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janeiro 01, 2018

Virtual Illusion: Mais Lidos de 2017

Mais um ano que passou, mais um ano de textos aqui no blog. Publiquei pouco, ainda assim alguns textos deixaram boas memórias. Uma grande parte é de análise de livros, jogos e filmes, os textos mais especializados dizem respeito à ciência em Portugal e à educação criativa. Assim, e para iniciar o ano, deixo os 12 textos mais lidos, ou pelo menos mais vistos de acordo com o número de visualizações do blog.


1 - A Ciência não é Crença é Conhecimento, 23 abril
2 - O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), 6 outubro
3 - A Ciência do Governo, o Ministro e a FCT, 13 abril
4 - Motivação mais relevante que QI, 23 dezembro
5 - O fim da Escola?, 9 outubro
6 - Publicidade cinematográfica e ideológica contra Trump, 6 fevereiro
7 - Memorizar requer esforço e não é intuitivo, 19 fevereiro
8 - O cérebro narrativo, 29 outubro
9 - Por que não conseguimos parar de olhar para os smartphones?, 30 abril
10 - Somos aquilo que criarmos, 23 maio
11 - Timelapse no mar em movimento, 16 setembro
12 - "Homo Deus", de Yuval Noah Harari, 6 julho

janeiro 01, 2017

Textos de 2016

Estive a passar os olhos pela listagem de textos publicados ao longo do ano, e nas visualizações que cada um teve. De um conjunto de cerca de vinte mais vistos, destaco dez que me parecem ser dos mais interessantes. Outros houve que mais me disseram, mas não tendo sido tão preferidos, opto por não os nomear.


Do conjunto, de textos recolhidos, extraí as palavras-chave mais relevantes: banda desenhada, narrativa, design de jogos, animação e multimédia.

1 - Fazer um doutoramento? (Banda Desenhada, Academia)
2 - 10 Estruturas Narrativas (Narrativa)
3 - Design de "Downwell" (Design de jogos)
4 - A glória de Unity, e sem programação (Software, Multimédia)
5 - “Kinoautomat” (1967), o primeiro filme interativo (Narrativa, Multimédia)
6 - “Inside”, uma obra incontornável (Videojogos)
7 - ”Hipopotamy" (M/18) (Animação)
8 - “The Beginning of Infinity" (2011) (Livro, Ciência)
9 - "Life is Strange" (2015) (Videojogos)
10 - Criar histórias originais (Narrativa)

maio 29, 2014

A moralidade da publicidade online

Por estes dias recebi uma chamada “proposta de colaboração” que passava por publicar aqui no Virtual Illusion, um texto do proponente que conteria um link para uma empresa que pretendia promover. A empresa em questão era um site de jogos de azar online.


O que começou por me espantar foi que a colaboração era paga, 70 euros, apenas para eu colar o texto no meu blog! Ou seja, eu não tinha de fazer absolutamente nada, apenas pegar no texto, publicá-lo aqui, sob algumas condições: o texto teria de ficar ativo durante 12 meses; e não poderia ter qualquer referência ao patrocínio em si, nem ser apresentado como texto convidado, pago, ou outro. Podia no entanto, se achasse melhor ser eu a fazer o texto, desde que colasse o link da dita empresa, numa qualquer zona do texto, independentemente do que diria o link.

Percebi o que se pretendia, e não era propriamente o número de visitantes do Virtual Illusion que interessava ao promotor desta colaboração. A relevância destes links reveste-se pela criação de fluxos distintos para os sites, promovendo assim os sites nos motores de pesquisa mundial.

Fiquei a pensar no assunto. 70 euros davam jeito para encher um depósito de gasóleo, mas e o resto, o lado moral? Poderia eu ficar bem comigo próprio, com o facto de estar literalmente a enganar as pessoas que iriam ler esse texto?! Não sendo permitido qualquer identificação do objectivo do texto em si, do link aí presente, como é que eu poderia lidar com a ideia de estar a pactuar com essa manipulação?

Já o disse várias vezes aqui, e tenho-o dito às pessoas que comentam o blog comigo, eu não produzo este blog na esperança de ganhar qualquer recompensa com ele. Quando o criei, foi com a ideia de me servir a mim próprio na melhoria de várias coisas, entre as quais a escrita, a análise, o registo, as memórias, a verbalização, etc. São essas recompensas internas que têm mantido viva a minha motivação para continuar a escrever aqui. Se aceitasse esta proposta, estaria inevitavelmente a colocar em causa tudo isto, porque estaria a alimentar a ideia de que poderia existir uma recompensa externa. Não quero dizer que não me interessasse, mas sei que se por algum motivo isso acontecesse (naturalmente não deste modo camuflado) o caminho de volta seria muito complicado.

Ou seja, não só estaria a enganar todas as pessoas que normalmente passam por aqui em busca de alguma informação ou ideia para os seus trabalhos, levando-os a ler algo completamente vazio de interesse, e profundamente manipulativo, como estaria a destruir tudo aquilo em que acredito e que me motiva dia após dia a vir até aqui escrever, expressar e partilhar ideias com todos vós. Por isso não aceitei a proposta.

Apaguei no final o e-mail, apesar do Gmail o ter rotulado como “Important mainly because of the words in the message”, o que só por si, dá bem conta do conhecimento detalhado que estas empresas detêm sobre o funcionamento de toda a "maquinaria" online, e do quão manipulados podemos ser na rede, se não detivermos literacia para lidar com todo este novo mundo.