O filme consegue com brilhantismo desenhar toda uma narrativa minimal, suportada por um design de som atmosférico e uma tocante banda sonora. Mas é na forma visual, no traço e muito na cor, que o filme nos impacta, nos enche os olhos e aquece a vontade de lacrimejar.
No seu blog descobri esboços do planeamento visual de coloração da curta que são per se uma delícia. Os colorscripts do ambiente e dos personagens são trabalhados ao pormenor, e isso sobressai de forma brutal ao longo de todo o filme. A caracterização das personagens também foi extremamente cuidada. E no final temos um trabalho de excelência de um nível elevadíssimo, e ao qual é impossível ficarmos indiferentes.
Todo o minimalismo da narrativa, que passa pela necessidade de dar conta de um evento tremendamente trágico e forte, em apenas 4 minutos, é conseguido através de uma metáfora simples, o yo-yo, que consegue realizar um trabalho duplo, reverter a história e atirar-nos para dentro do mundo daquela criança. Vejam.
Brilhante animação...
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