"We all love stories, we're born from them"
É isto que Stanton nos trás nesta talk, o amor pelas histórias, e por isso aqui fica nas suas palavras o que ele considera ser o trabalho do Storyteller,
"Storytelling without dialog, is the purest form of cinematic storytelling. It confirms that the audience wants to work for their meal. They just don't want to know they are doing that. That's your job as a storyteller, that you hide the fact that you're making them work for their meal. We're born problem solvers, we're compelled to deduce."
E é por isso que eu defino "arte do storytelling como a arte de gerir expectativas". Pode ser difícil para algumas pessoas ouvir esta minha definição, mas é fruto dos últimos quase 10 anos a trabalhar em narrativas interactivas que me levaram a procurar compreender o que está no âmago da narrativa que tanto nos atrai, e que me conduziram a esta síntese. Acredito que saber que a magia está na criação e manutenção de expectativas é a base para se poder criar a experiência que todos procuram.
É muito interessante ver aqui pela primeira vez esboços de uma das primeiras versões do personagem Woody em que esta era muito menos meigo e tonto, e era mais sabido e egoísta.
Algo que surgiu das imposições dos executivos da Disney sobre os criativos da Pixar, e que acabou por se salvar graças à determinação de Steve Jobs. Aliás a discussão em redor da caracterização de Woody está explicada de forma soberba no livro Steve Jobs (2011) de Walter Isaacson. Aonde fica demonstrado o problema de termos uma grande empresa de administradores que nada percebem da arte, percebem apenas de números, lucros, e accionistas.
Stanton conduz a talk como um verdadeiro storyteller, do evento mais recente para a sua infância, e no final, surpreende-nos com um momento de intimidade, e emocionalidade que nos toca e fica conosco. Como ele diz no final, contem histórias que capturem a verdade das vossas experiências.
Ver também
Visualização do design de storytelling
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