junho 06, 2013
o culto dos amadores
Keen até começa muito bem, defendendo várias ideias com que me identifico plenamente, como os problemas da ausência de verificação de fontes e credibilidade da informação online versus informação de qualidade dos jornais. Ou como a autoridade da Wikipedia que é capaz de colocar ao mesmo nível especialistas reconhecidos por pares, com miúdos que leram uns livros, ou nem isso. Ou ainda sobre as questões do copyright e do acesso grátis online que estão a destruir muitas possibilidades de carreiras criativas. Mas para fazer esta defesa embarca num extremismo ideológico sobre o que pode e não pode ser, apontando o dedo a tudo o que é novo, elogiando o status quo, pregando a imobilização e a não transformação.
Na voragem da argumentação e sustentação das suas ideias Keen chega a ponto de atacar toda a ideia da própria internet. Se é evidente que a internet nos trouxe muitos novos problemas, não podemos deixar de relembrar tudo o que de bom conseguimos com esta tecnologia de comunicação em quase todos os níveis da sociedade. Temos de encontrar formas de lidar e responder aos problemas, mas isso não pode de forma nenhuma passar por erradicar o meio, ou as novas formas de interacção social que este despoleta. Temos de continuar a estudar os seus efeitos, procurar compreender o seu alcance, criar regras e leis quando for caso disso, mas não podemos ajoelhar-nos e mal-dizer o que nos trouxe a internet. É um discurso gasto, e que surge sempre que surge um novo meio.
Andrew Keen é reconhecido internacionalmente como um dos maiores atacantes da Web 2.0 e ainda no ano que passou lançou novo livro, Digital Vertigo: How Today's Online Social Revolution Is Dividing, Diminishing, and Disorienting Us (2012). Apesar de eu entender e suportar algumas das suas posições, Keen vai precisar de aprender a argumentar melhor as suas ideias e ir além do mero texto de jornal, se quiser atenção académica para o seu discurso. Keen terá de aprender que a vida não é imutável, que vamos mudar, que mudaremos sempre, e a tecnologia é apenas uma parte da equação dessa transformação. No final, é o próprio Keen quem se revela um amador da reflexão mais profunda e fundamentada.
Edição Portuguesa
Andrew Keen, O culto do amadorismo, Guerra e Paz, 2008, Trad. Susana Serrão. A primeira edição inglesa saiu em 2007.
maio 27, 2013
10 anos de Virtual Illusion [Actualizado]
novembro 29, 2011
Dia de Pagar ao Blogger 29.11
"Alguns dos conteúdos mais inteligentes e bem informados veem de bloggers que o fazem porque querem, não por causa de dinheiro ou fama. Isto é apenas mais uma razão para dar alguma coisa de volta"Se blogo aqui várias vezes por semana, é essencialmente por três razões:
a) Porque me dá gozo triar, filtrar, e escrever sobre o que realmente me toca.
b) Porque sinto o blog como um prolongamento do meu pensamento. Escrevendo aqui, organizo as ideias, e estas ficam registadas, para mais tarde poder ver como pensava, ou até re-utilizar algumas partes do texto.
c) Porque me sinto recompensado sabendo que as pessoas gostam do que vou escrevendo, pelo número de hits que os textos conseguem, mas também pelos e-mails que vão enviando e que geram uma particular sensação de realização.
"Os bloggers raramente andam atrás da fama ou fortuna. Mas eles oferecem todos os dias, uma gigantesca quantidade do seu tempo livre para tornar os seus leitores mais inteligentes, mais felizes ou simplesmente mais eficientes a matar o seu tempo. Muitos fãs são excelentes na reciprocidade espalhando a palavra, comentando, comprando materiais dos blogs, ou mesmo fazendo doações. Mas é uma pequena gota no oceano comparado com o que gastamos em revistas carregadas de publicidade, ou dicas gorjetas para empregados hostis, se não mesmo rudes. Então e se todos nós déssemos algo de volta, para os bloggers, mesmo que por apenas um dia. Compre a sua T-Shirt, o livro com links afiliados, ou faça uma doação. Eles de certeza que a mereceram."
julho 17, 2011
contador online: jogos, mobile, social e economia
É preciso ter em atenção que os valores aqui apresentados não são reais, menos ainda relatados em tempo real, são antes uma estimativa aproximada realizada pelo autor da ferramenta com base em várias fontes que procura manter atualizadas. As fontes podem ser consultadas no site do autor.
fevereiro 17, 2011
julho 01, 2010
Desmentido e "mea culpa" na Web
YouTube
Depois da guerra instalada entre a Apple e a Adobe a propósito do plugin de leitura de conteúdos Flash no iPad escrevi aqui a 21 de Abril 2010 um texto justificando em certa medida o valor do Flash. Nessa altura abordei o valor e impacto do Flash no passado recente para o vídeo na web,
"Antes de tudo o mais o Flash está intimamente ligado a um dos braços direitos da Google, o Youtube. Hoje o Youtube está a testar uma nova plataforma sem recurso a Flash, mas há cinco anos quando foi adquirido pela Google, a razão do seu sucesso foi o Flash. Só o Flash permitiu que com a instalação de um simples plug-in milhões de pessoas em qualquer plataforma de acesso à web pudessem aceder aos conteúdos. Antes do Flash conseguir esta proeza, usar vídeo na web era um martírio por falta de standards de codificação para web."Passados poucos dias Steve Jobs lançava a sua carta aberta sobre esta discussão, no dia 29 de Abril 2010 e aí dizia,
"YouTube, with an estimated 40% of the web’s video, shines in an app bundled on all Apple mobile devices, with the iPad offering perhaps the best YouTube discovery and viewing experience ever."
Ora passado exactamente um mês sobre estas declarações de Jobs é Kuan Yong, Product Manager da plataforma de desenvolvimento do YouTube, quem o vem desmentir demonstrando a insuficiência do HTML5 para lidar com todos os parâmetros vídeo que hoje se exige a um site como o YouTube e reafirmando alguns dos princípios basilares da importância do Flash, no passado e no futuro, aqui ficam alguns desses princípios:
The "video" tag certainly addresses the basic requirements and is making good progress on meeting others, but the "video" tag does not currently meet all the needs of a site like YouTube:Se dúvidas houvesse sobre a importância do Flash e o seu futuro na paisagem digital, acho que fica aqui muita coisa esclarecida, assim como fica também clara a necessidade que as pessoas têm de ter acesso a informação imparcial filtrada de intenções de marketing.
Standard Video Format
Robust video streaming
Content Protection
Encapsulation + Embedding
Fullscreen Video
Camera and Microphone access
A Arte dos Videojogos
O texto de Roger Ebert a 16 de Abril de 2010 "Video games can never be art" gerou um autêntico furacão na web, meio de excelência para a comunicação sobre videojogos, e este seu post deve em breve vir a ser reconhecido pelo Guiness como o que mais comentários directos gerou, até ao momento: 4549. Eu próprio escreveria aqui em 19 de Abril 2010, Videojogos, são uma forma de Arte, um longo texto de refutação das ideias e afirmações de Ebert.
Ebert dizia na altura
"No one in or out of the field has ever been able to cite a game worthy of comparison with the great poets, filmmakers, novelists and poets... I tend to think of art as usually the creation of one artist..."Ao que eu respondi
"é evidente que afirmar isto é o que pode fazer por parte de quem nunca conseguiu entender o media, quem sente a natural frustração de falta de literacia para lidar com as novas tecnologias. Porque analisar videojogos, fazendo uso de trailers, pode até ser parecido com analisar filmes fazendo uso de fotografias. Mas o problema é muito mais grave que isso..."E o "mea culpa" vai surgir logo na primeira frase do seu texto,
"I was a fool for mentioning video games in the first place. I would never express an opinion on a movie I hadn't seen. "E prossegue ao longo do texto assumindo que apesar da imensidade de pessoas e empresas que se disponibilizaram para lhe fazer chegar os jogos, as consolas, todo o material necessário para a sua análise, ele nunca mostrou o mínimo interesse, antes pelo contrário desprezo pela arte. Mas este novo artigo traz-nos algo novo e importante para o media e arte dos videjogos, Ebert dispôs-se a criar uma pool comparativa entre uma das obras literárias mais importantes dos Estados Unidos e os videojogos,
"Show me a man who believes a game can have more value than Huckleberry Finn," I wrote, "and I'll show you a fool. This debate became reduced to a squabble about semantics and technicalities, and in a quixotic moment I put the question to a vote, devising an online Twitter poll which asked readers which they would value more, a great game or Twain's great novel. "e aqui está o resultado dessa pool, após cerca de 12 mil votos.
Vale o que vale esta pool, mas julgo que o essencial fica dito e encerra uma página da história das videojogos.
abril 11, 2010
Os Novos Editores
"We were caught unprepared for the amount of information we have to process. We often hear the term “information overload”-most likely as we skim Google Reader, or perhaps while we discuss multitasking as we delete our way toward Inbox Zero. Yet, more so than information overload, we may be facing “filter failure”. [2]A questão que se levanta é que talvez não estejamos a enfrentar um problema de excesso de informação, mas antes um problema de défice de filtragem. Isto porque,
"there has long been an invisible tribe, a mysterious group, who transform scattered thoughts into compelling stories, who splice hundreds of hours of video into feature-length films, who segregate the semicolons from the em dashes. These are editors working across media sectors-publishing, film, music, more-to deliver transformative stories with clarity and grace."[2]Mas se isto é verdade, o facto é que a evolução destas tecnologias levaram ao aparecimento de tecnologias sociais que potenciam de tal modo a troca de informação entre pessoas comuns, que leva a que exista cada vez menos tempo para a informação tratada e filtrada pelos tradicionais meios de comunicação social. O mais recente estudo da "Edelman Trust Barometer" mostra um Grau de Confiança de 29% na "Comunicação Social" e 74% em “pessoas como nós”.
Ou seja as pessoas estão a colocar de lado os agentes de filtragem, o que leva a que aumente a quantidade de informação à nossa volta e que pode mesmo levar-nos para uma incapacidade da sua gestão. Contudo isso não é o que está acontecer, a sociedade não entrou em colapso derivado desta mudança, muito provavelmente porque as pessoas souberam adaptar-se a ela, e souberam tornar-se em editores eles próprios da informação que recebem e da informação que partilham. Como diz a Liz Danzico não fizemos formação para isso, e por isso não somos especialistas ou tão capazes como um jornalista, mas estamos a aprender aos poucos. Esta é uma arte que a Danzico define da seguinte forma:
"Editing is to media as a performance is to a composition: It is an act of interpretation, rich with opportunities for personal insight, misguided judgments, or brilliance. Each individual is different, and each individual will construct experiences differently. In our new editorial roles, we’re tasked with acting as equal parts consumer and editor. What we’re doing is, in fact, parallel to decades of editorial traditions."[2]E é exactamente isto que as pessoas fazem no seu dia-a-dia no Facebook, no Twitter, no YouTube, nos Blogs, Tumblers, etc. etc. A título de exemplo veja-se como se define Olivier Ertzscheid um professor universitário francês que escreveu um artigo no Liberation admitindo que tem na sua lista de amigos mais de 250 estudantes,
"De plus en plus souvent, ma pratique de l’enseignement comme médiation, comme capacité première de prescription consiste à signaler sur Facebook à tous mes amis-étudiants, les émissions de télé ou de radio intéressantes, les articles de journaux à lire, des ressources ayant trait à leur formation ou plus générales sur l’insertion professionnelle."[3]Ou seja, Ertzscheid funciona como um verdadeiro filtro de informação. E é um filtro que é mais eficaz do que um jornalista, porque está mais próximo dos seus leitores, conhece-os, sabe as suas necessidades, desejos e crises. Por outro lado os seus alunos vêem este acto de filtragem como algo desinteressado, ao contrário da Comunicação Social que usa todas as artimanhas possíveis para nos convencer a segui-los. Estamos na presença de um Novo Editor, de alguém que corta, elimina, realça a informação em função do seu público.
Deste modo poderíamos pensar que isto representaria o fim do Jornalismo, o que não é verdade de todo. Uma coisa será o fim de uma parte da comunicação social, vazia de conteúdo apenas interessada na obtenção de atenção de modo a pagar-se a si própria. Esta comunicação social não é mais do que uma nova forma parasitária de jornalismo, que existe apenas para sobreviver, não tem qualquer objectivo e muito menos uma missão. Ao contrário do professor acima, que edita a informação que partilha com o objectivo de guiar as pessoas que o seguem num determinado caminho, num caminho que este acredita ser importante, fazendo-o de forma totalmente desinteressada, não dependente do número de pessoas que o vão ler, ou gostar.
Deste modo o jornalismo que sobreviverá só poderá ser o de investigação, um pilar da estrutura base da democracia. Sem este jornalismo é impossível a existência de uma democracia. Veja-se a titulo de exemplo o filme State of Play (2009) [5] para se perceber o alcance político e social do jornalismo, a sua missão e importância. Em certa medida é abordada a questão da blogosfera e do jornalismo de papel, mas a meu ver de forma muito pouco eficaz. Mas se temos acesso a todos, se todos estão na rede e todos se podem comunicar, porque precisamos deste jornalismo. Por uma razão simples, porque todos podemos construir diferentes realidades nos processos de comunicação. E porque como foi demonstrado por vários estudos entre os quais o Experimento da Prisão de Stanford [6], todos estamos preparados para o desvio a partir do momento em que assumimos o poder ou controlo.
E o maior problema é que a detecção deste tipo de comportamentos ou acções não é detectável superficialmente, mas requer trabalho de pesquisa, análise, comparação e metodologia lógica para construir hipóteses e chegar a conclusões sobre qual das realidades é a “verdadeira”. Como tal este tipo de trabalho só poderá ser feito por pessoas inteiramente dedicadas ao seu trabalho, não se coadunando de forma alguma com a mera troca de informações numa rede social, ou blog que é feita nos nossos tempos livres. Como refere José Manuel Fernandes [4], citando a Times, “não há jornalismo de qualidade sem recursos dedicados e profissionais a tempo inteiro”.
Para fechar um texto que vai demasiado longo, apenas dizer que não importa a quantidade de informação que se produza ou exista disponível desde que façamos uso dos melhores filtros, e estes serão sempre humanos.
Referências:
[1] Clay Shirky, (2008), Web 2.0 Expo NY, It's Not Information Overload. It's Filter Failure.
[2] Liz Danzico, (2010), The Art of Editing: The New Old Skills for a Curated Life, interactions,, XVII.1 - January / February, 2010,
[3] Olivier Ertzscheid, (2010), Prof 2.0 : Pourquoi je suis « ami » avec mes étudiants, in Liberation,
[4] José Manuel Fernandes (2010), Do iPad na Quinta Avenida ao "projectista" da Guarda, in Público, Sexta-feira 9 Abril 2010, p.39
[5] Kevin Macdonald, (2009), State of Play, UK, Drama
[6] Philip G. Zimbardo, (1971), The Stanford Prison Experiment
junho 05, 2009
Steven Johnson no Twitter na Time
Não sou defensor da ferramenta, mas que está no seu auge, não há qualquer dúvida. (Já para não falar no Iphone que aqui aparece publicitado de forma indirecta, mas que é também grande responsável por muito do sucesso do Twitter.)
[a partir de setvenberlinjohnson.com]
julho 09, 2008
a forma da emoção
O que temos aqui é um instrumento/artefacto com pano de fundo de teorias da emoção. Markus procurou desenvolver um artefacto que fosse capaz de tornar fisicamente visível as emoções que percorrem o discurso da blogosfera sitiada em blogger.com. Para isso desenvolveu todo um mecanismo que reage aos discursos puxando fios que por sua vez actuam sobre uma espécie de cone em tecido/pele que vai mudando de forma consoante o que se vai discutindo nos blogs. Ou seja, Markus criou um parser que analisa textualmente a blogosfera e emite ordens sobre o mecanismo que por sua vez vai provocando a transformação da forma do cone. O resultado visual é estimulante e o conceito é ainda mais perturbador. O efeito mais interessante é perceber a similaridade com a acção da emoção sobre o nosso corpo que é a simples activação de mudança. Por outro lado a mensagem que se transmite pelas diferentes formas criadas é um tanto vazia.
Contudo o que mais me interessou aqui foi analisar o método escolhido para desenvolver o artefacto. Markus escolheu Plutchick como mentor teórico sobre a emoção, acredito que mais pela atracção sentida pelo diagrama em cone desenhado por Plutchick do que propriamente pelo seu discurso. Plutchick é um dos poucos que define oito emoções básicas de partida (por oposição às mais consensuais cinco apenas), todas as outras, secundárias, se formam a partir dessas. À semelhança de James Russel também assume a polaridade contínua das emoções e isso é implementado neste mecanismo com o facto de os motores ao rodarem numa direcção implicarem efeitos na direcção contrária. O problema da teoria de Plutchick não é o seu lado chamado "psicoevolucionário" que é assumido por quase todos aqueles que estudam a emoção, mas é antes a complexidade do diagrama desenvolvido. À semelhança de Wundt no séc. XIX, Plutchick optou por definir três eixos, logo criar um modelo de análise tridimensional, com toda a problemática que daí logicamente advém. Se num modelo bi-dimensional já temos problemas a cruzar variações emocionais, então num modelo de três eixos torna-se bem mais complexo e diria até mesmo, menos objectivo focalizar e definir os valores por emoção.
O maior problema que vejo nesta obra não está na referência a Plutchick que é sem dúvida alguém de enorme valor na área mas está antes no modo como o parser foi desenvolvido. Markus assume as "etiquetas" emocionais (nomes dados a emoções) definidos por Plutchick, mas não só, assume também os seus sinónimos e aqui está a incorrer em desvios de natureza emocional que podem disvirtuar por completo a experiência. Sem ter tido acesso à classificação de sinónimos estou em querer que muito viés foi introduzido aqui. Obviamente que isto é uma obra de arte e não é um projecto científico, contudo também se pode ver que até no próprio vídeo de promoção da obra, Markus se socorre de Plutchick para conferir consistência e credibilidade à sua obra.
outubro 19, 2007
Esboços para guardar
O Moleskine Project tem por objectivo divulgar páginas dos famosos blocos de notas, Moleskine. Famosos porque foram recuperados como o bloco de notas de eleição dos artistas no final dos anos 90, apoiado por escritores como Neil Gaiman e anunciado como,
"MOLESKINE IS THE LEGENDARY NOTEBOOK, USED BY EUROPEAN ARTISTS AND THINKERS FOR THE PAST TWO CENTURIES, FROM VAN GOGH TO PICASSO, FROM ERNEST HEMINGWAY TO BRUCE CHATWIN." [1]
Estes pequenos livros de bolso, têm alguma caracterisitcas interessantes, apesar de muito variados, possuem no essencial uma capa dura bastante resistente, um marcador de páginas em tecido, papel de excelente qualidade e resistência e alguns ainda possuem uma espécie de bolsos em papel nas contracapas que permitem guardar pequenos bilhetes ou notas ou esboços de guardanapos de café. Recomendo vivamente uma visita ao site do projecto e deixo aqui dois exemplos bastante distintos de trabalhos realizados nestes livros. Um do artista Fabio Iaschi e outro do Matt pessoa mais ligada às tecnologias. Este segundo exemplo que se pode ver abaixo, não será do utilizador mais comum destes cadernos, contudo não quis deixar passar a oportunidade de deixar um testemunho de outras vertentes que não apenas as ligadas ao desenho e pintura.
Matt, Minneapolis
setembro 30, 2007
blog de estudos fílmicos de parabéns
In the last twelve months, we’ve posted about 200,000 words, or enough for two books. We’ve tried to make most entries as attentive to ideas and information as what we’d write for a print publication—if not a scholarly book, at least a mainstream article. Kristin and I think of our blog as a sort of column, published in a magazine we edit, with no length restrictions, no assigned topics, and as many pictures as we like. It’s been fun to write more informally than we usually do.Realmente julgo que o fenómeno do acto de blogar, o conceito por detrás destas escritas não formais, pode muito bem representar uma forma de lançar ideias para linhas de investigação, projectos, livros ou artigos de investigação entre outros. Tendo em conta que o facto de se escrever de forma corrida sem a pressão da imutabilidade do papel permite dar asas à imaginação e lançar no digital frases e ideias que provavelmente não veriam a luz em papel. Este poderá muito bem ser um meio de excelência para a inovação. Sabemos bem que o acto de se verbalizar (escrever) uma ideia potencia fortemente o desenvolvimento objectivo da ideia e da argumentação de suporte a essa mesma ideia construindo algo que existia, segundo Levy (1998), apenas em potência, no virtual. E só por esse facto vale a pena escrever num blogue os pensamentos e momentos que nos vão assolando a consciência.
maio 28, 2007
the net in 2015
EPIC 2015
abril 18, 2007
thinking blogger award
. GrandTextAuto
. Henry Jenkins
. PensarVideojogos
. David Bordwell
. Atrium
agradecendo desde já o tag da Mouseland e da Ludologia.