Como novo objectivo de investigação interessa-me agora explorar o desenvolvimento de personagens virtuais autónomas e emocionais. Ou seja continuando a trabalhar sobre os ambientes virtuais (VE) e os seus aspectos emocionais e cinemáticos mas dedicando mais atenção aos agentes virtuais. O que por sua vez continua não só a depender dos estudos da emoção cinemática e interactiva mas recorre também à Psicologia Cognitiva e de Entertainment assim como ao Game Design e aos Film Studies tudo na linha do que se tem vindo a fazer. Ou seja os três vértices FILM + VE + GAME ao qual agora se adiciona AI.
Desse modo temos três projectos actuais bastante interessantes para analisar ou re-analisar
FAÇADE
Tem aplicação finalizada e pode ser feito o download.
Do ponto de vista da AI apresenta um nivel excelente. Graficamente é muito fraco, ainda que representado num espaço tridimensional os elementos são todos 2d. A expressão facial é também muito bem conseguida e acompanha os story beats de forma bastante credível.
Apresenta o problema genérico de ser um história fechada e desse modo Mateas não se preocupou muito em produzir técnicas replicaveis, o que em ciência soa a pouco.
IMPROV
Possui apenas alguns pequenos jogos onde se podem ver os conceitos em uso.
Técnicas autonomização dos personagens/agentes importadas da caracterização/performance de actores reais, nomeadamente técnicas de improviso. Nos exemplos do site, que são poucos, podemos ver o efeito do Status numa relação interpessoal. No site podemos ainda encontrar uma apresentação da GDC com um titulo bastante sugestivo "Entertaining AI: Using Rules from Improvisational Acting to Create Unscripted Emotional Impact" mas que deixa algo a desejar, para já não tem qualquer paper e é parco em textos explicativos.
DRAMA PRINCESS
Demo terminada e online.
O conceito acerta na mouche do que procuramos - Research & development of a reusable autonomous character for realtime 3D focused on dramatical impact rather than simulation of natural behaviour. A demo parece ser um inicio bastante interessante apesar de Michael parecer estar um pouco desapontado com os resultados: "When all the decisions are being made about what to do, the Drama Princess actors currently quickly run out of inspiration. The problem is that they can end up in a position where nothing interests them anymore and they cannot get out of it because their filters are very strict about what they like to do and with whom. And since they’re not doing anything, their feelings about the objects don’t change (appart from the very slow decline due to absense)". Ou seja o problema da emergência e pervasividade. Como manter o flow of life, acima de tudo interessante numa lógica ligada à psicologia do entertainment.
projectos anteriores de relativo interesse
OZ, CMU
Virtual Theater, Stanford
...a seguir tools para produção playgrounds virtuais onde possamos desenvolver estas técnicas.
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