janeiro 16, 2011

Muse: Concerto visto como Realidade Virtual

Muse, ao vivo em Wembley, Setembro 2010

São os concertos de música a tornar-se cada vez mais num palco de exploração tecnológica. Já não são apenas os videojogos ou os parques temáticos a obrigar ao desenvolvimento de novas tecnologias.
Panorama do Forum Romano por Marc Levoy

Descubro hoje algo que ainda não tinha visto e nem sabia que era possível fazer, uma espécie de Panorama VR mas com Vídeo. É bem conhecido de há mais de uma década as técnicas para criar a navegação em imagem estática. Ou seja tiramos fotografias a partir de um local fixo de modo a preencher uma cúpula ou meia esfera e depois juntamos tudo numa única imagem criando a sessão de que estamos ali e podemos olhar em qualquer direcção, apenas não podemos sair do lugar.
Ora o que aqui temos é uma evolução dessa tecnologia, com a imagem estática a dar lugar ao vídeo. Isto aplicado no âmbito de um concerto rock ao vivo com a música a correr sobre a dimensão do tempo gera uma envolvência nunca antes vista de um concerto gravado. Cria em nós uma sensação virtual de espaço e tempo-real, como se estivéssemos lá.
Mas isto não se fica por aqui, é que vai mais além, e não são os 7 pontos de possibilidade de realizar a visualização que é de si também impressionante, é o que acontece com uma delas que está no meio do público. Não por estar no meio do público, mas por ser uma câmara em movimento e ao ombro e sobre a qual continua a ser possível "viajar".
Julgo que como prenda dos Muse para os seus fãs neste Natal de 2010, não podia ter sido melhor. É verdadeiramente algo impressionante do ponto de vista tecnológico e artístico.

Clique na imagem para aceder ao site e experienciar a viagem VR.

Muse Live at Wembley in 360º

2 comentários:

  1. Muito fixe isso! Juro que desde a turnê Vertigo do U2, penso em algo assim - sempre me irritou a montagem de shows, em que você não consegue observar um músico por mais de meio segundo e já há um corte para outro ponto. Show - esse experimento parece comprovar - é experiência espaço-temporal imersiva, quase como games! (Dito isto, só posso aguardar ansiosamente que o U2 faça algo igual e coloquem uma câmera dedicada apenas a Adam Clayton, hehehe...)
    Abraços!

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  2. Não sendo grande adepto de concertos gravados, agora pelas tua palavras, percebo em parte de que forma isto pode ser interessante.
    Claro que eles poderiam ter feito algo muito mais simples, tipo TV Interactiva de jogos de futebol. Colocar as câmaras nos 7 pontos, gravar e permitir que cada um de nós visse o strema que preferisse. Tipo só o Adam Clayton durante 2 horas :P
    Mas eles foram mais longe, que foi gerar interacção a partir de cada ponto de visualização. Em mim senti uma sensação estranha de presença no palco, principalmente quando a musica se inicia, parece que estamos lá. Depois a musica transporta-nos e acaba por ser indiferente, mas na apreciação espacial é fenomenal :)

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