Erick Ho procura neste pequeno filme testar os limites da narrativa no âmbito da animação, e para isso socorre-se de um forte leimotiv, o coração, que todos conhecemos e ao qual atribuímos imensos potenciais significados. O filme decorre com base numa luta constante pela posse do dito coração, sem que nós possamos compreender exactamente porquê, embora tratemos de inferir imensos sentidos e possibilidades explicativas. Mas o que é relevante aqui é entrar, imergir na atmosfera do filme de Erick Ho, que por vezes parece um autêntico trabalho orquestral, no sentido em que o som serve de condutor ao movimento gráfico. O ritmo é assim perfeito porque fruto de um trabalho de mestria na combinação entre montagem, som, música e animação.
Não é um filme sobre o qual possamos escrever muito, porque é um trabalho experimental, que como tal precisa de ser experienciado para ser compreendido. Fala-nos numa linguagem particular, não assimilável por comuns cânones da análise filmográfica. O filme foi apresentado numa imensidão de festivais, tendo ganho vários prémios, e está agora disponível na internet.
An exploration of transcendence. HEART presents questions through abstract metaphors and symbols, illustrated by the human heart.
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