The Call to Arms, 1879, Auguste Rodin
Annunciation (1472) Leonardo Da Vinci
Belvedere, (1958), M.C. Escher
A verdade é que os investigadores das humanidades acreditam que de algum modo são os únicos que podem verdadeiramente estudar, compreender e interpretar a arte. Todo o seu discurso está contaminado por uma oposição feroz ao uso de qualquer metodologia científica que procure estudar a arte em seu lugar. Porque segundo estes o que está em causa na criação artística é de uma ordem de complexidade tão grande que se torna impossível explicar. Então mas se assim é, como é que se explica, como diz Zeki, que existam milhares de livros e artigos escritos sobre Hamlet, ou que o número de livros e artigos sobre o simples "acorde de tristão" exceda os 2000. Se os críticos e estudiosos encontraram tanto para dizer, é porque então existe algo para explicar.
El vol de la libèl·lula davant del sol, (1968), Joan Miró
Mas uma das constatações mais interessantes do artigo, aparece quando Zeki procura dizer que nem todos os investigadores das humanidades são contra a entrada das neurociências nas artes, e acaba dizendo que isto é especialmente verdade para o artistas e compositores. "Esses parecem não sentir medo. Eles querem saber mais." E aqui reside um dos maiores problemas das humanidades, que se resume a investigadores que se dedicam a estudar arte, sem tentar fazer arte. É que o papel de criar, vai além do de interpretar.
A verdadeira problemática é que toda a tecnologia, desde as tintas utilizadas nas cavernas de Lascaux ao computador, foi criada por processos científicos. Toda a evolução operada surgiu de processos científicos trabalhados sobre os objectivos da arte. A ligação entre Arte e Ciência é verdadeiramente umbilical, e quem não vê isto, simplesmente não descobriu ainda o que é a Arte.
O próprio método criativo é semelhante ao método cientifico, rege-se por passos lógicos, apenas a finalidade é que é diferente.
ResponderEliminarexatamente Luís
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