The Plan é mais um experimento interactivo do que um jogo, as opções são reduzidas, e os objectivos totalmente desconhecidos. Somos levados a interagir, a agir, a atuar sobre o que se nos apresenta, sem perceber porquê nem para quê. Somos conduzidos por um universo visualmente belo, ainda que a mosca não se enquadre no meu reino de beleza, vamos testando o espaço e os limites da nossa interacção. O tempo é fundamental, o universo transforma-se, evolui num crescendo, e a música enfatiza todo esse crescendo (a música, Aase's Death, é uma composição poderosa do romântico norueguês Edvard Grieg). As nossas emoções reagem, começamos por experimentar o mundo, até que o começamos a compreender, mas ao fim de algum tempo começamos novamente a reagir e a questionar-nos sobre o que temos à nossa frente. Quando o fim se revela, ficamos ali, parados a tentar compreender o que acabou de acontecer, as emoções em nós estão ativas. A experiência, ainda que curta, mexeu connosco.
Um jogo conceptual, não tratando um assunto à primeira-vista profundo, consegue trabalhar o efeito da interacção de um modo marcante. O que aqui acontece não seria replicável num filme ou livro pela simples razão de que somos nós os responsáveis por aquilo que fecha a experiência.
Teaser
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