oi anunciado o Prémio Nobel da Paz de 2007 em ex-aequo para o Intergovernmental Panel on Climate Change e Al Gore. Um prémio partilhado pela luta contra as alterações climáticas e que fez a diferença ao longo dos últimos tempos. Apesar de me considerar uma pessoa minimamente informada, até ver o filme de Al Gore tive sempre algumas dúvidas sobre as alterações climáticas. Vi vários documentários que falavam sobre o horror e vários que falavam sobre a insanidade dessas previsões, alguns desses documentários produzidos com entrevistas a renomeados cientistas da meteorologia, glaciares, correntes marítimas ou atmosfera. E desse modo a minha percepção era de que como muita outra coisa na natureza, as temperaturas eram um fenómeno cíclico. O documentário de Al Gore fez soar as campainhas, os dados coligidos e apresentados de forma tão clara e evidente deixaram pouca margem para as investidas dos grandes interesses económicos contra a necessidade de refrear a produção de CO2 ou seja contra a ostentação produzida por um modelo económico assente no poder do mais forte. Desse modo creio que o prémio foi muito bem entregue e agora só espero que ele sirva pelo simbolismo na luta contra este problema e que o apoio financeiro permita a Al Gore continuar a luta que ainda está longe de chegar ao fim. Aconselho vivamente a visualização do filme "An Inconvenient Truth".
outubro 12, 2007
a inconveniência faz a diferença
oi anunciado o Prémio Nobel da Paz de 2007 em ex-aequo para o Intergovernmental Panel on Climate Change e Al Gore. Um prémio partilhado pela luta contra as alterações climáticas e que fez a diferença ao longo dos últimos tempos. Apesar de me considerar uma pessoa minimamente informada, até ver o filme de Al Gore tive sempre algumas dúvidas sobre as alterações climáticas. Vi vários documentários que falavam sobre o horror e vários que falavam sobre a insanidade dessas previsões, alguns desses documentários produzidos com entrevistas a renomeados cientistas da meteorologia, glaciares, correntes marítimas ou atmosfera. E desse modo a minha percepção era de que como muita outra coisa na natureza, as temperaturas eram um fenómeno cíclico. O documentário de Al Gore fez soar as campainhas, os dados coligidos e apresentados de forma tão clara e evidente deixaram pouca margem para as investidas dos grandes interesses económicos contra a necessidade de refrear a produção de CO2 ou seja contra a ostentação produzida por um modelo económico assente no poder do mais forte. Desse modo creio que o prémio foi muito bem entregue e agora só espero que ele sirva pelo simbolismo na luta contra este problema e que o apoio financeiro permita a Al Gore continuar a luta que ainda está longe de chegar ao fim. Aconselho vivamente a visualização do filme "An Inconvenient Truth".
outubro 11, 2007
cultura subliminar
Apesar de ter estado a preparar um texto sobre as predominâncias dos efeitos genéticos sobre a nossa personalidade e que deverei publicar aqui nos próximos dias, não consegui resistir a deixar aqui um dos mais gritantes e chocantes efeitos de uma verdadeira lavagem intelectual e subliminar que tem séculos, e no qual nós povo português também temos algumas manchas na nossa história, mas que continua em curso.
Uma miúda de apenas 16 anos, Kiri Davis, fez um video, "A Girl Like Me" para o Media That Matters Film Festival, patrocinado pela HBO ("The Lab, supported by HBO, is a free after-school program that challenges NYC high school students to create short documentary films about their lives. Working one-on-one with professional filmmaker-mentors, students write, shoot and edit personal narrative videos on subjects they choose"), sobre a auto-estima das suas colegas e no meio desse documentário resolveu fazer o "teste das bonecas" à semelhança do teste realizado nos anos 40 por Kenneth e Mamie Clark. Este teste consiste em mostrar a crianças negras duas bonecas exactamente idênticas no tamanho, forma e roupa exceptuando a cor da pele das bonecas e perguntar-lhes de qual gostam mais, qual acham que é má, e com qual mais se parecem. Claramente o teste desenvolvido por Kiri Davis não me parece ter sido suficientemente planeado para poder ser tido em conta como demonstração dos resultados com um mínimo de rigor cientifico, contudo a existência de testes similares de há 50 anos dão-lhe um suporte grande. Aqui no blog resolvi colocar apenas o dito teste que é bastante forte, o video completo (7 minutos) pode ser visto aqui.
A minha filha brinca com duas bonecas negras, mas não são fáceis de encontrar, uma desses bonecas tem 30 anos, era da mãe e veio de Angola no tempo em que os pais estavam lá colocados.

De qualquer modo tenho perfeita noção que não é suficiente, é necessário acima de tudo que os media comecem a ver e deixem de olhar apenas. Não chega falar para as massas apenas o que elas querem ouvir, porque o que elas querem ouvir foi já formatado por tudo aquilo que lhes foi dado antes. Eu sei que sabemos que é um ciclo, e não vale a pena procurar aqui o ovo ou a galinha, é necessário que todos mudem, que todos possamos mudar um pouco, mas para isso julgo ser necessário que as pessoas tenham noção que isto é real.
[A partir da Oprah]
Uma miúda de apenas 16 anos, Kiri Davis, fez um video, "A Girl Like Me" para o Media That Matters Film Festival, patrocinado pela HBO ("The Lab, supported by HBO, is a free after-school program that challenges NYC high school students to create short documentary films about their lives. Working one-on-one with professional filmmaker-mentors, students write, shoot and edit personal narrative videos on subjects they choose"), sobre a auto-estima das suas colegas e no meio desse documentário resolveu fazer o "teste das bonecas" à semelhança do teste realizado nos anos 40 por Kenneth e Mamie Clark. Este teste consiste em mostrar a crianças negras duas bonecas exactamente idênticas no tamanho, forma e roupa exceptuando a cor da pele das bonecas e perguntar-lhes de qual gostam mais, qual acham que é má, e com qual mais se parecem. Claramente o teste desenvolvido por Kiri Davis não me parece ter sido suficientemente planeado para poder ser tido em conta como demonstração dos resultados com um mínimo de rigor cientifico, contudo a existência de testes similares de há 50 anos dão-lhe um suporte grande. Aqui no blog resolvi colocar apenas o dito teste que é bastante forte, o video completo (7 minutos) pode ser visto aqui.
- Podes mostrar-me a boneca mais bonita? e porquê essa?A hesitação é bem visível e demonstra que existiu tempo para reflectir e contrastar o EU e o MAU dado na resposta anterior que agora convergem e se tornam conscientes para a criança através da verbalização da resposta.
- Porque é branca.
- Podes mostrar-me a boneca que parece má? e porquê essa?
- Porque é preta.
- Podes mostrar-me a boneca que se parece mais contigo?
A minha filha brinca com duas bonecas negras, mas não são fáceis de encontrar, uma desses bonecas tem 30 anos, era da mãe e veio de Angola no tempo em que os pais estavam lá colocados.

[A partir da Oprah]
outubro 10, 2007
Desenha como Pollock

No site http://www.jacksonpollock.org é possivel simular a técnica de desenho muito utilizada e investigada por Pollock, o "dripping", utilizando apenas o rato para proceder ao traço e o clique para mudar de cor. O objecto que permite esta funcionalidade numa página web foi desenhado na plataforma Flash pelo estúdio Stamen Design de São Francisco, em 2003. Esta aplicação denominada por Splatter, está disponivel para download segundo direitos da Creative Commons.
outubro 09, 2007
Brinquedos com dois milénios e meio
Na minha visita ao Museu Nacional de Arqueologia de Atenas uma das vitrina que mais gostei de apreciar, foi sem dúvida a dedicada ao Antestheria. O evento no qual as crianças que faziam 3 anos abandonavam os seus brinquedos, sendo o Yo yo um dos mais emblemáticos. Feito em terra cota está datado de 400 a.C. Uma sociedade bastante avançada no que toca à maximização das capacidades de aprendizagem do seu povo.
Deixo uma montagem de imagens captadas no museu e depois um vídeo para nos fazer recordar a loucura portuguesa do Yo Yo dos anos 80, pouco depois de este ter viajado a bordo da nave espacial Discovery em Abril, 1985, durante o program da NASA "Toys in Space". Um fenómeno de brinquedo que tem já direito a um concurso internacional de manobras de Yo yo. Concurso patrocinado pela Duncan e possuidor de várias etapas diferenciadas pelos objectivos a atingir.
1º Lugar no concurso de 2006, Hiroyuki Suzuki

1º Lugar no concurso de 2006, Hiroyuki Suzuki
outubro 08, 2007
PS3 no preço original

London, 5 October 2007 – Sony Computer Entertainment Europe (SCEE) today announced details of its exciting new PLAYSTATION®3 (PS3™) model that will launch throughout the SCEE territories on 10th October 2007 at the highly attractive price of €399.Ou seja a PS3 será lançada nos próximos dias na zona Europeia pelo preço que tinha sido previsto inicialmente os €399 e não o valor astronómico de partida de €599. Aliás por sempre ter existido este preço, e este se ter alterado por razões que se prendem com os preços de produção do laser blu-ray, é que agora vemos uma tão grande queda no preço. Não quero dizer que o facto de as vendas não estarem a fluir como a Sony gostaria não ajudou. Contudo não podemos deixar de sublinhar que não existirá tão depressa no mercado outro leitor de Blu-ray por este preço.
outubro 06, 2007
sobre a INTUITION
A conferência foi aberta por Angelos Amditis investigador sénior do Institute of Communications and Computer Systems da National Technical University of Athens e coordenador da INTUITION Network of Excellence financiada pelo FP6-EC. A INTUITION, que está no centro da organização desta conferência, é uma rede com 58 parceiros de 15 países europeus, Portugal não está representado infelizmente, relacionada com a investigação sobre o estado actual da Realidade Virtual tanto da área académica como industrial, mais especificamente "to overcome fragmentation and promote VE establishment within product and process design".
Amditis falou sobre a forma como a INTUITION permitiu realizar alguns avanços para a re-estruturação do conhecimento na área da realidade virtual e deixou ficar algumas ideias sobre os possíveis caminhos a seguir na investigação da RV. Especificamente levantou pistas sobre os principais problemas que a RV enfrenta na penetração na industria, tais como:
1- Technology
Falta de tecnologia de fácil utilização.
2- Interaction concepts
"The lack of immersive 3D-UI paradigm (comparable to the 2D WIMP paradigm) and the fact that spatial interaction is not properly understood at cognitive level are the main barriers in terms of interaction."
3- Integration
Muitos dos conceitos, possibilidades de software e hardware estão já à disposição, as a sua não integração em plataformas estandardizadas dificulta o seu uso.4- Socio-economic issues
"high cost of VR-systems are avertive factors towards VR penetration"

1- Industry requests
A industria reclama novas tecnologias e novas funcionalidades da RV.
2- Socio-Economic
"Complexity of information grows (..) users with VR/AR interface awareness is grow-ing (..) increased interest of investors in novel technology opportunities."
3- Technology
"The game industry is technology driver for real-time 3D graphics hardware"
No final Amditis sintetizou as áreas de investigação urgentes que a rede INTUITION considera como necessárias na investigação;
1- Interface Technologies
"Components of multimodal interfaces(..)
2- Content Technologies
"Realistic behaviour of VEs (..) Visual realism (..) Representation of real and virtual humans (..) Content Management"
3- System and Integration Technologies
"Software Architectures (..) Interoperability"
4- Interaction
Na minha óptica é verdadeiramente a área que precisa de investigação que permita avançar o estado actual, se não veja-se o tipo de interacção que temos actualmente em ambientes como Second Life. "Natural interaction for creation and composing of geometry/objects/worlds in immersive environments (design)"
5- Human Factors
Ou seja investigação fundamental ou básica "Presence Research (..) Perception/Cognition Research (..) Understanding of collaboration in immersive environments (..) Evaluation Technologies"
Todos estes pontos podem ser analisados mais em detalhe no paper publicado por Amditis et. al (2007) Towards Networked and Structured VR European Research Area: Intuition Network of Excellence and Future Research Challenges.
Depois desta excelente introdução, tivemos também direito a um excelente keynote que quase nem parecia investigador das ciências da computação mas parecia mais ter caído ali vindo directamente das ciências cognitivas. Mel Slater apresentou-se com uma comunicação intitulada "Interaction with Self and Others" onde retratou as problemáticas da representação do Eu nos ambientes virtuais (Virtual Environments - VE), da interacção com os Outros situando sempre o discurso numa base de "body centered interaction".
Sobre a interacção com o outro, Slater, defendeu que a interacção com personagens de tamanho real (ou seja, em que a representação apresenta dimensões facilmente transponíveis para um ambiente real) pode ser mais eficaz do que a interacção criada nos videojogos com pequenos personagens. Sobre este ponto questionei-o no final, por achar que apesar de ele poder ter alguma razão, não podermos esquecer a força do envolvimento emocional criado com personagens em ambientes de jogo em modo third-person view. Sobre isto anuiu que não queria dizer que era mais eficaz, mas que era apenas diferente. O que eu aceito, é diferente e pode até ser mais eficaz para VEs orientados a tarefas especificas mas não pode por isso ser automaticamente catalogado como simplesmente mais eficaz e desse modo aconselhado para todos os tipos de VEs. Assim os chamados personagens de tamanho real seriam na sua óptica indicados especialmente para as áreas da psicologia "social phobia" e "exposure therapy" e Slater considerou mesmo que a RV seria um dos melhores laboratórios actuais para testes de psicologia. Finalmente Slater ainda falou do seu mais recente estudo no qual replicou a conhecida experiência de Milgram, os dados dessa experiência podem ser analisados em um dos seus recentes papers, mas Slater salientou que apesar de ter conseguido dados interessantes sobre as reacções dos sujeitos reais quando confrontados com a "dor" ou expressão de dor dos sujeitos virtuais, ficaram ainda bastante longe da experiência realizada com sujeitos reais.
Seguidamente a esta abertura de Slater decorreram 3 sessões paralelas e eu participei na sessão de Design & Authoring onde apresentei algum do trabalho desenvolvido no projecto INSCAPE sobre o plugin Atmosphere Editor que estamos a desenvolver e que permitirá a qualquer utilizador muito facilmente manipular os ambientes e personagens num âmbito emocional dentro das motivações da história que se pretende contar interactivamente.
1- Increase Spatial Understanding
2- Increase peripheral awareness
3- Increase Bandwidth (attention demanding tasks)
4- Decrease information "cluster" (information visualization)
Bowman julga também ser necessário ponderarmos a possibilidade de se alargar o domínio da RV enquanto área de investigação a outros domínios e para isso considera que não devemos categorizar a RV apenas em "true or immersive" (HMDs e CAVEs) e "non immersive" (VR desktop), a RV deve ser vista como um continuum. No final deixou alguns questões no ar para que a audiência pudesse discutir e que deixo aqui para vossa reflexão,
- "Will true immersive VR still make a large real-world impact?
- "What are some other ways to apply VR research to non-VR contexts?"
- "What are some non-traditional benefits or applications of immersive VR"
outubro 04, 2007
INTUITION2007 - first day

setembro 30, 2007
blog de estudos fílmicos de parabéns

In the last twelve months, we’ve posted about 200,000 words, or enough for two books. We’ve tried to make most entries as attentive to ideas and information as what we’d write for a print publication—if not a scholarly book, at least a mainstream article. Kristin and I think of our blog as a sort of column, published in a magazine we edit, with no length restrictions, no assigned topics, and as many pictures as we like. It’s been fun to write more informally than we usually do.Realmente julgo que o fenómeno do acto de blogar, o conceito por detrás destas escritas não formais, pode muito bem representar uma forma de lançar ideias para linhas de investigação, projectos, livros ou artigos de investigação entre outros. Tendo em conta que o facto de se escrever de forma corrida sem a pressão da imutabilidade do papel permite dar asas à imaginação e lançar no digital frases e ideias que provavelmente não veriam a luz em papel. Este poderá muito bem ser um meio de excelência para a inovação. Sabemos bem que o acto de se verbalizar (escrever) uma ideia potencia fortemente o desenvolvimento objectivo da ideia e da argumentação de suporte a essa mesma ideia construindo algo que existia, segundo Levy (1998), apenas em potência, no virtual. E só por esse facto vale a pena escrever num blogue os pensamentos e momentos que nos vão assolando a consciência.
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