Ao longo de 10 anos foram aqui deixadas 1410 mensagens, algumas mais breves outras mais longas, umas em forma de crítica, outras em forma de crónica. O foco foi-se alargando, mas a identidade manteve-se centrada nas ciências e artes que rodeiam os media do cinema e videojogos, tocando por vezes na literatura, fotografia, ilustração e banda desenhada. Passou a haver um maior interesse no modo como todas estas formas de expressão podem ser educadas ou podem contribuir para uma sociedade mais criativa. Em todos estes anos o blog teve pouco mais de meio milhão de visitas, não é muito, mas é mais do que suficiente. O objectivo deste blog não passa por ter muitos hits, por manter aqui muito tempo os seus visitantes, ou receber muitos comentários.
Não me move a rentabilização ou valor comercial potencial do que aqui se cria. Os objetivos continuam a ser os mesmos desde o momento em que foi criado, servir de tábula de externalização de ideias no formato de texto e imagem. Acredito que o pensamento só evolui quando é obrigado a realizar a sua externalização, ou seja, quando é obrigado a passar do virtual para o real. Em segundo lugar, serve de repositório dessas ideias, permitindo aceder mais tarde a ideias que já se esqueceram, ou confrontar ideias que entretanto evoluíram. Por outro lado este repositório é público, acessível a qualquer pessoa com uma ligação à internet, e sob Creative Commons. Se quem por aqui passa puder tirar proveito do que aqui se faz, óptimo, por isso mesmo é que o promovo nas redes sociais e junto dos meus alunos. Claro que fico imensamente agradecido a quem aqui deixa comentários, ou os envia por e-mail, ou ainda nas redes - Facebook, LinkedIn, Twitter, G+ - porque contribuem para o processo de solidificação dessas externalizações.
Deixo o link para o primeiro texto que aqui escrevi a 27 de Maio de 2003, que falava de ideias despoletadas pelo filme A.I. Artificial Intelligence (2001) de Steven Spielberg.
Actualização 29.05.2013
Descobri hoje que criei este blog no Blogger no mesmo dia em que nasceu a plataforma Wordpress, que coincidência interessante. Ficam alguns dados sobre a plataforma, em jeito de tributo à mesma. Apesar de não a utilizar, reconheço que ajudou a modificar bastante toda a paisagem da blogoesfera. Mais interessante ainda é ver como o Português e o Espanhol são as línguas com mais conteúdos logo a seguir ao Inglês. Isto só vem dar mais razão ao que eu dizia ontem no II Fórum da Confibercom a propósito de "Como ampliar a difusão da produção nas línguas ibero-americanas". Em certa medida tudo isto justifica plenamente a minha escolha por manter este blog em português. Deixo o inglês para uma parte representativa da minha comunicação científica, mas mesmo aí continuo a publicar em português.
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