot no ambito de um jogo e colocar um personagem controlado pelo jogador a tentar apanhar as bolas ou a correr a frente delas durante a queda das mesmas. Sobre as implicações deste real-time sobre os ambientes virtuais veja-se este manifesto do colectivo Auriea Harvey & Michaël Samyn.
Entretanto alguém já se encarregou de realizar um filme comparativo com inserts alternados dos dois filmes e enviar para a GameTrailers.com, deixo aqui para verem.

UPDATE: Entretanto na conversa com um colega dei-me conta que temos um português a trabalhar no desenvolvimento deste poderoso motor de jogo 3d , o Tiago Sousa.




[download do filme original, 25mb]
[a partir de No Fat Clips!!!]

fevereiro 06, 2008

processing visuals

Inspirador. Pequeno filme realizado em processing tendo por base algoritmos concretos de cálculo de ritmos musicais ao contrário da sensação de beat detection em real-time que fica no ar. Obrigado Nuno Nogueira.


Filme de Flight404

dezembro 15, 2007

Iluminação virtual

Depois de ver Ratatouille confesso que fiquei surpreendido com o festim visual. A Pixar continua a conseguir dourar a forma, dar-lhe um toque de tal ordem que se torna impossível não ficar espantado na sua apreciação. Não estou a falar do realismo, estou sim a falar de pura estética no campo da iluminação. Sabemos perfeitamente que a Pixar consegue ter os melhores técnicos do mundo a trabalhar para eles, pois à semelhança da Google não tem concorrência à altura a uma escala planetária.

No entanto passados mais de 20 anos de evolução tecnológica já não esperava conseguir ser surpreendido pelo lado da forma. Como história, julgo que está imensos pontos abaixo de The Incredibles ou Toy Story, não chega pegar em elementos opostos (ratos e cozinhas) para que a criatividade brote, apesar de ser isso que os manuais apontam. As personagens são todas muito estereotipadas, o enredo está carregado de clichés fáceis e com uma progressão mais do que previsível. Os personagens chegam mesmo a tornar-se pouco verosímeis, no fundo julgo que o problema de Ratatouille é muito semelhante ao de Cars. E seguindo esta comparação é de evidenciar que ambos se destacam exactamente pelo lado do brilhantismo estetico-técnico, nomeadamente nos campos do environment design e lighting direction.

Não posso deixar de citar aqui Jeremy Birn responsável pelo lighting design em ambos os filmes. Brin que escreveu um dos melhores livros da área Digital Lighting & Rendering o qual utilizei e referenciei extensivamente na minha tese. Se quiserem perceber um pouco mais sobre os processos de lighting e rendering, nas suas valências estéticas, é sem dúvida a referência a seguir.

novembro 04, 2007

Arte dos mundos e ambientes

De partida para o SBGames em Porto Alegre ainda tenho tempo para deixar aqui um apontamento sobre as belíssimas imagens de síntese do jogo Assassin's Creed. Imagens que retiro de um artigo da CGSociety que vale a pena ler e que retratam a excelente direcção de arte realizada por Raphael Lacoste. Artista 3d que cito na minha tese por causa do seu, também excelente, trabalho em Prince of Persia.

outubro 06, 2007

sobre a INTUITION

Não só pelo facto de ter prometido que deixaria aqui o meu testemunho da conferência mas também porque julgo que as ideias e argumentos que me chegaram e me fizeram mudar subtilmente algumas ideias ou afunilar alguns objectivos poderão ter também alguma validade para quem não pôde estar no National Bank of Greece Training and Conference Centre situado numa zona costeira de Atenas, Glyfada.
A conferência foi aberta por
Angelos Amditis investigador sénior do Institute of Communications and Computer Systems da National Technical University of Athens e coordenador da INTUITION Network of Excellence financiada pelo FP6-EC. A INTUITION, que está no centro da organização desta conferência, é uma rede com 58 parceiros de 15 países europeus, Portugal não está representado infelizmente, relacionada com a investigação sobre o estado actual da Realidade Virtual tanto da área académica como industrial, mais especificamente "to overcome fragmentation and promote VE establishment within product and process design".

Amditis falou sobre a forma como a INTUITION permitiu realizar alguns avanços para a re-estruturação do conhecimento na área da realidade virtual e deixou ficar algumas ideias sobre os possíveis caminhos a seguir na investigação da RV. Especificamente levantou pistas sobre os principais problemas que a RV enfrenta na penetração na industria, tais como:

1- Technology
Falta de tecnologia de fácil utilização.

2- Interaction concepts
"The lack of immersive 3D-UI paradigm (comparable to the 2D WIMP paradigm) and the fact that spatial interaction is not properly understood at cognitive level are the main barriers in terms of interaction."

3- Integration
Muitos dos conceitos, possibilidades de software e hardware estão já à disposição, as a sua não integração em plataformas estandardizadas dificulta o seu uso.4- Socio-economic issues
"high cost of VR-systems are avertive factors towards VR penetration"

E em face destas barreiras Amditis apresentou os pontos que considera de "motivação" para se poder dar a volta ao problema,

1- Industry requests
A industria reclama novas tecnologias e novas funcionalidades da RV.

2- Socio-Economic
"Complexity of information grows (..) users with VR/AR interface awareness is grow-ing (..) increased interest of investors in novel technology opportunities."

3- Technology
"The game industry is technology driver for real-time 3D graphics hardware"

No final Amditis sintetizou as áreas de investigação urgentes que a rede INTUITION considera como necessárias na investigação;

1- Interface Technologies
"Components of multimodal interfaces(..)

2- Content Technologies
"Realistic behaviour of VEs (..) Visual realism (..) Representation of real and virtual humans (..) Content Management"

3- System and Integration Technologies
"Software Architectures (..) Interoperability"

4- Interaction
Na minha óptica é verdadeiramente a área que precisa de investigação que permita avançar o estado actual, se não veja-se o tipo de interacção que temos actualmente em ambientes como Second Life. "Natural interaction for creation and composing of geometry/objects/worlds in immersive environments (design)"

5- Human Factors
Ou seja investigação fundamental ou básica "Presence Research (..) Perception/Cognition Research (..) Understanding of collaboration in immersive environments (..) Evaluation Technologies"

Todos estes pontos podem ser analisados mais em detalhe no paper publicado por Amditis et. al (2007) Towards Networked and Structured VR European Research Area: Intuition Network of Excellence and Future Research Challenges.

Depois desta excelente introdução, tivemos também direito a um excelente keynote que quase nem parecia investigador das ciências da computação mas parecia mais ter caído ali vindo directamente das ciências cognitivas. Mel Slater apresentou-se com uma comunicação intitulada "Interaction with Self and Others" onde retratou as problemáticas da representação do Eu nos ambientes virtuais (Virtual Environments - VE), da interacção com os Outros situando sempre o discurso numa base de "body centered interaction".

Sobre a "representação do Eu nos VE", Slater veio defender um novo paradigma de interacção em ambientes virtuais que assentem no envolvimento do corpo como um todo. Para isso apresentou um estudo bastante detalhado de testes psicológicos/fisiológicos sobre a "ancoragem do corpo" no mundo virtual através das "sombras e reflexão" demonstrando ainda que num estudo limitado (33 sujeitos) existe um aumento do "sentimento de presença" quando as sombras e as reflexões estão activas no mundo.

Sobre a interacção com o outro, Slater, defendeu que a interacção com personagens de tamanho real (ou seja, em que a representação apresenta dimensões facilmente transponíveis para um ambiente real) pode ser mais eficaz do que a interacção criada nos videojogos com pequenos personagens. Sobre este ponto questionei-o no final, por achar que apesar de ele poder ter alguma razão, não podermos esquecer a força do envolvimento emocional criado com personagens em ambientes de jogo em modo third-person view. Sobre isto anuiu que não queria dizer que era mais eficaz, mas que era apenas diferente. O que eu aceito, é diferente e pode até ser mais eficaz para VEs orientados a tarefas especificas mas não pode por isso ser automaticamente catalogado como simplesmente mais eficaz e desse modo aconselhado para todos os tipos de VEs. Assim os chamados personagens de tamanho real seriam na sua óptica indicados especialmente para as áreas da psicologia "social phobia" e "exposure therapy" e Slater considerou mesmo que a RV seria um dos melhores laboratórios actuais para testes de psicologia. Finalmente Slater ainda falou do seu mais recente estudo no qual replicou a conhecida experiência de Milgram, os dados dessa experiência podem ser analisados em um dos seus recentes papers, mas Slater salientou que apesar de ter conseguido dados interessantes sobre as reacções dos sujeitos reais quando confrontados com a "dor" ou expressão de dor dos sujeitos virtuais, ficaram ainda bastante longe da experiência realizada com sujeitos reais.

Seguidamente a esta abertura de Slater decorreram 3 sessões paralelas e eu participei na sessão de Design & Authoring onde apresentei algum do trabalho desenvolvido no projecto INSCAPE sobre o plugin Atmosphere Editor que estamos a desenvolver e que permitirá a qualquer utilizador muito facilmente manipular os ambientes e personagens num âmbito emocional dentro das motivações da história que se pretende contar interactivamente.

Da parte da tarde tivemos o outro keynote Doug Bowman da Virginia Tech que veio falar sobre as questões paralelas ao trabalho de Slater, o processo de Imersão. O domínio de Slater está centrado no utilizador e daí o conceito de Presença, enquanto que a Imersão, tal como apresentada por Bowman, é um conceito centrado na tecnologia. Bowman apresentou várias problemáticas agregadas à questão da imersividade e apresentou algumas ideias sobre os benefícios desta,

1- Increase Spatial Understanding
2- Increase peripheral awareness
3- Increase Bandwidth (attention demanding tasks)
4- Decrease information "cluster" (information visualization)

Bowman julga também ser necessário ponderarmos a possibilidade de se alargar o domínio da RV enquanto área de investigação a outros domínios e para isso considera que não devemos categorizar a RV apenas em "true or immersive" (HMDs e CAVEs) e "non immersive" (VR desktop), a RV deve ser vista como um continuum. No final deixou alguns questões no ar para que a audiência pudesse discutir e que deixo aqui para vossa reflexão,

- "Will true immersive VR still make a large real-world impact?
- "What are some other ways to apply VR research to non-VR contexts?"
- "What are some non-traditional benefits or applications of immersive VR"


Nelson Zagalo
Atenas, 5 de Outubro de 2007

outubro 04, 2007

INTUITION2007 - first day

Está a decorrer a 4th International INTUITION Conference - Virtual Reality and Virtual Environments em Atenas com os keynotes Professor Mel Slater da University College London, Dr. Doug A. Bowman da Virginia Tech (está a discursar neste momento) e Dr. Mark Billinghurst do HITLabNZ. De manhã ouvimos uma interessantíssima palestra de Mel Slater sobre a Interacção na RV com o Eu e com o Outro sobre a qual vou voltar a falar mais logo depois de digerir todas as suas pistas e eu apresentei também um paper de co-autoria com Ana Torres e Marius Raschip sobre Character Emotion in Virtual Environments na sessão de Design & Authoring.

setembro 28, 2007

atmosferas de luz

Eric Gooch é artista gráfico na Insomiac Games e na sua página pessoal publica trabalhos seus na área da fantasia e fotografia mas publica ainda coisas interessantíssimas e de acesso raro para quem está fora da indústria dos jogos. Gooch foi responsável pela iluminação dos ambientes no videojogo Resistance: Fall of Man (2006) e desse modo tem acesso a materiais e conhecimentos bastante valiosos para uma indústria desta natureza. O trabalho que se pode ver no seu site é um tutorial produzido à custa de elementos visuais extraidos na sua integralidade do videojogo acima referido e onde ele desmonta toda a estrutura de iluminação criada e dá a conhecer pequenos detalhes técnicos como as técnicas escolhidas para produzir sombras (lightmaps) que optimizam os recursos das máquinas permitindo salvaguardar esses recursos para áreas como a Inteligência artificial. O tutorial é rico em imagens e pouco profundo na reflexão é no entanto uma boa ajuda para quem quer iniciar-se ou quem quer aprender pequenos detalhes do game design relacionado com a iluminação. Coloquei aqui apenas um dos exemplos no qual se pode ver uma das área de Resistance: Fall of Man nas suas fases de desenvolvimento atmosférico: geometria, texturas, e iluminação


Geometria (Resistance: Fall of Man..., 2006)


Iluminação sem texturas (Resistance: Fall of Man..., 2006)


Texturas sem iluminação (Resistance: Fall of Man..., 2006)


Resultado final (Resistance: Fall of Man..., 2006)

setembro 25, 2007

acesso facilitado à criação de ambientes virtuais

Num espaço de pouco tempo as notícias sobre ferramentas para o desenvolvimento de ambientes virtuais dispararam. Acredito que muito impulsionados pelo sucesso de Second Life, começam a aparecer ferramentas que vão permitir fazer da web 3d o que os blogues fizeram com a publicação digital. Ainda em relação à criação de ambientes e porque estes só poderão ter verdadeiro interesse quando passíveis de serem programados no que toca à interacção no seu interior, parece-me que a linguagem de scripting LUA está aí para ficar. Depois de World of Warcraft a ter adoptado, agora tanto o sistema Vastpark como o Metaplace vão utilizar LUA. Quando me parecia que o futuro estaria nas mãos da linguagem gráfica PYTHON eis que mais um standard parece querer emergir. Vejamos agora um pouco mais em detalhe cada uma das ferramentas.


VastPark é um projecto que já esteve aberto on-line inclusive com uma wiki a funcionar onde várias pessoas tiveram oportunidade de criar os seus mundos virtuais, mas que está agora encerrado em fase de beta testing e deverá abrir brevemente. Vastpark, promete vir resolver muitas das problemáticas de Second Life no que toca à criação dos mundos, nomeadamente podermos desenvolver o nosso universo e permitir apenas a quem nós quisermos, o acesso. Apesar de não existir acesso no imediato, deixo aqui um vídeo que demonstra o quão fácil poderá ser a publicação de um ambiente virtual.

Numa entrevista à theage.com Bruce Joy, fundador do projecto, define VastPark como,
VastPark is a platform where anyone can create their own virtual world. Imagine a 3-D version of your own MySpace or Facebook page. Right now it enables 3-D modellers and game developers to experiment with publishing their own 3-D content online, but later this year we'll offer tools that even mum can use to create a virtual world that she can ensure her kids and their friends can meet up and be safe online.
Quando questionado sobre o que o distingue do Second Life afirma:
Second Life lets everyone into one big interactive arena. VastPark allows communities, individuals and enterprises to run their own small virtual worlds that suit their own members.


Metaplace tem na sua génese uma personalidade da área criativa da indústria dos videojogos, Raph Koster, autor de Theory of Fun for Game Design. Promete e a verdade é que o projecto abriu uma versão alpha para testes e em poucos dias inscreveram-se para testar a plataforma, cerca de 10 mil pessoas. Esperemos para ver.

Update 28.09.2007: Adicionado vídeo de demonstração de Metaplace com apresentação do próprio Raph Koster.



SceneCaster é mais dirigido ao desenho e criação de paisagem de interiores, mas que promete em breve vir a contribuir para o desenvolvimento de uma rede social.

Mark Zohar refere mais uma vez o facto da web 3d se ter transformado num conceito mainstream e que,
When we looked around, we saw that the 3D Web was clearly impacting how consumers are interacting and how brands are marketing their products, that's clearly more than a trend. They understand the next generation of the Web will require them to be involved in this immersive experience.

Finalmente não quero deixar de anotar aqui o SketchUp da Google que vai já na sua versão 6.0 e continua a estar na linha de frente no que toca à facilidade de criação e modelação 3d. Projecto que é quase um decalque do doutoramento de Vasco Branco - Interacção intuitiva em sistemas computacionais de apoio ao Design (1996) - aquele que foi o meu estimado orientador.




Google SketchUp 6

Aliás desde que SketchUp foi lançado os rumores de que a Google se estaria a preparar para entrar na corrida aos mundos virtuais partilhados não têm parado e ontem foi anunciado no site Virtual Worlds News aquilo que parece ser para já uma espécie de focus group universitário para testar essa nova ferramenta da Google que se poderá chamar de My World um nome bem ao estilo de Home da Sony.

setembro 20, 2007

Pausch na sua última conferência

Randy Pausch deu a sua última conferência na Carnegie Mellon University (CMU) há dois dias, a qual pode ser visualizada em vídeo a partir do seguinte endereço. Nesta conferência Pausch faz uma reflexão sobre a evolução da sua carreira e principalmente sobre o modo como modelou toda a sua vida em busca da realização dos sonhos, daí o nome Really Achieving your Childhood Dreams. Pausch é um dos mais importantes académicos americanos a trabalhar na área do Entretenimento Digital ou Computing Entertainment consultor da Google, da Walt Disney Imagineering ou Xerox Palo Alto Research Center entre outros assim como membro do Editorial Board dos journals Presence: Teleoperators and Virtual Environments, ACM Interactions ou ACM TOCHI. Criador da famosa plataforma de desenvolvimento de histórias digitais para crianças sem conhecimentos de programação, Alice, e co-fundador do importante Entertainment Technology Center (ECT) da CMU. O ECT é hoje responsável pela plataforma Alice que está prestes a ver a sua versão 3.0 integrada com o artwork de Sims 2 e é ainda responsável pela também excelente plataforma Panda 3D originalmente criada pelos engenheiros de parques de atracções da Disney, os imagineers. Pausch foi ainda o criador da cadeira Building Virtual Worlds da CMU.



Pessoa de grande actividade, vontade e fé nos seus objectivos, foi-lhe diagnosticado recentemente um cancro terminal e mesmo parecendo estar bem de saúde tanto mental como fisicamente como ele faz intenção de fazer passar nesta conferência a verdade é que já não terá muitos mais meses de vida, daí também a razão da importância desta conferência. Fica aqui então a sua última grande contribuição para o conhecimento numa área emergente e ainda à procura de afirmação no seio da academia.