Para mim é um projecto verdadeiramente encantador. Dá-se a cana, e não o peixe, não para que possam sobreviver, mas para que possam crescer enquanto pessoas. Para que aquelas crianças possam criar as suas próprias identidades, e possam moldar as suas personalidades num mundo melhor. Como associa muito bem, uma mãe filipina no seu blog, a ideia subjacente a tudo isto aproxima-se do conceito da Escola de Waldorf, em que se promove uma aprendizagem integrada entre a componente analítica e a componente criativa. A criação em contacto físico com o mundo, é essencial à compreensão de si.
A história do projecto não é menos doce, nasceu de um workshop de criação de bonecas organizado pela Prof.ª Flaudette May V. Datuin do departamento de Estudos Artísticos da Universidade das Filipinas em 2007, numa das zonas das Filipinas, Bicol, fortemente afectadas pelo Tufão Reming em Dezembro de 2006. Nesse workshop uma criança de 8 anos, Ligia Daroy, criou uma boneca voadora que salvava animais, tendo a boneca depois sido adoptada como mascote dos subsequentes workshops. Seria depois a partir desta boneca que o conceito da Manikako viria a crescer, palavra que em filipino quer dizer "A Minha Boneca".
O projecto acabou por chamar a atenção internacional e a Energizer, fabricante de pilhas, resolveu dar uma ajuda na promoção do projecto patrocinando um filme de uma imensa ternura. O filme foi realizado por Alf Benaza e traduz todo o poder da ideia por detrás da Minha Boneca. Vale a pena ver e rever o filme, e mais do que isso, claro que apoiar a causa, mas também criar outros projectos de Manikako.
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