A premissa é bastante simples e trata a forma como "a exploração sobre o avanços na biologia sintética em código-aberto permite que um jovem faça crescer o seu próprio action-hero". Ao ver estes curtíssimos três minutos é impressionante a quantidade de ideias que nos passam pela cabeça. Tanto o facto de estarmos a olhar para os possíveis videojogos do futuro, como o tipo de relação que poderemos vir a criar com estas entidade sintéticas.
É inevitável pensar em filmes que exploraram já o tema, da substituição física, como por exemplo Avatar (2009) ou Surrogates (2009). Ou em jogos recentes como Skylanders (2011) que tem intentado pela via das interfaces tangíveis nomeadamente com as figurinhas dos action-heros. Mas também é inquestionável perceber que Judd consegue ser muito mais incisivo, questionando-nos a nós próprios sobre o tema, não nos lançado na mera acção pela intriga. Para tudo isto contribui muito do desprendimento e indiferença com que o protagonista executa todas as acções, que nos questiona sobre a sociedade actual e nos alerta para a sociedade futura.
Em termos estéticos é uma obra de uma enorme coerência no traço e cor e na ausência de música de condução emocional, o que lhe dá um garante adicional de seriedade no tema tratado. Interessante que Judd nos diga que todo o filme foi criado frame a frame no Photoshop CS4, com alguns movimentos mais complexos a serem gerados previamente no Maya e depois rotoscopados no Photoshop. Ainda no campo da criação, pelo que pude perceber, este trabalho foi apresentado como projecto de fim de curso conjuntamente com uma instalação, mas não consegui mais informação sobre a instalação.
Bruce (2009) de Tom Judd
[via Short of the Week]
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