setembro 26, 2008

animais e o optimismo

O trabalho realizado pela Mccann Erickson para Quercus já correu mundo e tem sido mencionado em tudo quanto é site de análise de filmes publicitários. Resisti a colocá-lo aqui quando saiu, mas faço-o hoje não pelo filme em si mas para dar a ver um outro filme de 2006 onde se pode ver uma perspectiva mais positiva dos animais do nosso planeta. O filme da Quercus foi criticado aqui e ali pelo pessimismo exacerbado, pelo facilitismo do conceito e pela utilização dos animais para transmitir a ideia.



Não deixa de ser um excelente trabalho executado pela Seagulls Fly do Brasil. Mais uma vez quando se trata de produzir 3d, Portugal não tem recursos humanos capazes de o fazer é já uma constante a necessidade de recorrer a equipas brasileiras, inglesas ou suecas.

E não deixa de ser interessante o facto de o filme que me fez escrever este post, Zoo de Buenos Aires, ser ele também, ainda que em 2D, produzido por uma das melhores equipas do Brasil, a Lobo.



Vendo um e vendo o outro, sem dúvida que estão ao mesmo nível técnico - belíssima representação visual e belíssimo acompanhamento musical. Do ponto de vista do conceito apesar da força do primeiro filme, não tenho qualquer dúvida em afirmar que pelo lado conceptual a forma como desenvolve a narrativa e oferece o twist final com um lado verdadeiramente optimista, o impacto emocional gera uma memória enquanto no primeiro filme se esquece.

2 comentários:

  1. Boas!

    Não concordo inteiramente e penso que o grande motivo de alguns trabalhos irem para fora (Sapo; Água das pedras etc...) tem a ver com questões de custo. E com o facto de o grosso da "indústria" de 3d em Portugal ser orientada para a arquitectura... no entanto temos alguns exemplos de firmas que desenvolvem anúncios, como a http://www.ingreme.com/ (anúncio da Vodafone jogos entre outros)... e não será de menosprezar um fórum para quem se queira manter actualizado no que por cá se faz que é o http://forum.cgartdomain.com/

    Joaquim Santos

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  2. Olá Joaquim

    Obrigado pelo comentário e admito que o meu post foi algo exagerado quando disse que não tínhamos recursos humanos capazes. O que queria dizer era que não tínhamos recursos humanos suficientes. Ou seja precisamos de ter massa crítica para poder competir em qualquer indústria e de todas as ligadas ao audiovisual português o 3d e a escrita de argumento são as mais fracas, embora estejam ambas em clara ascensão.

    A dedicação à arquitectura tem duas leituras, uma é a de que vende a segunda é porque é um tipo de modelação muito mais simples e de menos exigência técnica. Falta em Portugal formação na área mas falta acima de tudo empresas que apostem em força, com custos mais reduzidos. O problema é semelhante ao da área de jogos. É necessário arriscar, contratar os melhores da área e lançar empresas.

    A Ingreme é um excelente caso mas praticamente solitário em Portugal e com trabalho ao qual não consegue dar vazão. A Bloom Graphics praticamente só trabalha para a SIC e também é um género de modelação ainda aquém das necessidades dos modelos orgânicos. Veja-se as empresas que tenho listadas no blogrol em "Criativas Portuguesas" e veremos apenas as duas acima mencionadas que se dedicam inteiramente ao 3d.

    De qualquer modo muito obrigado pelo link do forum que não conhecia.

    abraço

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