O projeto consistiu em filmar time-lapses do céu (imagens de 10 em 10 segundos), ao longo de um ano inteiro a partir do Exploratorium Museum, São Francisco, EUA. Para fazer este trabalho Murphy transformou a sua ideia num projecto Kickstarter e arrecadou $3,578 para realizar o trabalho. Depois a ideia era pegar em todos os vídeos e criar uma instalação em mosaico, em que cada vídeo é um dia.
Each day's images are assembled into a time-lapse movie. The final piece will consist of a large mosaic of 365 movies, each representing one day of the year, arranged in order by date. The days all play back in parallel, so that at any given moment, one is looking at the same time of day across all of the days.A intenção do autor era assim revelar os padrões de luz e tempo ao longo de um ano inteiro. Isto foi desenhado para uma instalação e esteve em exibição em vários locais, entre os quais, a SIGGRAPH 2010, ou a Google I/O Conference em 2010, ou ainda Create:Fixate em Los Angeles, em 2011. Entretanto esta semana Murphy resolveu disponibilizar o trabalho online em 1080p, de modo que a melhor forma de experienciar este trabalho é ver este link do YouTube a 1080p diretamente num ecrã Full HD. No final deste artigo podem ter uma primeira impressão do trabalho disponibilizado também no Vimeo.
Devemos ter em atenção que o projeto inicia-se em Julho, daí que os extremos do mosaico representem o Verão, e o centro o Inverno. Murphy diz-nos ainda que o mosaico não apresenta os 365 dias, mas 360 de modo a criar um mosaico retangular mais perfeito. Para além disso também não realizou ajustes no relógio da câmara, em termos de hora de inverno ou verão para criar um maior rigor cronológico na captação e sincronia. Mais detalhes técnicos sobre a tecnologia utilizada para criar o projeto podem ser vistos no site.
Não posso deixar de dizer que isto é um belíssimo exemplo do cruzamento entre Arte e Ciência. Em que uma instalação usa o melhor da ciência, para inspirar uma criação estética. É um trabalho maravilhoso que nos dá em menos de 5 minutos uma noção mais profunda e intensa do planeta que habitamos.
Sem comentários:
Enviar um comentário