Durante a curta visita para dar aulas a Manchester aproveitei para ver a exibição de "Ten Drawings by Leonardo da Vinci from the Royal Collection" na Manchester Art Gallery. Não que as minhas expectativas fossem muito elevadas, mas como é natural qualquer coisa em que génios como Leonardo tenham tocado despertam sempre a atenção. Ainda para mais no caso desta exposição específica, podemos ganhar um mais aprofundado conhecimento da obra no site da Royal Collection do que vendo os desenhos ao vivo. Isto porque estes não podem ser expostos a muita luz e como tal a legibilidade não era das melhores. Destaco aqui apenas um dos desenhos, aliás o único que me despertou verdadeiro interesse dos 10. Aliás são 12, mas são apresentados como 10, porque dois deles estão desenhados nas costas de outros dois.
O que Leonardo tentou fazer neste desenho foi localizar no cérebro o ponto nevrálgico do chamado "senso comune". O chamado ponto de interface entre a mente e o mundo. Para poderem ver o trabalho em detalhe aconselho vivamente uma visita ao site da Royal Collection que fez um excelente trabalho na sua reprodução digital e na interface de acesso.
Para além desta exibição gostei de ver alguns trabalhos das galerias permanentes, nomeadamente europeus do século XVII e XVIII. Ao contrário do que acontece com os desenhos do Leonardo, alguns dos trabalhos que mais gostei não me atrevo a colocar aqui a sua imagem porque as reproduções são muito fracas, nomeadamente as pinturas de grande detalhe e de grande diversidade de cor como Work, de Ford Madox Brown, Inglaterra, 1852 ou The Chariot Race, de Alexander von Wagner, Alemanha, 1882.
Sir Thomas Aston at the Deathbed of his Wife painting, John Souch, Inglaterra, 1635
março 29, 2009
março 28, 2009
animatório e LeoBurnett Lisbon
Aqui está mais uma criativa do Brasil, Animatório, a dar cartas no mercado internacional do motion graphics. Mais uma vez Portugal a recorrer a enorme potencial criativo brasileiro para produzir uma campanha de impacto internacional. A Animatório é uma novidade para mim, mas a colaboração com a Lobo, neste caso para o trabalho áudio, começa a entrar na normalidade da produção audiovisual portuguesa. Neste caso a LeoBurnett Lisbon que criou a nova campanha para a Amnistia Internacional.
Do ponto de vista do trabalho realizado, tanto técnico como criativo é de grande qualidade. Contudo deve ser visto em HD. É delicioso ver os rasgos de história serem desvelados a preto&branco e em profundidade. Aconselha-se vivamente o estudo pormenorizado das técnicas de animação aqui utilizadas e do modo como são encadeados os temas fazendo uso da perspectiva. Do lado criativo o clímax surge como um estrondo ensurdecedor da nossa conduta a nível global.
Do ponto de vista do trabalho realizado, tanto técnico como criativo é de grande qualidade. Contudo deve ser visto em HD. É delicioso ver os rasgos de história serem desvelados a preto&branco e em profundidade. Aconselha-se vivamente o estudo pormenorizado das técnicas de animação aqui utilizadas e do modo como são encadeados os temas fazendo uso da perspectiva. Do lado criativo o clímax surge como um estrondo ensurdecedor da nossa conduta a nível global.
março 27, 2009
siftables, um nome a recordar
Fiquei sem palavras, na verdade algum do potencial aqui apresentado tinha já pensado nele embora não em forma de blocos. A verdade é que os blocos têm a enorme vantagem de serem facilmente adaptados a qualquer actividade ou ambiente. Simplesmente fantástico e é por isto que o Media Lab continua a ser a referência.
março 24, 2009
movimento do capuchinho
Tenho de concordar com o meu colega Luís Santos está excelente. O desenho é muito consistente, apesar de não ser nenhuma obra prima, a animação idem. Mas a capacidade expressiva assente no movimento e sugestão visual são de grande qualidade. Por outro lado a música ajuda a que tudo cole muito bem e se sinta a harmonia interna, já o facto de se tratar de uma história altamente familiar basta para apenas se sugerir e perceber o que se quer dizer.
Engraçado que para o Luís isto é uma infografia e percebo que assim se possa definir, já para mim é um objecto de movimento gráfico (motion graphics). Acima de tudo porque não existe pretensão em comunicar o que quer que seja com a informação gráfica adicional mas apenas gerar significância e redundância num sentido meramente estético e nada informativo.
Engraçado que para o Luís isto é uma infografia e percebo que assim se possa definir, já para mim é um objecto de movimento gráfico (motion graphics). Acima de tudo porque não existe pretensão em comunicar o que quer que seja com a informação gráfica adicional mas apenas gerar significância e redundância num sentido meramente estético e nada informativo.
março 23, 2009
o motion poster
Acima podemos ver uma resposta da indústria ao texto de Clemons onde se advoga o fim da publicidade. Um novo formato de poster, o digital possibilitou a introdução de movimento num poster que se supunha até agora estático, temos assim o chamado, "motion poster".
[baseado em posts do Publicidade Digital]
março 18, 2009
SLACTIONS 2009
Life, imagination, and work using metaverse platforms
September 24-26, 2009
The scope of Slactions
The metaverse is emerging, through the increasing use of virtual world technologies that act as platforms for end-users to create, develop, and interact, expanding the realm of human cooperation, interaction, and creativity. The conference focus is scientific research on applications and developments of these metaverse platforms: Second Life, OpenSim, Open Croquet, Activeworlds, Open Source Metaverse, Project Wonderland, and others, providing a forum for the research community to present and discuss innovative approaches, techniques, processes, and research results.
Important dates
First call deadline February 28th, 2009
Second call deadline March 31st, 2009
March 31st, 2009 Submission results provided to authors of first call papers
April 30th, 2009 Submission results provided to authors of second call papers
June 30th, 2009 Deadline for early registration
July 31st, 2009 Deadline for print-ready versions of accepted papers
September 24-26th, 2009 Conference
março 17, 2009
robôs mais humanos
Ao nivel da robótica, parece que o Uncanny Valley de Mori se começa a esbater. Repare-se na perfeição da empatia gerada pela cara do robot HRP-4C desenvolvido pelo National Institute of Advanced Industrial Science and Technology (AIST). Só ainda não percebi a questão das mãos. Da posição da coluna percebe-se porque é uma questão do balanceamento gravitacional. Muito bom.
Vejam o vídeo do robô que deverá desfilar em breve em Tóquio num desfile de moda.
março 08, 2009
construtor de mundos
Rodado num único dia e com uma pós-produção de 2 anos. Bruce Branit volta a investir numa obra, World Builder (2008), de baixos recursos capaz de ombrear tecnicamente com grandes produções. Depois do sucesso e onda de entusiasmo gerado pelo filme 405 em 2000, agora é a vez de imaginar um mundo como ponte de ligação mental. Dez minutos muito bem conseguidos e que nos fazem reflectir sobre o potencial por detrás dos modelos que vamos modelando e animando em plataformas 3d.
Todo o 3d foi criado com Lightwave, pelo meu lado, tenho andado nos últimos dias a testar o Cinema 4D, o que me deixou ainda mais propenso ao impacto do filme. Quanto ao C4D é uma ferramenta que recomendo vivamente como introdução, pela sua facilidade e velocidade de execução. Comparando com o Max, arriscar pegar numa metáfora que vi num forum, que a interface e controladores estão como de um Avião (Max) para um carro (C4D). A flexibilidade é menor, mas a facilidade e rapidez de execução compensam largamente.
Vejam então o filme de Bruce Branit, que retrata: "A strange man builds a world using holographic tools for the woman he loves."
[a partir de Publicidade Digital]
Todo o 3d foi criado com Lightwave, pelo meu lado, tenho andado nos últimos dias a testar o Cinema 4D, o que me deixou ainda mais propenso ao impacto do filme. Quanto ao C4D é uma ferramenta que recomendo vivamente como introdução, pela sua facilidade e velocidade de execução. Comparando com o Max, arriscar pegar numa metáfora que vi num forum, que a interface e controladores estão como de um Avião (Max) para um carro (C4D). A flexibilidade é menor, mas a facilidade e rapidez de execução compensam largamente.
Vejam então o filme de Bruce Branit, que retrata: "A strange man builds a world using holographic tools for the woman he loves."
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