Paul Newman morreu ontem, com 83 anos e em casa, vítima de cancro do pulmão. Um actor que tem o seu lugar reservado na memória colectiva de todos os apreciadores de cinema. Com o auge da carreira nos anos 60 não é um actor da actualidade e muitos dos nossos adolescentes nem saberão quem é apesar de ter permanecido nos ecrãs até há bem pouco tempo. Paul Newman perfila o estereótipo do galã de Hollywood com uma presença carregada de carisma e charme comparável apenas a James Dean. Ambos participaram no casting para East of Eden (1955), ainda que para papéis diferentes e ambos tinham uma paixão louca por carros e velocidade. No entanto e por força das vicissitudes James Dean partiu deixando uma imagem imaculada de jovialidade e rebeldia expressa em apenas três filmes ao passo que Newman deixa todo um legado fílmico e uma narrativa completa com início, meio e fim.
A filmografia é extensa no entanto aponto aqui algumas preciosidades do auge e que devem ser vistas por qualquer bom amante de cinema: Cat on a Hot Tin Roof (1958), The Hustler (1961), Cool Hand Luke (1967), Butch Cassidy and the Sundance Kid (1969), The Sting (1973), The Towering Inferno (1974). Por outro lado e apesar desse auge, Newman não se resignou nem desapareceu mantendo intacto o seu estatuto de estrela de Hollywood fazendo aparições pontuais em filmes como The Hudsucker Proxy (1994) dos irmãos Coen, Message in a Bottle (1999) ou Road to Perdition (2002) de Sam Mendes culminando com o seu último "grande" papel onde dá voz assim como expressão e personalidade a Doc Hudson no filme Cars da Pixar.
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