O "Arquipélago Gulag" (1973) é um livro-monumento de homenagem aos cerca de 20 milhões que por lá passaram e aos 2 milhões que ali pereceram. GULAG é acrónimo da agência governamental soviética "Administração Geral dos Campos de Concentração", campos mandados criar por Vladimir Lenine, com o início da revolução em 1918, e que atingiriam o seu expoente com Estaline, entre 1930 e 1950. O livro é baseado em mais de 200 testemunhos diretos, tendo surgido como resposta às tentativas de desacreditação de que Aleksandr Solzhenitsyn foi alvo após a revelação da sua experiência do GULAG no livro “Um dia na vida de Ivan Deníssovitch” (1962). Solzhenitsyn foi enviado para o campos de concentração em 1944, tinha apenas 26 anos e era um crente na revolução comunista, mas teve o azar da censura interceptar uma carta que escreveu a um amigo de escola, na qual se referia a Estaline como o Cabecilha da traição da revolução. Por esse "crime" teve direito a passar 8 anos no GULAG.