Nos últimos anos temos assistido a uma demonização da aula expositiva (a lecture), não apenas no discurso mais comum de quem está focado na profissionalização do ensino, com artigos como “Põe as crianças a dormir — mas os professores continuam na mesma a dar aulas”, mas também dentro da própria academia com a revista Science a fazer artigos como — “As aulas não são apenas aborrecidas, são também ineficazes”. Ou ainda agora com a pandemia e o ensino online em que se diz que "Os alunos não detestam o Zoom, eles detestam é as aulas". Tendo em conta a enorme recetividade que as diferentes comunidades têm manifestado a este discurso, percebe-se o contínuo ataque cerrado a que a Escola está votada. É contra esse ataque que escrevo este artigo, porque não podemos permitir que a Escola, o único elevador social consequente e o único garante de uma democracia harmónica, seja rotulada como inconsequente ou nefasta.