
Uma desconstrução verdadeiramente genial sobre o logo dos jogos Olímpicos deste ano na China.
Politicians should read science fiction, not westerns and detective stories Arthur C. Clarke
Se partirmos do animal com o organismo mais simples possível, ele só pode evoluir numa direcção - tornar-se mais complexo. *Ainda há dias tinha comentado aqui um tema que me é caro na investigação que tenho vindo a realizar, nomeadamente na área da emoção, a distinção entre a importância do impacto da cultura e da biologia sobre a natureza humana. Agora chega-nos mais um estudo do departamento de Biologia e Bioquímica da Universidade de Bath a demonstrar que a evolução biológica se tem feito sempre no sentido da complexificação das espécies originando e permitindo avanços. Obviamente que o impacto nesta corrente evolucionista não depende apenas da biologia, esta evolução é instigada pela cultura ou seja pela interacção entre os elementos vivos, desde as células ao homem. O factor interactivo é fundamental e isso pode ver-se na seguinte afirmação,
As poucas excepções à regra são espécies de crustáceos parasitas ou residentes em habitats remotos, como grutas marinhas isoladas. *No entanto o que mais interessa ressalvar destas descobertas é o facto de muito daquilo que nós somos estar inscrito em nós próprios à nascença. Ou seja o impacto cultural existe e deve ser altamente respeitado, mas o seu poder é muito mais importante na análise de um processo evolutivo a longo prazo do que propriamente no desenvolvimento de uma geração, e é ainda menor no desenvolvimento cognitivo de uma criança. Ou seja temos de aprender a lidar com o facto de que somos em grande medida, ao longo da nossa curta vida, aquilo que a natureza nos permite ser.
"Using functional imaging during a simple gambling task in which we constantly changed risk, we show that an early-onset activation in the human insula correlates significantly with risk prediction error and that its time course is consistent with a role in rapid updating. Additionally, we show that activation previously associated with general uncertainty emerges with a delay consistent with a role in risk prediction." [1]ou seja,
“Contrariamente ao que enuncia a teoria de Descartes, a emoção pode ser um elemento constitutivo da racionalidade, sendo o seu objectivo o de medir o risco no contexto”, explicou, à agência France Presse, Peter Bossaerts, professor da EPFL [2]A pouco e pouco o suporte empírico baseado na biologia humana vai destronando algum do pensamento clássico meramente baseado na análise e observação pessoal dos eventos (Filosofia) ao mesmo tempo que vai derrubando alguns mitos que concebem o Homem suportado por uma agenda cultural (Ciências Humanas) substituindo-os por bases naturais, biológicas, predeterminadas mesmo que de argumentação evolucionista.
(..) onde se pretende criar um diálogo corporal com um sistema artificial, do qual resulta uma performance sincronizada entre um corpo real e um objecto virtual (..) onde o utilizador desenvolve um processo criativo com base nos gestos e movimentos do seu corpo (..)O que é verdadeiramente interessante neste projecto é a abordagem à interactividade fazendo uso de todo o corpo, procurando levar o experienciador a sentir-se integrado no novo mundo criado, evitando a ligação entre mundos, ténue, que se cria através das mãos, apenas. Esta é uma área que começa a ganhar novas dimensões no campo da investigação em realidade virtual e no qual Mel Slater é um dos mais importantes nomes.