A criadora, Nina Freeman, atualmente a trabalhar na The Fullbright Company (“Gone Home”, 2013), criou este artefacto interactivo com o intuito de expor o que sentiu quando ela própria passou pela situação, ou seja, “Freshman Year” é um trabalho autobiográfico, como se pode ver pelas suas próprias palavras:
"I was trying to evoke the fear and confusion that I remember feeling when I had this experience as a college freshman. This incident was largely brushed aside by my friends at the time as 'not a big deal,' because 'it happens to everyone.' I always wanted to make something that could help people understand that being harassed is indeed a big deal. I know it's a big deal, because I experienced it, and it was scary and traumatic. “Freshman Year” is meant to help [a] player embody my lived experience, so that they may better understand the gravity of my experience with harassment." [fonte]O objectivo de Freeman é dar conta da relevância de um assunto que muitas vezes é menosprezado pela sociedade. Enquanto homem, reconheço que é algo que posso tender a secundarizar, imbuído claramente do meu viés masculino, ou seja da dificuldade que tenho de me imaginar naquela posição. Daí a enorme importância que assume este trabalho, que não deveria ser único, precisamos de muitos mais, só assim conseguiremos gerar na sociedade o reconhecimento de um verdadeiro problema. Porque um caso como este não tem qualquer protecção policial, nem judicial, o que implica que seja a própria sociedade a sair em defesa, nomeadamente reconhecendo e alterando o seu comportamento.
Podem jogar gratuitamente no site de Nina Freeman ou no Steam.
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