dezembro 30, 2010

2010 visto do Cinema em 4, 5 e 6 minutos

É com muito agrado que volto a trazer aqui trabalho de pessoas não profissionais, de pessoas que deram a conhecer o seu trabalho via online, neste caso YouTube. Nesse sentido vamos cada vez mais habituando-nos à ideia da criação pela comunidade para a comunidade.

Nos últimos anos e no final de cada ano, montagens de imagens dos filmes estreados nesse ano, surgem no YouTube realizadas por amantes de cinema. O YouTube começou em 2005, e a primeira montagem que consigo encontrar data do ano de 2006 criada por Matthew Shapiro, na altura com 14 anos, e que desde então e no final de cada ano, nos vem dando o privilégio de ver uma retrospectiva de um ano inteiro em pouco mais de quatro minutos:2006, 2007 action, 2007 drama, 2008 e 2009 .

Em 2008 Kees van Dijkhuizen, também aluno do secundário, em Hague, Holanda, juntou-se a esta aventura e criou uma retrospectiva mais ousada que a de Matthew Shapiro, alargando de 4 para 6 minutos, trabalhando já não apenas a imagem, mas também o som, e com uma banda sonora mais rica, além de passar dos cerca de 100 filmes de Shapiro para cerca de 300 representados. Assim e desde então tivemos: 2008 e 2009.

Este ano de 2010, os habituais 2010 The Cinescape de Shapiro e o Cinema 2010 de Dijkhuizen foram acompanhados por Filmography 2010. Criado por Gen Ip, de Vancouver, Canada, aluna universitária em Comunicação, assumindo que seguiu os passos de Dijkhuizen e Shapiro, produziu a montagem sensação deste final de ano cinematográfico no YouTube, é de todas estas retrospectivas a mais vista de sempre, com 2 milhões de hits, dobrando o recorde de quase 1 milhão de hits de Cinema 2009 de Dijkhuizen.

Reconheçamos desde já o valor deste tipo de trabalho. Apesar de não existir criação de imagem propriamente dita, o trabalho de montagem executado tanto por Shapiro, Dijkhuizen como por Gen Ip é altamente expressivo, e capaz de construir uma mensagem própria. Nomeadamente os trabalhos 2009 e 2010 são trabalhos de edição de uma qualidade impressionante. Juntar cenas de cerca de 300 filmes é já de si algo muito, muito trabalhoso, mas ainda assim conseguir criar sentido dessa gigantesca montanha de cenas, atribuir-lhe uma lógica, sonorizar a mesma fazendo uso de sons originais e adicionando novas camadas, é sem dúvida um trabalho dantesco que tem de ser reconhecido, elogiado e promovido.

E foi-o ainda recentemente pela Fox que contratou Dijkhuizen para realizar um trabalho dentro do género, de retrospectiva dos 15 anos de produção da Fox Searchlight. Sobre este trabalho de Dijkhuizen, é possível ver como ele se destaca no talento para a montagem vendo os dois trabalhos de retrospectiva presentes na página comemorativa dos 15 anos da Searchlight. Dijkhuizen destaca-se totalmente da outra montagem, tal como nos seus projectos anuais pela capacidade em criar sentido e coerência a partir de imagens dispersas, fazendo uso da sonoridade, imagem e mensagem de cada cena, de cada filme.

Sobre o processo de criação destas retrospectivas cinematográficas, Dijkhuizen refere 300 horas como o tempo investido para produzir Cinema 2010, Gen Ip refere 2 meses para Filmography 2010. No concreto e como se chega a um trabalho destes, Dijkhuizen diz-nos,
"I’ve reached a stage now where I can literally see images in my head during each track, so I make these little mini-edits in my head when I listen to my iPod on the bus... from then on it’s try try and try."

Parece algo simples, mas é algo que requer não apenas uma enorme motivação e paixão pelo cinema e pela montagem mas requer uma enorme vontade de fazer, capaz de suportar horas e horas de trabalho até atingir o ponto requerido. Aliás ele diz-nos isso mesmo, "Making a video like this requires time and passion that most people just don’t have. They like to think that they do, but they don’t." Nem mais.

Sobre os objectivos destes trabalhos, para além do reconhecimento pela comunidade, Gen Ip sintetiza bem dizendo
"Film is a fantastic storytelling medium so when you can put multiple movies together and make them work cohesively, the result can be quite revealing about the culture and society that they come from."
Vendo os trabalhos deste ano, 2010, podemos dizer que possuem estilos bem diferentes. Shapiro continua colado ao facilitismo de editar tudo sobre uma música apenas, apesar disso faz um bom trabalho de crescendo seguindo em total sintonia o clímax da musica, conseguindo produzir o tal sentimento de "nostalgia" que Dijkhuizen elogia em Shapiro. Já Dijkhuizen optou este ano por ser menos abrangente focando-se em algumas obras chave para construir a unidade do conjunto das cenas. Gen Ip é quem mais arrisca porque abre totalmente o leque, constrói todo trabalho dividido em várias categorias, juntando assim grupos de imagens em momentos temáticos. Eu diria que van Dijkhuizen com a sua terceira montagem faz algo já mais profissional, a experiência e também o talento permite-lhe criar um objecto mais uno, integrado e compacto. Por outro lado Filmography 2010 de Gen Ip atinge provavelmente os 2 milhões de hits graças ao primeiro minuto que é um dos minutos mais bem conseguidos de todas estas retrospectivas de qualquer um dos autores mencionados. Visual, sonora e musicalmente (Ratatat ajuda) perfeito.

Vejam agora os três trabalhos de 2010 e façam boa viagem.




Cinescape 2010 de Matt Shapiro




Cinema 2010 de Kees van Dijkhuizen




Filmography 2010 de Gen Ip



Informação adicional
Entrevista a Gen Ip
Entrevista a Kees van Dijkhuizen

dezembro 28, 2010

de American a Scott Pilgrim

Em dia de semi-pausa, vi dois filmes com sentido estético totalmente oposto, visual e narrativamente falando, The American (2010) e Scott Pilgrim vs. the World (2010).

The American é um filme lento, que nos imprime um tempo pausado e nos faz entrar adentro do personagem excepcionalmente bem desenhado por George Clooney. Sentimos o filme como uma brisa realista, voando sobre nós que nem uma borboleta por entre um riacho e flores de Outono. É uma obra de mestria total do tempo e ritmo narrativo, visualmente forte e sedutora. Somos deleitados pela lentidão narrativa que nos transporta e nos leva a compreender quem é aquele personagem e precisamente do que precisa ou o que procura, sem nunca o dizer, sem sequer o tentar, apenas nos levando a sentir.


Por outro lado Scott Pilgrim vs. the World é todo um oposto, ritmo acelerado, realidades não consistentes, de pura fantasia com acções sem consequência, e ainda assim o que tem então um filme destes para nos arrebatar? É um filme que pertence a toda uma nova geração de cineastas americanos independentes, que utilizam o melhor da arte do espectáculo de Hollywood subvertendo-a para comunicar ideias simples e despretensiosas. É um filme feito à imagem de Wes Anderson (Rushmore,1998; The Royal Tenenbaums, 2001), Jason Reitman (Thank You for Smoking, 2005; Juno, 2007) e muito, mas mesmo muito de Kevin Smith (Mallrats, 1995; Chasing Amy,1997; Dogma, 1999).

Scott Pilgrim um herói de BD é totalmente transportado para o cinema, literalmente e visualmente falando. Mas toda esta forma de falar cinematograficamente está cheia de intertextualidades provenientes de sitcoms (Seinfeld), videojogos (Pac-man, Street-Fighter, Zelda), e comics (Marvel e Manga). No final do filme, no momento em que a Espada já não assume o lado do Amor mas do Auto-respeito, fez-se luz, "this is it, this is Gamefication". Era a linguagem do cinema a assumir a totalmente e de forma explicita e sem pudor a gramática dos videojogos.

Claramente que este não é um filme para todos, precisam de trazer na bagagem a cultura dos videojogos, dos comics e das sitcoms e algum humor. Mas The American também não é para todos exige contenção, paciência e gosto pela arte.


O que retenho dos dois filmes? Uma experiência enriquecedora, capaz de me tocar e despertar ideias e motivações. O que os une? A competência expressiva.

Denis Dutton (1944-2010)



É com muita pena que escrevo aqui sobre a morte de Denis Dutton. Tinha há pouco mais de um mês deixado aqui um texto, feito com entusiasmo, sobre as ideias de Dutton, "Somos matéria, feita do tempo". Mas é isso mesmo, somos matéria desta eternidade, e com ela vivemos assim como com ela morremos.

dezembro 27, 2010

Blink de Malcolm Gladwell

Malcolm Gladwell é jornalista de profissão mas escreve sobre ciência, constrói pensamento sobre conhecimento que se vai construindo nas áreas da sociologia, psicologia, economia entre outras. Em 2005 foi eleito pela Time uma das 100 pessoas mais influentes.

Em Blink (2005) o conceito que nos traz é denominado por thin slicing. Aqui Gladwell define que é possível extrapolar conhecimento em profundidade a partir de "pequenas porções" extraídas do objecto em análise. Ou seja a sua tese diz-nos que não precisamos de muita informação para determinar os resultados de uma investigação. E mesmo até que muita informação pode ser contra-producente porque pode gerar confusão e entropia.

Isto claramente que levantou objecções à saída do livro, e ainda hoje, porque vai contra tudo aquilo que defendemos em ciência, que precisamos de informação em profundidade e extensão para podermos tomar posições

Na minha opinião existe alguma verdade nestas afirmações, mas o conceito de Gladwell é ele também muito interessante e real. Isto porque aquilo que nos é dito é que a produção de decisão sobre uma pequena quantidade de matéria de um assunto não pode ser produzida por qualquer um, mas é-o apenas possível por quem possui consigo já enormes quantidades de conhecimento e saber prévio sobre aquele mesmo assunto. Assim e no fundo o que Gladwell advoga aqui é algo bem conhecido da psicologia e até utilizado pelos algoritmos de inteligência artificial, o "case-based reasoning". O sistema de análise da situação, socorre-se da base de dados de casos semelhantes enfrentados previamente, memorizados no seu todo ou em parte, para associar ao que está a ver e a receber naquele momento para emitir um primeiro juízo, ou percepção.

Claro que como nos vai dizer Gladwell estas pessoas quando realizam esta reflexão são incapazes de explicar porque "sentem" que aquele será o resultado, mas tudo para elas indica que assim será.
O livro está depois repleto de casos explicativos deste aparente poder de "recortar as pequenas porções", de análises num piscar (blink) de olhos. Desde o especialista que consegue dizer se um casal se vai divorciar, em apenas 60 segundos de observação de comportamentos, ao polícia que consegue ler no comportamento do agressor, em segundos, se este irá puxar o gatilho.


Um dos casos mais interessante é o que abre o livro sobre o Kouros do museu Getty da California. A análise de autenticidade desta estátua grega foi realizada seguindo os trâmites mais elaborados e detalhados até chegar ao momento em que o museu pagou 7 milhões de dólares pela mesma. Contudo quando apresentada a alguns dos especialistas na arte estes imediatamente percepcionaram algo de errado com a estátua. Problema: não saberem explicar detalhadamente porquê, porque é um sentimento e não uma cognição. A verdade é que posteriormente com mais análise descobriu-se que realmente a estátua não tem uma proveniência fidedigna, tendo sido criado um embuste em toda a sua história. Continua no entanto no museu porque a técnica utilizada é de tal modo bem conseguida que engana facilmente qualquer pessoa menos experimentada, e provavelmente dado o valor investido pelo museu.


UPDATE 08.2011:
Dentro desta linha ver a análise realizada ao livro How we Decide (2009) de Jonah Lehrer

dezembro 23, 2010

Esculpir a Água

E aqui está uma tecnologia nova, a fazer surgir uma nova forma de arte. As câmaras de alta-velocidade que permitem capturar o movimento em ultra slow motion permitem criar algo até agora impossivel, Esculturas de Água. É magnifico o trabalho de Shinchi Maruyama que ao atirar água e tintas para o ar captura instantâneos que nos tocam.


Vejam o vídeo e depois sigam para a galeria e entrevista.

Feliz Natal, interactivo

Seguindo o mantra do nosso laboratório EngageLab, "demo or die", aqui ficam três experiências interactivas alusivas ao natal deste ano criadas por membros do laboratório.
E já agora aproveito para desejar um Feliz Natal 2010 a todos.

Experiência por JM

Experiência por NZ

Experiência por PB

dezembro 22, 2010

Concept Art na Roménia

Em conversa com o Luís Gama, designer de Viana do Castelo, soube que ele tinha estado no evento de concept art Behind the Iron Curtain na Roménia, no passado mês de Outubro, desse modo pedi-lhe para nos fazer uma breve descrição do que por lá se passou e que partilhasse connosco algumas das fotografias que trouxe consigo. Antes disso apenas uma breve definição sobre o campo e uma imagem ilustrativa do mesmo.
Concept art is a form of illustration where the main goal is to convey a visual representation of a design, idea, and/or mood for use in films, video games, animation, or comic books before it is put into the final product. in Wikipedia
Concept Art de Mark Goerner para Minority Report (2002) de Steven Spielberg


Behind the Iron Curtain, por Luís Gama, 19 Dezembro 2010

"Durante uma das minhas visitas diárias pelos fóruns da CGSociety tomei conhecimento de um workshop de Concept Design, Behind the Iron Curtain, a realizar na Europa, mais concretamente em Bucareste, na Roménia.

Nomes como Alex Alvarez e Neville Page (Avatar, Tron, Star Trek, Watchmen, Cloverfield) bastaram para que de imediato pensasse: "Tenho de ir". Mas a lista prolongava-se: Stephan Martiniere (ID Rage, Star Wars, I Robot), Steambot Studios (Tron Legacy, I Am Legend, Wolverine, Assassin's Creed, Prince of Persia); Kekai Kotaki (Guild Wars); Mark Goerner (X-Men, Minority Report, Constantine).

Apresentação de Stephan Mariner

Não passou muito tempo e já vagueava por entre as sinistras ruas de Bucareste, repletas de edifícios em ruínas, lixo e matilhas de cães. Por fim, num final de tarde de sexta feira, cheguei ao destino, The Ark, um edifício com um forte simbolismo, outrora abandonado, agora completamente remodelado, servia de palco a este evento. À porta já se amontoavam cerca de uma centena de pessoas, o ambiente era de expectativa e entusiasmo.

Edifício The Ark, Bucareste, Roménia

O evento teve início e, por entre bebidas e petiscos, começaram as sessões de live painting. Durante os três dias que se seguiram, de manhã à noite, fui, felizmente, bombardeado com teoria e prática dos melhores artistas a trabalhar na indústria de cinema e videojogos, trocámos ideias, intervimos nas sessões de live painting, sessões de sketching tradicional, crítica de portefólios, sneakpeaks de projectos futuros, tudo isto num ambiente completamente descontraído e informal.

Sessões de live painting e sketching

Adorei ouvir o Mark Goerner (talvez por partilharmos o background de design industrial), revelar a mais valia que é ter esse tipo de background como ferramenta de criação de conceitos e como isso o ajudou na sua carreira, pela maneira como lida com as diferentes características dos materiais e forma por exemplo. Kekai Kotaki é um artista fenomenal, "I don't think i ever drew a straight line in my life" deixando mesmo os outros instrutores boquiabertos "he's sooo good" com a sua capacidade de improviso e de utilização do que chamava de "acidentes felizes" durante o processo de criação.

Concept art para Guild Wars (2005-2007) de Kekai Kotaki

Toda a equipa da Steambot Studios tinha uma química e uma energia fascinante, motivando a audiência, falando de como chegaram aonde chegaram e mostrando sempre um amor e uma vontade de trabalhar no mínimo inspiradores.

Apresentação da Steamboat Studios

Resumindo, foi uma experiência inesquecível, toda a gente ficou ultra-motivada para fazer mais e melhor, sempre em busca da originalidade e do sonho. Fico à espera do próximo..."

dezembro 12, 2010

do traço e performance na animação

A beleza do traço, contamina a animação do mesmo, intensifica-se pela arte da performance e fecha sob um manto perfeito de narrativa. É disto que se faz a arte, de pequenos momentos de alegria, inventividade, criatividade, e muita, muita motivação e amor pelo que se faz. É uma delícia, deliciem-se…


Se tiverem gostado, percebam porque falo de motivação, vejam o site do autor, Ryan Woodward, que já trabalhou em filmes como The Iron Giant, Osmosis Jones, Spider-man 2, ou Where the Wild Things Are. Leiam aí algumas das suas ideias, e vejam um excerto do making of aqui abaixo. A música da curta é World Spins Madly On do The Weepies.

The birth of “Thought of You” came from my desire to unite several of my passions into one art piece. Figurative works, 2d animation, EFX animation, and contemporary dance. Put all three of these forms together to support a theme centered around the complexities of intimate relationships…

Rather than creating a narrative animated piece that communicates a well defined story, this piece allows for each individual who views it to experience something unique and personal that touches their own sensibilities.

dezembro 11, 2010

intensos momentos, estáticos e dinâmicos

É absolutamente penetrador, o trabalho fotográfico, The Scene Makers: Actors Who Defined Cinema in 2010, feito pelo norueguês Solve Sundsbo para o New York Times. No brilho, no contraste, na textura e claro no momento e performance.

Robert Duval

Nas qualidades referidas acima raramente o vídeo consegue superar a fotografia, porque a nossa atenção se torna menos concentrada e dispersa pelo movimento e narrativa que nos chega segundo a segundo. Mas foi desta vez tratado em pé de igualdade e com as atenções extra que o vídeo requer face à fotografia, sendo referido Fourteen Actors Acting: A Video Gallery of Classic Screen Types como: "This is the first time that video has been as significant as the print portfolio."

E é verdade ver a fotografia e ver o vídeo cria em nós ainda que de modos diferentes sensações muito fortes, o objectivo da editora Kathy Ryan desde o início: “We had to get somewhere really quickly with an impact. And it had to be beautiful.”

O que acontece então na passagem do estático ao movimento: "You’re going from making iconic images to creating narratives... but there is less of a narrative capacity in 60 seconds, so you need to create something like a poem that can lead your imagination.”

Claramente que no vídeo existe uma terceira dimensão, além do movimento não consagrada na fotografia, o som ou música. E aqui acredito que a escolha do músico Owen Pallett e a gravação pela Czech Symphony Strings ajuda e de que maneira à criação do tal poema, ou magia num minuto de tempo.

Dos vários trabalhos performativos vistos nos vídeos para mim alguns superam a fotografia outros nem por isso. Matt Damon e Anthony Mackie são soberbos no vídeo e conseguem um trabalho final muito acima da fotografia. Michael Douglas funciona muito bem em ambos os registos, no vídeo por momentos parece que estou a ver o pai Kirk Douglas. Mas é o trabalho de Chloë Moretz que me extasia, estática ou em movimento, é brutal, mais ainda se pensarmos que esta actriz tem apenas 13 anos.

Chloë Moretz

Finalmente apenas duas recomendações mais. Primeira atentem no trabalho de Tilda Swinton a encarnar Maria Falconetti em La passion de Jeanne d'Arc (1928) de Dreyer, o vídeo mais uma vez captura muito melhor o que vai na alma da nossa Joana. E do lado da imagem e porque a arte não vive apenas do drama um momento de excelente boa disposição e beleza estonteante consagrada na imagem de Annette Bening (52).

Annette Bening