Se assim for, podemos então esperar um filme bem mais complexo de digerir. Mas o que me questiono, não só com este mas com todas as versões Director's Cut ou Final Cut que vão aparecendo, e agora ainda mais com o novo suporte DVD, de filmes estreados nas salas é sobre a legitimidade destes enquanto obras, enquanto arte. Blade Runner, é como artefacto para o público a versão que se viu em 1982 nas salas. Foi essa versão, por inferior que Scott a possa conceber, capaz de estimular universos ficcionais completamente novos, influenciar toda a estrutura visual do pós-modernismo no cinema, continuar a influenciar a arquitectura e moda modernas.
Blade Runner com 25 anos é, tanto na forma como no conteúdo, um filme tão actual como Artificial Intelligence: AI de Spielberg e Kubrick lançado em 2001. O que espera então Scott desta versão? Esperemos para ver, o facto de quase todo o elenco principal se apresentar em Veneza a apoiar Scott poderá ter algum significado. Mas como diz o Times, parece que ainda não é desta que teremos resposta à questão "Does Harrison Ford dream of electric sheep?"
Sequência do Teste de Turing (Blade Runner, 1982)
Update 28.09.2007: Ver entrevista dada por Ridley Scott à revista Wired sobre esta novas versão aqui.
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