maio 13, 2013

a que objetiva a Arte?

Esta semana publiquei na Eurogamer um artigo sobre questões de impacto das obras de arte sobre as pessoas - "Qualidade na Arte. Porque algumas obras são mais importantes que outras". Ou seja, sobre o retorno de investirmos tempo a ler um livro de José Rodrigues dos Santos versus ler um livro de José Saramago, ou ver um filme de João César Monteiro versus ver um filme de Joaquim Leitão. Esta é uma questão que se aplica a qualquer domínio da criação artística, porque esta se produz segundo uma lógica. Se a ciência procura fazer avançar o conhecimento e o pensamento, a arte busca fazer avançar o sentir e a percepção. Ambas o fazem pela mesma via, a produção de novo e original.


Na relação conceptual popular entre a arte e o entretenimento, a arte aparece como definidora do domínio da inovação discursiva ou formal, capaz de despertar as nossas faculdades cognitivas e de as obrigar a transformar-se. Já o entretenimento segue os padrões existentes, mantêm-os e reforça-os, para assim conquistar mais facilmente o receptor. No artigo trabalho esta diferença a partir dos videojogos, mas sendo baseado em estudos sobre a literatura, serve a arte e a definição dos seus objectivos de forma geral.

Não são ideias novas, mas neste texto utilizo estudos recentes realizados no campo da neurociência que suportam estas ideias. Estes estudos têm sido dirigidos por Philip Davis que é da área das humanidades, trabalhando com neurocientistas como Neil Roberts e Guillaume Thierry.

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