setembro 25, 2007

acesso facilitado à criação de ambientes virtuais

Num espaço de pouco tempo as notícias sobre ferramentas para o desenvolvimento de ambientes virtuais dispararam. Acredito que muito impulsionados pelo sucesso de Second Life, começam a aparecer ferramentas que vão permitir fazer da web 3d o que os blogues fizeram com a publicação digital. Ainda em relação à criação de ambientes e porque estes só poderão ter verdadeiro interesse quando passíveis de serem programados no que toca à interacção no seu interior, parece-me que a linguagem de scripting LUA está aí para ficar. Depois de World of Warcraft a ter adoptado, agora tanto o sistema Vastpark como o Metaplace vão utilizar LUA. Quando me parecia que o futuro estaria nas mãos da linguagem gráfica PYTHON eis que mais um standard parece querer emergir. Vejamos agora um pouco mais em detalhe cada uma das ferramentas.


VastPark é um projecto que já esteve aberto on-line inclusive com uma wiki a funcionar onde várias pessoas tiveram oportunidade de criar os seus mundos virtuais, mas que está agora encerrado em fase de beta testing e deverá abrir brevemente. Vastpark, promete vir resolver muitas das problemáticas de Second Life no que toca à criação dos mundos, nomeadamente podermos desenvolver o nosso universo e permitir apenas a quem nós quisermos, o acesso. Apesar de não existir acesso no imediato, deixo aqui um vídeo que demonstra o quão fácil poderá ser a publicação de um ambiente virtual.

Numa entrevista à theage.com Bruce Joy, fundador do projecto, define VastPark como,
VastPark is a platform where anyone can create their own virtual world. Imagine a 3-D version of your own MySpace or Facebook page. Right now it enables 3-D modellers and game developers to experiment with publishing their own 3-D content online, but later this year we'll offer tools that even mum can use to create a virtual world that she can ensure her kids and their friends can meet up and be safe online.
Quando questionado sobre o que o distingue do Second Life afirma:
Second Life lets everyone into one big interactive arena. VastPark allows communities, individuals and enterprises to run their own small virtual worlds that suit their own members.


Metaplace tem na sua génese uma personalidade da área criativa da indústria dos videojogos, Raph Koster, autor de Theory of Fun for Game Design. Promete e a verdade é que o projecto abriu uma versão alpha para testes e em poucos dias inscreveram-se para testar a plataforma, cerca de 10 mil pessoas. Esperemos para ver.

Update 28.09.2007: Adicionado vídeo de demonstração de Metaplace com apresentação do próprio Raph Koster.



SceneCaster é mais dirigido ao desenho e criação de paisagem de interiores, mas que promete em breve vir a contribuir para o desenvolvimento de uma rede social.

Mark Zohar refere mais uma vez o facto da web 3d se ter transformado num conceito mainstream e que,
When we looked around, we saw that the 3D Web was clearly impacting how consumers are interacting and how brands are marketing their products, that's clearly more than a trend. They understand the next generation of the Web will require them to be involved in this immersive experience.

Finalmente não quero deixar de anotar aqui o SketchUp da Google que vai já na sua versão 6.0 e continua a estar na linha de frente no que toca à facilidade de criação e modelação 3d. Projecto que é quase um decalque do doutoramento de Vasco Branco - Interacção intuitiva em sistemas computacionais de apoio ao Design (1996) - aquele que foi o meu estimado orientador.




Google SketchUp 6

Aliás desde que SketchUp foi lançado os rumores de que a Google se estaria a preparar para entrar na corrida aos mundos virtuais partilhados não têm parado e ontem foi anunciado no site Virtual Worlds News aquilo que parece ser para já uma espécie de focus group universitário para testar essa nova ferramenta da Google que se poderá chamar de My World um nome bem ao estilo de Home da Sony.

setembro 24, 2007

Endless Forest, fase 3

Foi hoje lançada a terceira versão do singular videojogo The Endless Forest do colectivo Auriea Harvey & Michaël Samyn. Videojogo desenvolvido para funcionar quando o screensaver arranca e desse modo tentar instigar o relaxe e aproveitamento de tempos desprendidos do trabalho para viajarmos por entre florestas mágicas recheadas de outros veados (jogadores) em ambiente multiplayer online.
When your computer goes to sleep you appear as a deer in this magical place. There are no goals to achieve or rules to follow. Just run through the forest and see what happens.

música Grátis

No seguimento do post anterior, sobre as problemáticas dos direitos de autor, deixo aqui uma dica que será interessante para quem estiver a desenvolver ou a pensar desenvolver qualquer tipo de produto audiovisual e precise de música para o mesmo. Moby está a oferecer no seu site, música grátis para uso sem fins comerciais dirigido principalmente a independentes ou estudantes de media que necessitam constantemente de dar suporte áudio aos seus trabalhos visuais.
this portion of moby.com, 'film music', is for independent and non-profit filmmakers, film students, and anyone in need of free music for their independent, non-profit film, video, or short.
Só é necessário ir até ao site MobyGratis.com e registar-se para iniciar o acesso à base de músicas de Moby.

setembro 22, 2007

Imagem e Direitos em Investigação

Depois da discussão sobre direitos de autor levantada, na defesa da minha tese, relativamente ao facto de utilizar um grande número de fotogramas de filmes e videojogos para ilustrar os conceitos estudados, tenho procurado perceber e sedimentar conhecimento sobre a problemática tendo em atenção o enquadramento educacional da dissertação académica. Aliás a questão não surgiu como uma surpresa uma vez que a tinha colocado como hipótese durante a escrita da tese e nesse sentido tinha preparado uma resposta: “Se eu posso, e devo, usar excertos de livros ou papers desde que para tal referencie o nome do autor e o local de onde foi extraído, sem que para isso necessite de dar qualquer satisfação ao autor ou editora, então porque teria de o fazer para o uso de um fotograma de um filme?”

Além de que proporcionalmente, e em termos gerais, um fotograma de um filme representa uma extracção, ainda que quantitativa, bem menor do que um parágrafo de um livro.

90 minutos => 5600 segundos => 129 600 fotogramas
200 páginas => 100 000 palavras => 2000 parágrafos

A problemática é internacional e afecta nomeadamente aqueles que se dedicam à investigação na área dos estudos dos media (cinema, videojogos, publicidade, etc.)

"The legal status of such reproductions of frames has remained problematic. Does the use of a frame enlargement violate copyright? Should the scholar contact the copyright holder to obtain permission to reproduce frames, and, if the firm demands a fee for such permission, does it have to be paid?" [1]

A discussão sobre os direitos intelectuais e criativos tem tido lugar de discussão nos últimos anos em todas as áreas que lidam com a imagem e som, desde a publicidade, ao cinema, música, videojogos, artes ou investigação entre outros. Uma das razões que mais debate e legislação tem feito mover a sociedade é a questão do P2P. A facilidade de empréstimo e troca de objectos que a internet, uma rede tecnologico-social, veio proporcionar fez aumentar exponencialmente o acesso a materiais anteriormente impossíveis por razões de ordem intrinsecamente física. O plástico, o papel, o vinil ou a película deram lugar a meros dígitos em linguagem binária. Mas a esta problemática dedicarei outro texto brevemente e também já prometido anteriormente.

A última edição do Cinema Journal (Winter 2007, 46:2) trás um dossier completamente dedicado à questão do Fair Use e o modo como este se relaciona com o cinema na lei americana. Mas então o que é o Fair Use?

"Fair use" refers to a provision in American law that allows scholars and educators to quote or reproduce small portions of copyrighted works in various media without obtaining permission from the copyright holder. [1]
Na lei americana, United States Code, title 17, section 107 [2], encontramos:

§ 107. Limitations on exclusive rights: Fair use [2]

Notwithstanding the provisions of sections 106 and 106A, the fair use of a copyrighted work, including such use by reproduction in copies or phonorecords or by any other means specified by that section, for purposes such as criticism, comment, news reporting, teaching (including multiple copies for classroom use), scholarship, or research, is not an infringement of copyright. In determining whether the use made of a work in any particular case is a fair use the factors to be considered shall include —

(1) the purpose and character of the use, including whether such use is of a commercial nature or is for nonprofit educational purposes;

(2) the nature of the copyrighted work;

(3) the amount and substantiality of the portion used in relation to the copyrighted work as a whole; and

(4) the effect of the use upon the potential market for or value of the copyrighted work.

Apesar de tudo isto e da própria lei não deixar, a meu ver, grandes dúvidas sobre o modo de utilização de obras com copyright a verdade é que muitas interrogações parecem continuar a subsistir. Mas se dúvidas houvesse a legislação americana vai ainda mais longe e criou mesmo uma espécie de exemption ao DMCA que prolifera em vários suportes de media, nomeadamente os DVDs, para todos quantos, como nós, trabalham o ensino dos media.

“1. Audiovisual works included in the educational library of a college or university’s film or media studies department, when circumvention is accomplished for the purpose of making compilations of portions of those works for educational use in the classroom by media studies or film professors.” [3]

De relembrar que esta excepção refere-se apenas à permissão de se poder ultrapassar as protecções, incluídas nos dvds, anti-cópia e não verdadeiramente ao uso dos clips uma vez que esse uso já está regulamentado na lei sobre o Fair use.

O único problema que se pode continuar a levantar está relacionado com a publicação em formato livro, comercializável, dos textos criados pelos académicos. Se em alguns casos as editoras são as próprias universidades e a finalidade da publicação tem apenas um carácter científico e sem fins lucrativos noutros casos esta leitura pode ser menos fácil de realizar. Contudo num relatório recente, realizado por Kristin Thompson para a Society of Media Studies, existe uma recomendação assente em jurisdição americana que aponta todo o trabalho académico como passível de ser regulamentado pela lei do Fair use mesmo quando publicado em editoras com fins meramente comerciais.

“The case of trade presses publishing scholarly and educational film books is less clear. There has been no clear test of whether fair use applies in such cases as well. So far, however, the courts do not seem to assume that all such publications are "commercial" and hence not serious scholarship. (See Maxtone-Graham v. Burtchaell, 803 F. 2d. 1253 [2d Cir. 1986], cert. denied, 481 US 1059 [1987].) It would appear that the fair-use provision favors all scholarly and educational publications, albeit more strongly in the case of nonprofit presses.” [1]

Não existindo regras definidas para o número de fotogramas a extrair, o relatório refere que:

“At twenty-four frames per second, a ninety-minute feature would consist of around 129,600 frames; it seems possible that even the reproduction of a hundred frames (less than one tenth of 1 percent) would be considered too small a portion to be infringing on copyright protection.” [1]

Finalmente e tendo em conta que o investigador não tem como propósito fazer dinheiro com o uso dos fotogramas, relativamente à 4ª clausula do Fair use parece-me de grande relevo o parágrafo que se segue.

“A copyright holder suing an author on the grounds of copyright infringement would have to show that, under the fourth provision quoted above, the author's illustrations had harmed the 'potential market for or value of the copyrighted work.' (..) indeed, it can be argued that scholarly and educational publications that discuss films and use frame illustrations arouse interest in the original film and hence act as a form of publicity.”[1]

Aliás veja-se o que se passa com os livros, são as próprias editoras a enviar cópias aos professores para que estes utilizem os seus livros e dessa forma façam “publicidade” dos mesmos nas suas aulas e investigação. Diga-se também em boa verdade que "até ao dia de hoje não existiu qualquer processo levantado por produtora, distribuidora ou detentor dos direitos contra livros académicos ou de investigação que tenham feito uso de fotogramas sem autorização" [1].

“If film scholars were to be denied the right to reproduce frames from and photographs relating to films, their ability to enlighten readers about the history and aesthetic qualities of motion pictures would be severely diminished. ”[1]

Como exemplo do que Kristin Thompson aqui refere e para terminar em defesa do Fair use ao nível académico e ao nível internacional, veja-se os dois fotogramas que se seguem e agora imagine-se o que seria trabalhar conceitos fílmicos como o expressionismo ou a cinematografia virtual recorrendo apenas a meras descrições textuais das obras referenciadas por estes dois fotogramas.

Das Cabinet des Dr. Caligari de Robert Wiene (1920)

The Matrix Revolutions de Andy e Larry Wachowski (2003)


[1] Report of the Ad Hoc Committee of the Society For Cinema Studies, "Fair Usage Publication of Film Stills
[2] USA Copyright Law
[3]
Electronic Frontier Foundation

setembro 21, 2007

prémios Flash

A ferramenta Flash, de ano para ano tem vindo a aumentar as suas potencialidades e neste momento já não faz qualquer sentido pensar-se em Macromedia Director. Aliás até mesmo a funcionalidade 3d que estava restrita ao Director parece querer dar um ar da sua graça por intermédio da Papervision 3d que recebeu há dois dias o prémio da conferência/festival Flash Forward 2007 em Boston. Aqui ficam todos os premiados:

Art: Creep
Cartoon: Congo Windfall
Commerce: Nike Air
Experience: Get the Glass
Game: CDX
Instructional: BrainPOP
Motion Graphics: Adobe: The Creative Mind
Narrative: NFB – Filmmaker in Residence
Navigation: Lab | Mathieu Badimon
Online Application: Try on a Floor
Original Sound: Move the Crowd
Technical Merit: Finetune Player Collection
3D: Papervision3D
Typography: Javier Ferrer Vidal
Video: Toyota Yaris Virtual Test Drive
People’s Choice: 30 Shorts in 30 Days

Destaco os vencedores das categorias: Game, Narrative, Motion Graphics e claro 3d.

Interface de decisão narrativa do vencedor da categoria de jogo CDX que pretende actuar mais sobre as questões emocionais da decisão do que propriamente sobre o conteúdo do que se decide, um pouco à semelhança do que acontece em Fahrenheit mas sem o factor tempo.


setembro 20, 2007

Silent Hill Zero

Foi disponibilizado no Tokyo Game Show 2007 o terceiro trailer do novo Silent Hill, uma prequel desenvolvida para PSP. Graficamente e passados os tempos de adaptação à plataforma parece começar-se a aproveitar as boas capacidades gráficas da consola portátil. Silent Hill Origins é um exemplo disso, com um excelente trabalho de criação atmosférica ao qual se junta a música que parece continuar a ser uma aposta forte da Konami para esta série. Para uma análise geral do TGS07 até agora aconselho uma visita à Kotaku.

Pausch na sua última conferência

Randy Pausch deu a sua última conferência na Carnegie Mellon University (CMU) há dois dias, a qual pode ser visualizada em vídeo a partir do seguinte endereço. Nesta conferência Pausch faz uma reflexão sobre a evolução da sua carreira e principalmente sobre o modo como modelou toda a sua vida em busca da realização dos sonhos, daí o nome Really Achieving your Childhood Dreams. Pausch é um dos mais importantes académicos americanos a trabalhar na área do Entretenimento Digital ou Computing Entertainment consultor da Google, da Walt Disney Imagineering ou Xerox Palo Alto Research Center entre outros assim como membro do Editorial Board dos journals Presence: Teleoperators and Virtual Environments, ACM Interactions ou ACM TOCHI. Criador da famosa plataforma de desenvolvimento de histórias digitais para crianças sem conhecimentos de programação, Alice, e co-fundador do importante Entertainment Technology Center (ECT) da CMU. O ECT é hoje responsável pela plataforma Alice que está prestes a ver a sua versão 3.0 integrada com o artwork de Sims 2 e é ainda responsável pela também excelente plataforma Panda 3D originalmente criada pelos engenheiros de parques de atracções da Disney, os imagineers. Pausch foi ainda o criador da cadeira Building Virtual Worlds da CMU.



Pessoa de grande actividade, vontade e fé nos seus objectivos, foi-lhe diagnosticado recentemente um cancro terminal e mesmo parecendo estar bem de saúde tanto mental como fisicamente como ele faz intenção de fazer passar nesta conferência a verdade é que já não terá muitos mais meses de vida, daí também a razão da importância desta conferência. Fica aqui então a sua última grande contribuição para o conhecimento numa área emergente e ainda à procura de afirmação no seio da academia.

setembro 19, 2007

carreira na indústria

Mais um livro sobre a área de videojogos publicado pela Games Press e gratuito, à semelhança de Videogame Marketing and PR e The Videogame Style Guide and Reference Manual. Get Rich Playing Games é um livro dedicado a quem procura trabalhar na área e desenvolver uma carreira de sucesso seja em: ART * DESIGN * PROGRAMMING * DEVELOPMENT * ANIMATION * MANAGEMENT * PUBLIC RELATIONS * AUDIO * MARKETING * PUBLISHING * JOURNALISM * TESTING * SALES. Título a piscar ao marketing barato e a deixar antever que o livro não deverá ser uma obra de referência. Contudo do que pude ver muito rapidamente, julgo que o mais interessante poderá ser o apontar de algumas regras básicas para quem quer verdadeiramente aventurar-se neste mundo. Apesar das regras aqui apresentadas serem grandemente influenciadas pelo modo de trabalhar das casas que produzem títulos AAA. A outra parte interessante são as entrevistas a figuras como Shigeru Miyamoto, Sid Meyer, Will Wright, John Romero, Scott Miller, Trip Hawkins entre outros. No entanto aviso já que estes nomes aparecem mais como um bom factor promocional do livro do que propriamente pela mais-valia que trazem ao livro em si.

setembro 18, 2007

google powerpoint

A Google tinha já feito circular o rumor, mas o rumor tornou-se realidade e foi hoje disponibilizado o Google Presentation. Basta aceder ao Google Docs para ver. Agora é possivel trabalhar completamente online: processamento de texto, folhas de cálculo e apresentações. Qual o interesse disto? É enorme, principalmente no que toca ao trabalho colaborativo como se pode ver no vídeo em baixo produzido pela Google mas também nas questões de compatibilidade de plataformas e mobilidade. Ou seja posso aceder e editar um mesmo documento em qualquer máquina desde que esta tenha um browser. Desde o normal PC ao Mac até aos telemóveis ou consolas de jogos portáteis (PSP) incluindo os PDA. A verdade é que o Office Mobile desenvolvido para Pocket PC pela Microsoft não permite ainda hoje editar os ficheiros do Powerpoint, permite apenas a sua visualização o que é muito pobre. Imaginem o que é ir no avião a ver os slides para uma apresentação e encontrarem um erro. A solução proposta pela Microsoft é que façam um trabalho colaborativo, ou seja, enviem uma mensagem ao colega de trabalho que está no escritório para que este faça a edição do documento numa máquina normal e depois vos reenvie por e-mail. Isto é totalmente contraproducente e ridículo.
View the full presentation, rehearse timings, check the order and any live links you may have in your presentation. E-mail comments back to the team or communicate via MSN Messenger for an immediate response. Your team can e-mail the edited presentation directly to your device. (Microsoft)
Vejam agora a diferença para o conceito proposto pela Google no vídeo.