setembro 04, 2007

flexibilidade ou multi-talentos

A flexigurança segue em toda a linha o pensamento neo-liberal disposto a tudo para produzir o trabalhador perfeito. O trabalhador capaz de executar tarefas em qualquer área, um super-herói da maleabilidade. A indústria dos videojogos sendo reconhecida como um dos ambientes mais hostis no que toca à saúde dos seus trabalhadores pela exigência cognitiva intensiva e uma disponibilidade por períodos longos e contínuos está agora também na linha da frente da flexibilidade. Veja-se o artigo de Spanner na The Escapist.

When we look at a job posting for a game designer, it reads like a checklist for a superhero. The specialized requirements (programming, direction, art, management, music, magic powers and yes, writing) are so disparate it's utterly irrational to expect professional competency in all these areas from one person. Even if he's only actually required to perform one or two of those duties, a jack of all trades, as they say, is still a master of none.
O talento não está à venda numa qualquer prateleira de supermercado. Pode ser cultivado, mas acima de tudo é um bem que nasce connosco. É necessário que as indústrias olhem para as qualidades e talentos que os seus recursos humanos possuem e lhes dêem espaço e tempo para que estes progridam e sejam melhores que os seus pares. Não é a pedir-lhes que sejam flexíveis e façam todo o tipo de diferentes tarefas que as indústrias vão conseguir inovar seja no que for.

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