Numa palavra, brilhante. É com uma enorme admiração por Bakewell que chego ao final da leitura de "At the Existentialist Café: Freedom, Being, and Apricot Cocktails" (2016), plenamente satisfeito com o conhecimento e experiência proporcionados. Sarah Bakewell fala a partir de um enorme lastro de conhecimento sobre a corrente do existencialismo, assim como das histórias de vida dos seus autores mais reconhecidos: Kierkegaard, Husserl, Heidegger, Brentano, Merleau-Ponty, Camus, Sartre e Beauvoir. Bakewell usa as histórias dos filósofos para construir uma narrativa ligeiramente romanceada — usando como personagens centrais: Heidegger, Merleau-Ponty, Sartre e Beauvoir —, apresentando todo o conhecimento fora do reino da abstração e focado nas histórias, relações, ações e decisões ao longo do século XX. Desta forma, a leitura permite-nos não só compreender os objetivos, alcance e limitações da corrente, como o contexto das suas origens e desenvolvimento. Ao chegar ao final, sentimos conhecer de perto não só aquelas pessoas e o seu tempo, mas acima de tudo as razões que suportaram as suas ideias.