janeiro 05, 2013

padrões do storytelling fílmico

Já aqui falei de Kogonada quando falei da nova tendência criativa do universo vídeo online, os supercuts. Trago agora os seus dois mais recentes trabalhos, o primeiro que analisa o elemento da passagem em Yasujirô Ozu. O segundo que trabalha excertos dos filmes que ganharam últimas edições do Moët British Independent Film Awards.


Não consigo deixar de me espantar e de dizer aqui, apesar de tudo o que já disse no texto anterior, que Konogada tem não só um olhar clínico, como uma enorme facilidade em materializar as ideias que observa. Aqui o objectivo de Kogonada é concentrar num efeito estilístico a marca autoral e estética de um autor.
The films of Ozu are filled with people walking through alleys and hallways: the in-between spaces of modern life. This is where Ozu resides. In the transitory. It’s what he values as a filmmaker. Alleys are not an opportunity for suspense but for passage. 
Ozu // Passageways

Já no segundo filme, Kogonada concentra-se em alinhar não apenas os padrões visuais, mas vai mais longe na tentativa de desenvolver quase uma espécie de mini-gramática dos verbos do storytelling cinematográfico. É extremamente interessante a forma como ele junta todas estas sequências, lhes desenha um padrão claro, e nos faz perceber mais concretamente do que é feito a linguagem do cinema.

2012 Moët British Independent Film Awards

1 comentário:

  1. Boas, gostava de te convidar para uma iniciativa, por enquanto em segredo, pelo que pedia-te que me fornecesses um e-mail de contacto teu. Podes responder para o e-mail de contacto do Caminho Largo. Obrigado.

    Cumprimentos,
    Jorge Teixeira
    Caminho Largo

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