Mais um mês que passou com muito pouco tempo para ver cinema, ainda assim alguns filmes provocantes como L'Âge des Ténèbres de Arcand e Tropa de Elite 2.
xxxx Tropa de Elite 2 2010 José Padilha Brasil Drama
xxxx Secret Origin: The Story of DC Comics 2010 Mac Carter USA Documentary
xxxx L'âge des Ténèbres 2007 Denys Arcand Canada Drama
xxxx The Wind That Shakes the Barley 2006 Ken Loach Ireland drama
xxx The Town 2010 Ben Affleck USA Thriller
xxx Le Refuge 2009 François Ozon France Drama
xx Orphan 2009 Jaume Collet-Serra USA Horror
xx R.T.T. 2009 Frédéric Berthe France Comedy
xx Whatever Works 2009 Woody Allen USA Comedy
x Ce soir, je dors chez toi 2007 Olivier Baroux France Comedy
[Nota, Título, Ano, País, Realizador]
[x - insuficiente; xx - a desfrutar; xxx - bom; xxxx - muito bom; xxxxx - obra prima]
junho 11, 2011
Arte dos videojogos emoldurada na E3 2011
Criado em 2004, Into the Pixel, é um evento que pretende elevar a arte gráfica produzida pelos artistas da indústria dos videojogos ao nível das galerias de arte. Todos os anos um jury (2011) internacional de curadores de museu, galeristas, professores, artistas e veteranos das artes interativas são chamados a pronunciarem-se sobre arte submetida por artistas de videojogos de todo o mundo.
O Into the Pixel foi criado pela Entertainment Software Association (ESA), a Academy of Interactive Arts & Sciences (AIAS) e a Prints and Drawings Council of the Los Angeles County Museum of Art (LACMA).
Paper World de Say Oh e Damian Kim para o jogo "Paper World" da Namco Bandai Games em exibição na E3 2011.
Das centenas de submissões foram escolhidas apenas 17 obras que entretanto estiveram em exibição esta semana na E3 2011 em impressões de grande formato e vão agora percorrer os EUA. Julgo que em outros anos tivemos melhores seleções, ainda assim é uma seleção muito boa e que para ser apreciada precisa de ser vista em grandes dimensões. As imagens no site do evento não lhe fazem jus de todo. Quero destacar também que, e ao contrário da imagem que se tem dos jogos casuais, mais ligados ao lado formal do gameplay e menos à arte visual ou narrativa, na lista de 17 jogos estão três de jogos da Big Fish Games. A Big Fish para além de servir de plataforma de distribuição à corrente de jogos casuais e independentes produz ainda alguns jogos.
Dos 17 escolhi aquelas que mais me impressionaram este ano. São três obras, uma magnífica cena de noite comercial ilustrada por Ben Lo para BioShock Infinite, um palco de sonhos e pesadelos de criança criado por Brian Thompson e Hamzah Osman para Drawn: Dark Flight, e finalmente um magnífico trabalho de caraterização de Matt Rhodes para Dragon Age 2.
Market Fire, Columbia (Shop Sweeper) de Ben Lo, para o jogo "BioShock Infinite" da Irrational Games
The Dragon Play de Brian Thompson e Hamzah Osman para "Drawn: Dark Flight" da Big Fish Games
Flemmeth de Matt Rhodes para o jogo "Dragon Age 2" da BioWare
junho 03, 2011
Baz Luhrmann, o esteta
Kees van Dijkhuizen é o autor da [cinema series], a tradicional montagem de fim de ano com inúmeros excertos dos filmes que saíram ao longo do ano em questão. Dijkhuizen decidiu agora iniciar uma nova série dedicada aos seus realizadores preferidos, denominada [thefilmsof] que trabalha autores como Sofia Coppola ou David Fincher.
Escolhi a montagem de Baz Luhrmann, por este ser um esteta, "pessoa que aprecia e pratica o belo como valor essencial". Deixo abaixo algumas das imagens representativas dessa qualidade e de seguida a montagem de van Dijkhuizen.
Escolhi a montagem de Baz Luhrmann, por este ser um esteta, "pessoa que aprecia e pratica o belo como valor essencial". Deixo abaixo algumas das imagens representativas dessa qualidade e de seguida a montagem de van Dijkhuizen.
maio 31, 2011
Jogo criado por criança de 5 anos
É uma história fantástica. Um pai dedicado decidiu levar a sua filha, de 5 anos apenas, ao TOJam, um festival de criação de videojogos, de 3 dias, em Toronto. O resultado foi um jogo quase inteiramente criado por uma miúda de 5 anos.
Sissy’s Magical Ponycorn Adventure é um jogo em Flash, com ilustração, tipografia, vozes e alguma música (harmónica) de Cassie Creighton, que conseguiu ainda desenhar um dos puzzles do jogo.
A aventura teve os seus problemas porque a própria organização estava um pouco relutante em ter uma criança de cinco anos a circular por ali a incomodar quem estivesse a trabalhar. Por outro lado poderia cansar-se rapidamente do evento e querer vir embora. Mas segundo o pai, para Cassie, estar na TOJam foi como se estivesse no dia de Natal. Depois de horas lá dentro a desenhar e a criar, ainda teve de ser o pai a obrigá-la a ir para a cama no final do primeiro dia.
Esta é uma história muito interessante porque demonstra o quão criativos e ativos nascemos, e o quão podemos aproveitar de tudo isto se tivermos as pessoas certas ao nosso lado. E isso fica bem espelhado nos escritos do pai quando diz,
Podem jogar agora.
Cassie Creighton e Ryan Henson Creighton
Sissy’s Magical Ponycorn Adventure é um jogo em Flash, com ilustração, tipografia, vozes e alguma música (harmónica) de Cassie Creighton, que conseguiu ainda desenhar um dos puzzles do jogo.
A aventura teve os seus problemas porque a própria organização estava um pouco relutante em ter uma criança de cinco anos a circular por ali a incomodar quem estivesse a trabalhar. Por outro lado poderia cansar-se rapidamente do evento e querer vir embora. Mas segundo o pai, para Cassie, estar na TOJam foi como se estivesse no dia de Natal. Depois de horas lá dentro a desenhar e a criar, ainda teve de ser o pai a obrigá-la a ir para a cama no final do primeiro dia.
Esta é uma história muito interessante porque demonstra o quão criativos e ativos nascemos, e o quão podemos aproveitar de tudo isto se tivermos as pessoas certas ao nosso lado. E isso fica bem espelhado nos escritos do pai quando diz,
In all of this, our goal as parents is to give our kids the kind of childhood we would KILL to have had. I can’t imagine how different my life would have been if i had made a real working video game with my father at age 5.Entretanto o feito teve tanto sucesso que os organizadores do festival decidiram colocar um link direto para o jogo na entrada da página do próprio festival com a seguinte menção "Finding Ponycorns".
Podem jogar agora.
maio 30, 2011
Doc: "The Expressive Power of Young Portuguese Design"
Trago aqui um documentário de 2009 que só agora consegui ver integralmente. É um documentário de cerca de 25 minutos sobre o design nacional, com grande ênfase sobre o design gráfico, criado por Nuno Miranda e Paulo Valente para a Universidade Lusófona. O documentário conta com entrevistas a vários designers como - Ricardo Mealha, Paulo Arraiano, The Studio, ou Alexandre Santos, e está bem conseguido, muito fluído e com perguntas claras e respostas na maior parte das vezes muito diretas. Os 25 minutos estão divididos em cinco partes - 1.0 Inspiração; 2.0 Comparação; 3.0 Expansão; 4.0 Poluição; 5.0 Conselho - que gera uma estrutura clara do que se pretende transmitir e ajuda à compreensão por parte do espetador.
É um documentário interessante porque nos dá um olhar por dentro sobre a indústria criativa nacional. Percebe-se que as coisas mexem, e que evoluimos muito. Contudo ainda temos um caminho a percorrer, e este documentário serve exatamente nesse sentido, de incentivo a novas gerações.
Não vou entrar em mais detalhes, deixo apenas alguns dos comentários que me parecem mais significativos retirados das entrevistas e algumas imagens de trabalhos.
1.0 Inspiração
4.0 Poluição
Ficam aqui os links diretos para: Parte II e Parte III.
É um documentário interessante porque nos dá um olhar por dentro sobre a indústria criativa nacional. Percebe-se que as coisas mexem, e que evoluimos muito. Contudo ainda temos um caminho a percorrer, e este documentário serve exatamente nesse sentido, de incentivo a novas gerações.
Não vou entrar em mais detalhes, deixo apenas alguns dos comentários que me parecem mais significativos retirados das entrevistas e algumas imagens de trabalhos.
1.0 Inspiração
"é muito variável, não tenho um percurso muito coerente… não queria um trabalho de rotina…" Ricardo Mealha2.0 Comparação
"uma pessoa tem que principalmente procurar" TheStudio
"há coisas que só se aprendem com o trabalho e com formação… há muita gente que não sabe muito bem o que é isto do design, pensam que o design é fazer uns bonecos. É muito mais do que isso é comunicar, é relação do dia-a-dia com o mundo" Alexandre Santos3.0 Expansão
"às vezes são os pequenos estúdios, e pequenos ateliers que dinamizam a coisa e que realmente fazem passar comunicação como deve ser… às vezes agências gigantes com 10 mil estagiários a fazerem coisas em que o briefing já vem atrasado do cliente 10 dias, fica mais 10 dias no account, depois chega ao art director e ainda atrasa mais, e quando chega ao designer que vai realizar o trabalho, já é para o mês passado, porque andou ali embrulhado num processo…." Paulo Arraiano5.0 Conselho
"procurar, é um processo contínuo, fazer tudo com muito amor, muito carinho… uma dedicação, acreditar naquilo que se transmite" Paulo ArraianoE fica aqui a primeira parte do documentário, e abaixo os links para a 2ª e 3ª partes.
"o 'portuga' tem uma tendência que é queixar-se de tudo o que é Português. É a nossa cruz. A única forma de mudar isto é sermos bons naquilo que fazemos. Cabe a cada um ter orgulho e brio." TheStudio
"trabalhar muito, dedicar muito, trabalho conceptual, não é fazer só porque é bonito, as coisas têm que dizer qualquer coisa… isto é comunicação "eu estou a dizer isto através disto"… não desistir, levar pancada, e levantar" TheStudio
"Tem de haver uma gestão de uma carreira, e não ir apenas atrás de cada trabalho. Produzir um portefólio estruturado que possa apresentar em qualquer lugar… o portefólio deve ser o centro de um estudante... sempre ao longo de toda a sua formação… no fundo é aquilo que serve para a pessoa entrar no mercado de trabalho" Ricardo Mealha
The Expressive power of young portuguese design - Parte I
Ficam aqui os links diretos para: Parte II e Parte III.
maio 27, 2011
Video-mapping em Montalegre
Na passada sexta-feira 13 a Câmara Municipal de Montalegre aproveitou a superstição do dia para criar um espetáculo de dimensão considerável junto ao velho castelo. O espetáculo contou com uma peça de teatro sobre as lendas locais, principalmente a lenda da Mizarela, que por sua vez foi suportada por um trabalho de video-mapping.
A direção de todo o trabalho de video-mapping ficou a cargo de Rui Monteiro e Sérgio S. Ferreira da Public Reality. Entretanto o Sérgio Ferreira que é aluno do Mestrado em Tecnologia e Arte Digital da Universidade do Minho revelou-nos alguns dos detalhes por detrás do espetáculo.
As imagens que são projetadas sobre as 6 faces do castelo possuem uma resolução da ordem dos 8000 pixeis, mais de 4 vezes a resolução do Full HD, e as paredes do castelo têm cerca de 27 metros de altura. Para se poder realizar uma projeção deste género, com estes requisitos, não é possível utilizar projetores domésticos, e nem sequer os temos disponíveis em Portugal. Foi assim necessário recorrer à XL-Video, uma empresa especializada neste tipo de trabalhos, e que disponibiliza este tipo de projetores profissionais Barco em regime de aluguer para todo o mundo, uma vez que o custo de aquisição é demasiado elevado.
Ora o problema de trabalharmos com projetores alugados é que não os podemos utilizar para realizar testes, pré-visualizar efeitos enquanto se vai desenhando o espetáculo. Ou seja os projetores chegam em camiões de Inglaterra apenas poucos dias antes do espetáculo acontecer. Como tal a equipa do Sérgio foi obrigada a construir uma maquete (ver vídeo) e criar uma simulação da projeção, para poder criar todo o desenho do espetáculo.
Estes projetores são capazes de projetar um feixe de luz com 22000 lúmens, cerca de 10 vezes o valor utilizado em projetores domésticos. Mesmo assim a sua resolução limita-se a 1400 pixeis, ou seja para cada face do castelo foi necessário utilizar stacks com mais de um projetor. No total foram utilizados 2 x tripple stacks, 1 x double stack, e 4 x single stacks. Depois de alinhados era ainda necessário proceder à sincronização de todos os projetores para criar uma imagem única e coerente sobre as paredes do castelo.
O conceito de video-mapping é algo que explodiu recentemente com várias marcas a criarem eventos publicitários um pouco por todo o mundo, contudo à primeira vista podíamos dizer que nada disto é novo, que artistas como Jean Michel Jarre, entre outros, já usaram isto no passado. Mas a diferença está exatamente no nome da arte, é que a projeção agora é realizada com vídeo, e para isso só agora conseguimos desenvolver a tecnologia de projeção necessária. Aquilo que víamos antigamente nos concertos de JMJ eram meros slides, transparências estáticas, que depois se podiam mover mecanicamente criando sensação de entrada e saída de cena, ou fazendo uso de loops para criar um maior dinamismo.
Vejam um excerto do espetáculo, ainda que seja uma experiência impossível de reproduzir em vídeo dada a sua grandeza, dá para ficarmos com uma pequena ideia.
Atualização: Para a criação dos conteúdos a projetar foram utilizados, entre outros, o Adobe After Effects e o Maxon Cinema 4d.
A direção de todo o trabalho de video-mapping ficou a cargo de Rui Monteiro e Sérgio S. Ferreira da Public Reality. Entretanto o Sérgio Ferreira que é aluno do Mestrado em Tecnologia e Arte Digital da Universidade do Minho revelou-nos alguns dos detalhes por detrás do espetáculo.
As imagens que são projetadas sobre as 6 faces do castelo possuem uma resolução da ordem dos 8000 pixeis, mais de 4 vezes a resolução do Full HD, e as paredes do castelo têm cerca de 27 metros de altura. Para se poder realizar uma projeção deste género, com estes requisitos, não é possível utilizar projetores domésticos, e nem sequer os temos disponíveis em Portugal. Foi assim necessário recorrer à XL-Video, uma empresa especializada neste tipo de trabalhos, e que disponibiliza este tipo de projetores profissionais Barco em regime de aluguer para todo o mundo, uma vez que o custo de aquisição é demasiado elevado.
Ora o problema de trabalharmos com projetores alugados é que não os podemos utilizar para realizar testes, pré-visualizar efeitos enquanto se vai desenhando o espetáculo. Ou seja os projetores chegam em camiões de Inglaterra apenas poucos dias antes do espetáculo acontecer. Como tal a equipa do Sérgio foi obrigada a construir uma maquete (ver vídeo) e criar uma simulação da projeção, para poder criar todo o desenho do espetáculo.
Simulação em maquete do castelo de 1/20
Estes projetores são capazes de projetar um feixe de luz com 22000 lúmens, cerca de 10 vezes o valor utilizado em projetores domésticos. Mesmo assim a sua resolução limita-se a 1400 pixeis, ou seja para cada face do castelo foi necessário utilizar stacks com mais de um projetor. No total foram utilizados 2 x tripple stacks, 1 x double stack, e 4 x single stacks. Depois de alinhados era ainda necessário proceder à sincronização de todos os projetores para criar uma imagem única e coerente sobre as paredes do castelo.
Paris La Defense - Une Ville En Concert, Jean Michel Jarre (1990)
O conceito de video-mapping é algo que explodiu recentemente com várias marcas a criarem eventos publicitários um pouco por todo o mundo, contudo à primeira vista podíamos dizer que nada disto é novo, que artistas como Jean Michel Jarre, entre outros, já usaram isto no passado. Mas a diferença está exatamente no nome da arte, é que a projeção agora é realizada com vídeo, e para isso só agora conseguimos desenvolver a tecnologia de projeção necessária. Aquilo que víamos antigamente nos concertos de JMJ eram meros slides, transparências estáticas, que depois se podiam mover mecanicamente criando sensação de entrada e saída de cena, ou fazendo uso de loops para criar um maior dinamismo.
Vejam um excerto do espetáculo, ainda que seja uma experiência impossível de reproduzir em vídeo dada a sua grandeza, dá para ficarmos com uma pequena ideia.
Vídeo do espetáculo, 13.05.2011
Atualização: Para a criação dos conteúdos a projetar foram utilizados, entre outros, o Adobe After Effects e o Maxon Cinema 4d.
Motivar Portugal
Um filme criado pela Excentric produtora de um dos maiores virais portugueses de sempre na rede nacional, "História Do Natal Digital", com 3 milhões de visualizações, e internacional, "The Digital Story Of The Nativity", com 10 milhões de visualizações.
Este novo filme/viral, Portugal Melhor, está bem conseguido, pega somente nos factos ao contrário do viral da câmara de Cascais, Portugalnomics: Ep. 1, que apesar de optar por um registo algo cómico cometia algumas gaffes imperdoáveis. Graficamente não é tão bom, mas o lado humano conseguido com a simplicidade de cenários e o uso de algumas pessoas com forte empatia faz com que se destaque. Em termos de conceito não tem comparação, o objetivo aqui não tem nada que ver com o orgulho ou com a superioridade, é tão somente um apelo ao melhor de cada um de nós, uma mensagem que se enquadra no discurso inaugural de John F. Kennedy (1961),
"Ask not what your country can do for you
ask what you can do for your country"
ask what you can do for your country"
Fez-me lembrar também o excelente viral da Islândia lançado na rede pouco depois do seu colapso em 2008, Inspired by Iceland, que à semelhança de Portugal Melhor era também uma iniciativa dos cidadãos da Islandia, e não uma promoção do governo, ainda assim com uma abordagem conceptual diferente, o filme era feito para nós os estrangeiros. Na forma fazia uso de uma mistura entre os vídeos promocionais do Turismo português e este agora lançado.
"Eu sei que vou conseguir, porque já o fiz antes!"
"Domingo Vá Votar"
"Segunda Vamos trabalhar"
maio 23, 2011
Mestrado em Media Interativos
Abrem hoje as candidaturas para a primeira edição do Mestrado em Media Interativos da Universidade do Minho, e estarão abertas até ao dia 14 de Junho 2011. Devo informar que este novo mestrado abrirá apenas de dois em dois anos, prevendo-se assim que a segunda edição aconteça apenas no ano de 2013/2014. A razão prende-se com a necessidade de garantir um acompanhamento de proximidade aos alunos durante o segundo ano do seu mestrado no qual farão o seu projeto e a sua dissertação.
Com esta nova proposta em Media Interativos a Universidade do Minho pretende contribuir para o desenvolvimento de competências de análise, crítica e criação de artefactos interativos com capacidade para comunicar e envolver eficazmente os experienciadores.
A área dos media interactivos requer dos seus mestres um olhar atento e constante do meio industrial, dos seus processos e problemas. Os especialistas necessitam de bases de sustentação próprias para a auto-motivação, apresentar uma atitude de grande empreendedorismo e uma vontade determinada em continuar a aprender. Necessitam ainda de possuir uma visão alargada sobre os processos de criação para os media interactivos e apresentar motivação para cruzar disciplinas e funções no seio das equipas.
O mestre em Media Interativos tem de apreciar as questões tecnológicas assim como as necessidades do mercado, as questões estéticas, os processos criativos e acima de tudo compreender as necessidades dos utilizadores finais dos seus produtos.
Tudo resumido, um mestre em Media Interativos será alguém que percebe o mundo de modo interativo, que busca na arte novas formas para inovar, mas que acima de tudo não abandona nunca o elemento base da criatividade e interatividade que é o brincar.
Mais informações podem ser encontradas na página do mestrado.
maio 21, 2011
Videojogos na pintura clássica
Guillaume Colomb é formado em cinema mas dado o seu interesse e gosto pela informática tem trabalhado na indústria internacional de videojogos dirigindo cutscenes para jogos como Alone in the Dark (2008). O meu interesse por Colomb acontece porque este resolveu criar uma pequena obra gráfica onde mistura a cultura contemporânea dos videojogos com a cultura clássica da pintura.
Alguns podem pensar de imediato nas imagens de paródia que vamos vendo na web, mas a verdade é que o trabalho levado a cabo por Colomb é mais do que uma simples brincadeira, para além do seu talento para concretizar o trabalho em questão tinha um propósito muito simples mas ambicioso: questionar a audiência sobre o valor dos jogos enquanto arte.
Podem ver os dez trabalhos de Colomb em Video Games Get Arty. Desses destaco três, os que me parecem mais conseguidos tanto graficamente como do ponto de vista da integração conceptual. Por baixo das ilustrações adicionei o nome dado por Colomb mas também os títulos, autores e datas das obras clássicas.
[via Kotaku Brasil]
Alguns podem pensar de imediato nas imagens de paródia que vamos vendo na web, mas a verdade é que o trabalho levado a cabo por Colomb é mais do que uma simples brincadeira, para além do seu talento para concretizar o trabalho em questão tinha um propósito muito simples mas ambicioso: questionar a audiência sobre o valor dos jogos enquanto arte.
Podem ver os dez trabalhos de Colomb em Video Games Get Arty. Desses destaco três, os que me parecem mais conseguidos tanto graficamente como do ponto de vista da integração conceptual. Por baixo das ilustrações adicionei o nome dado por Colomb mas também os títulos, autores e datas das obras clássicas.
Video Game Venus
[baseado na obra The Birth of Venus de Botticelli de 1486]
[baseado na obra The Birth of Venus de Botticelli de 1486]
Colossus
[baseado na obra The Colossus de Francisco Goya, 1808-12]
[baseado na obra The Colossus de Francisco Goya, 1808-12]
Mario Nymphea
[baseado na obra Hylas and the Nymphs de J.W. Waterhouse, 1896]
[baseado na obra Hylas and the Nymphs de J.W. Waterhouse, 1896]
[via Kotaku Brasil]
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