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janeiro 02, 2015

Videojogos 2014: "Framed" e "This War of Mine"

Este ano não fiz lista dos melhores videojogos, não consegui jogar vários jogos que pretendia, não que tivesse faltado jogo, joguei mais de 30 títulos, mas de 2014 ainda ficaram algumas obras que só poderei experienciar nos próximos tempos, por isso considerei que não fazia muito sentido fazer uma listagem, contudo e a pedido do IGN, escolhi os dois videojogos que joguei e mais me entusiasmaram para o artigo Melhores jogos de 2014 - Escolhas da redação.


Os dois videojogos que enviei ao IGN foram: "Framed" (2014) do estúdio australiano Loveschack e "This War of Mine" (2014) do estúdio polaco 11bitstudios. Ainda não tive tempo de analisar em detalhe nenhum destes para o blog, por isso aproveito para deixar agora algumas linhas sobre os mesmos.

"Framed" (2014) Loveschack, Austrália 

"Framed" (2014) inova completamente na forma, dando uma nova vida ao conceito de banda desenhada digital, introduzindo o jogo como acção necessária à continuidade da narrativa, e entrosando os conceitos como ainda não se tinha conseguido até aqui. Diga-se que é um modelo que serve bem a narrativa detectivesca, e que poderá não funcionar para outros modelos, ainda assim julgo que apresenta muitas ideias interessantes, capazes de prender a nossa atenção, e de ligar a narrativa e jogo de um modo bastante completo. As pranchas seguem uma lógica narrativa, tanto na linearidade das acções ilustradas como nos ritmos de interacção, sendo que temos pranchas exigentes em termos de resolução de puzzle que nos obrigam à contemplação e racionalização, e logo de seguida somos levados através  de pranchas simplificadas que requerem de nós acção rápida que permite avançar a narrativa e assim aprofundar a nossa ligação com a história.

"This War of Mine" (2014) 11bitstudios, Polónia

"This War of Mine" (2014) inova no tratamento da mensagem, sendo um jogo sobre guerra, não se concentra nas acções que os videojogos se habituaram a enaltecer, como os tiros e as explosões, mas antes sobre as pessoas que habitam as zonas em guerra. Tanto Hollywood como a indústria AAA de videojogos construíram uma imagem estereotipada da guerra, na qual têm apenas lugar os soldados, os militares, o seu poder de fogo e as suas vitórias, esquecendo que as guerras acontecem algures, e que nesses lugares existiam pessoas, que tinham vidas, casas, escolas, supermercados. Pessoas para quem a vida sofre um revés de 360º, em que tudo aquilo que tinha valor, porque representava um preenchimento das necessidades pessoais, é relegado e enterrado, para apenas passarem a dedicar-se às necessidades fundamentais de sobrevivência. É um jogo que nos questiona apesar de trabalhar sob um modelo de estratégia que obriga a um jogador mais racional, abrindo espaço à reflexão para nos questionar sobre tudo o que estamos ali a fazer, para quê, obrigando-nos a dar conta da impotência do ser-humano enquanto indivíduo quando apanhado no meio da tragédia, que é a essência de qualquer guerra.

janeiro 01, 2015

Virtual Illusion em 2014

Fui repescar os textos mais vistos e mais discutidos ao longo de 2014 escritos no blog. Este ano em vez de fazer uma listagem dos mais relevantes como em 2013, resolvi dividir os textos por áreas, tendo em conta que abordam questões distintas e por isso acabam por interessar a públicos distintos. Esta é no fundo uma das consequências do trabalho com multidisciplinaridade, todos estes temas fazem sentido para quem trabalha com engajamento e interacção, mas acabam por interessar a públicos mais vastos, com interesses mais focados. Fica a lista e os Votos de um Bom Ano de 2015.


Design de Interacção
1. “Emoções Interactivas", disponível gratuitamente

Educação, Arte e Criatividade
1. Manipulação da democracia, e a praxe da Ciência
2. Damásio fala da Criatividade e do Social
3. Educação e Tecnologia, criação em "multitasking"
4. O que não se diz a propósito da Arte
5. O homem que transformou o papel em píxeis
6. O longo jogo do génio
7. A moralidade da publicidade online
8. Torna-te artista, agora!
9. Porque criámos a Escola, a Arte ou o Entretenimento


Videojogos
1. Videojogos no "Sociedade Civil"
2. indies mais aguardados
3. Preservação de memórias nos videojogos
4. O "regresso" do 2d
5. Estética do Excepcionalismo Americano, "Bioshock Infinite" (parte I)


Animação
1. Quando a animação reflete o país de origem
2. O tempo da animação digital
3. Do estado da animação nacional
4. Recriação de grande quadro em 3D
5. "Feral", da ilustração à animação
6. A condição da amizade numa animação dramática

dezembro 27, 2013

Os melhores textos de 2013

Este ano resolvi fazer uma filtragem dos 15 textos mais vistos em função da sua relevância para mim, em termos de produção de pensamento. Ou seja, mantive a ordem dos mais vistos, mas eliminei os textos que me pareceram menos relevantes. A razão principal é que por vezes certos textos adquirem demasiada visibilidade, não pelo seu valor, mas pelas palavras-chave que os motores de busca “gostam” de indexar. No final podem encontrar também links para todos os criadores que entrevistei este ano aqui.


Deixo-vos estes textos de 2013 com votos de um excelente 2014.

1 - Indústrias criativas num mar de iliteracia, é possível?, Novembro 2013

2 - Porque é inovador, "The Last of Us"?, Setembro 2013

3 - "Eu tornava os jogos obrigatórios", Janeiro 2013

4 - Universidade e emprego, nas áreas criativas, Fevereiro 2013

5 - Criar o próprio emprego, sim ou não?, Junho 2013

6 - "Pensar, depressa e devagar", Maio 2013

7 - A exploração dos criativos digitais, Março, 2013

8 - Criatividade colaborativa contra o bullying, Março 2013

9 - Viés do storytelling contemporâneo, Janeiro 2013

10 - O lado negro da moral, Fevereiro 2013

11 - Do humanismo ao mercantilismo. Arte, desporto e universidades, Junho 2013

12 - Educação e criatividade, Maio 2013

13 - Educação é água, Maio 2013

14 - A felicidade segundo o budista Matthieu Ricard, Março 2013

15 - "Shadow of the Colossus", perfeição do balanceamento de emoções, Abril 2013


Entrevistados em 2013

Bruno Telésforo, artista VFX
Luís Belerique, artista 3d
Luís Oliveira Santos, realizador documentários
Mario Costa, realizador videoclips
Nuno Plati, ilustrador Marvel

dezembro 20, 2013

O que jogámos em 2013

Este ano decidi publicar a minha lista de melhores jogos de 2013 na Eurogamer Portugal. Por isso deixo aqui os links de todos os jogos que joguei, terminei e analisei, e ainda os que estou a jogar. De entre estes escolhi os melhores de 2013, e desse modo o Top 10 Virtual Illusion pode ser visto na Eurogamer.



Videojogos jogados em 2013
[x - insuficiente; xx - a desfrutar; xxx - bom; xxxx - muito bom; xxxxx - obra prima] 

xxxxx Brothers: A Tale of Two Sons (2013)
xxxxx The Last of Us (2013)
xxxxx Gone Home (2013)
xxxxx Papers, Please (2013)
xxxxx The Stanley Parable (2013) [terminado em 2014]
xxxxx Rayman Origins (2011)
xxxxx Red Dead Redemption (2010)
xxxxx Shadow of Colossus (2005)

xxxx Beyond: Two Souls (2013)
xxxx BioShock Infinite (2013)  [terminado em 2014]
xxxx Rayman Legends (2013) [terminado em 2014]
xxxx Rain (2013)
xxxx Luxuria Superbia (2013)
xxxx Proteus (2013)
xxxx Year Walk (2013)
xxxx Tomb Raider (2013)
xxxx Remember Me (2013)
xxxx The Plan (2013)
xxxx Type:Rider (2013)
xxxx The Novelist (2013) (análise brevemente)
xxxx Guacamelee! (2013)
xxxx The Room (2012)
xxxx Catherine (2011)
xxxx Portal 2 (2011)
xxxx Another World: 20th Anniversary (2011)

xxx The Cave (2013)
xxx Bounty Monkey (2013)
xxx Badland (2013)
xxx Disney Infinity (2013)
xxx Fangz (2013)
xxx Fetch (2013)
xxx Stealth Inc: A Clone in the Dark (2013)
xxx Hundreds (2013)
xxx Bad Piggies (2012)
xxx Trine 2 (2011)
xxx Child of Eden (2011)
xxx LittleBigPlanet 2 (2011)

xx The Activision Decathlon (2013)
xx Gravity Forge (2013)
xx Little Inferno (2012)
xx Spec Ops: The Line (2012)
xx The Adventures of Tintin: The Game (2011)


Ainda a jogar...
DEVICE 6 (2013)
Inspector Zé e Robot Palhaço... (2013)
Ridiculous Fishing (2013)


Melhores de 2000 a 2012
Melhores Videojogos 2011
Melhores Videojogos 2012
Melhores da Década 2000-2009

janeiro 11, 2013

mais vendidos, menos criativos

Os 10 jogos mais vendidos nos EUA são todos sequelas, não existe um pingo de risco, inovação ou criatividade nesta tabela. Depois de ainda no ano passado o Short of the Week ter feito uma análise sobre a evolução do fenómeno das sequelas no cinema, podemos ver que o fenómeno extravasou o campo do cinema, e infestou completamente o domínio dos videojogos. Este é um fenómeno que à luz das novas correntes de transmedia merece um estudo em profundidade, com categorias de análise que se foquem sobre o social, o psicológico e o criativo.


Os 10 jogos mais vendidos nos EUA em 2012
  1. Call of Duty: Black Ops II (360, PS3, PC, Wii U)
  2. Madden NFL 13 (360, PS3, Wii, PSV, Wii U)
  3. Halo 4 (360)
  4. Assassin's Creed III (360, PS3, PC, Wii U)
  5. Just Dance 4 (Wii, 360, Wii U, PS3)
  6. NBA 2K13 (360, PS3, Wii, PSP, Wii U, PC)
  7. Borderlands 2 (360, PS3, PC)
  8. Call of Duty: Modern Warfare 3 (360, PS3, Wii, PC)
  9. Lego Batman 2: DC Super Heroes (Wii, 360, NDS, PS3, 3DS, PSV, PC
  10. FIFA Soccer 13 (360, PS3, Wii, PSV, 3DS, Wii U, PSP)
Além da falta de criatividade no campo das sequelas, impressiona a total ausência de diversidade das próprias sequelas. Como é possível ter 5 FPS e 3 jogos de Desporto?! É insano. No caso dos jogos de desporto falamos de jogos que já tiveram mais sequelas do que muitas séries têm de episódios. É um óptimo filão este dos jogos de desporto, que todos os anos sai um novo, mudam-se as camisolas, baralha-se e volta-se a dar.

E depois ainda me perguntam porque a minha lista de Melhores Videojogos de 2012 só tem jogos independentes, bem acho que aqui está a resposta sobre aquilo que a indústria nos tem dado. De tanto quererem ouvir os fãs, de quererem criar uma relação com os consumidores, criaram um ciclo vicioso de produção, sem qualidade, e que só poderá conduzir ao declínio da própria indústria.

[via The Guardian]

janeiro 03, 2013

Melhor 2012: Cinema

Vi poucos filmes produzidos 2012 com qualidade suficiente para fazer um Top 10, nesse sentido resolvi fazer uma lista dos melhores filmes produzidos ou estreados este ano. Aliás as listas de cinema não se costumam fazer pelas datas de produção dos filmes, mas antes pelas datas de estreia. Denoto também o decrescendo de filmes vistos, em 2010 tinha visto 243, em 2011 vi 204, e este ano apenas 158, o que dá menos de um filme por cada dois dias. É pouco, mas o tempo escasseia e a produção é muita, nesse sentido optei por passar a filtrar muito mais aquilo que vejo, não apenas usando o IMDB e o Metacritic mas seguindo blogs como Cinema 2000 ou Bonjour Tristesse e alguns críticos como Roger Ebert e João Lopes. Deixo aqui ainda algumas menções de filmes de anos anteriores que apenas este ano vi e que merecem ser destacados, assim como deixo três das minhas grandes desilusões deste ano.

1 Amour 2012 Michael Haneke França

Oslo, 31. August 2011 Joachim Trier Noruega [IMDB]
Deixou-me profundamente emocionado, apesar de saber que a história não é original e que já tinha até sido explorada por Louis Malle, o filme não me largou durante uns bons dias. Acabei por não fazer a análise do filme porque quis ver primeiro a adaptação de Louis Malle Le Feu Follet (1963) que gostei bastante. Contudo Oslo, 31 August trabalha um personagem ligeiramente mais novo e num ambiente mais natural, fora do isolamento elitista de Malle, ganhando em empatia.

Shame 2011 Steve McQueen UK

Into the Abyss 2011 Werner Herzog EUA

Beasts Of The Southern Wild 2012 Benh Zeitlin EUA

Prometheus 2012 Ridley Scott EUA (ex-aequo)

   Cloud Atlas 2012 Tom Tykwer e Wachowski Bros, Alemanha (ex-aequo)

We Need to Talk About Kevin 2011 Lynne Ramsay UK

8 Once Upon a Time in Anatolia 2011 Nuri Bilge Ceylan Turquia [IMDB]
Uma belíssima e impressionista viagem através de uma Turquia rústica e humilde.

9 Detachment 2011 Tony Kaye EUA Drama [IMDB]
Filme que nos leva através de uma viagem alucinante na vida de um professor temporário que substitui professores temporariamente em escolas complicadas, um filme que nos ajuda a relativizar as nossas vidas.

10 Tabu 2012 Miguel Gomes Portugal [IMDB]
Um filme para cinéfilos pelas analogias que contém. Com uma fotografia e ritmo soberbos, o filme absorve-nos e transporta-nos para uma Africa colonizada em forma de paraíso. Teresa Madruga, Laura Soveral e Ana Moreira são um espanto.

Grandes desilusões de 2012
Holy Motors 2012 Leos Carax França
Cosmopolis 2012 David Cronenberg Canada 
Savages 2012 Oliver Stone EUA

O melhor que vi em 2012 que não pertence a 2012
Separation 2011 Asghar Farhadi Irão
Sangue do meu Sangue 2011 João Canijo Portugal
Incendies 2010 Denis Villeneuve Canada
Silent Souls 2010 Aleksei Fedorchenko Russia
The Secret World of Arrietty 2010 Hiromasa Yonebayashi Japão
About Elly 2009 Asghar Farhadi Irão
The Return 2003 Andrey Zvyagintsev Russia
Seventh Continent 1989 Michael Haneke Austria

Todas as restantes classificações podem ser vistas na minha
listagem pública de filmes vistos.

janeiro 02, 2013

supercut "Cinema 2012"

Depois de Filmography 2012 de Gen Ip, chegou a vez de Cinema 2012 de Kees Van Dijkhuizen. Não consigo deixar de me impressionar com a maturidade de Kees Van Dijkhuizen, que começou esta série de montagens anuais de filmes, aos 15 anos, e resolve agora encerrar a mesma ao fim de 5 anos. Com 19 anos e depois de ter conseguido entrar na escola de cinema como desejava. Não vale a pena dizer muito mais, deixo o texto que ele escreveu sobre esta montagem e em que se despede.

Our last night on earth; what better way to spend it than with Cinema. Avengers assembled, dark knights rose and odds were in our favor in a fantastic year in film. Epic conclusions conquered the box office, but smaller pictures like Beasts of the Southern Wild, Seeking A Friend for the End of the World, Safety Not Guaranteed, The Imposter and Ruby Sparks conquered the hearts of audiences around the world. It seems every story we've heard deserved to be told.

This year was not free of tragedy, however, and it struck close to home. It made me realize the importance of our shared love for cinema; in the darkest of times, it will bring us together. This recap shows the importance of love in difficult times, how we fool ourselves to cope with the pain we cause others and, in the face of the apocalypse, how small we really are.

Cinema is a friend, a teacher, a refuge and a safe place. Here's to that dream.

This fifth episode is also the finale of my Cinema series. It's been a tremendous joy and I've learned so much from your kind words and feedback. This project demanded a lot of time and effort and to see it rewarded so graciously was absolutely mind-blowing. Thank you all for your support these past years, it's meant so much to me.

A lista de todos os filmes e músicas. Entretanto se tiverem vontade de saber mais, podem descobrir como decorreu a inspiração para a montagem e algumas breves descrições conceptuais.

dezembro 31, 2012

Melhor 2012: Mais Vistos e Entrevistas

Passou-se mais um ano e é sempre muito interessante olhar para trás e ver o que se fez, o que se publicou, e procurar compreender ao que é que os leitores deste blog deram mais valor. Analisei os 50 artigos mais visitados, e verifiquei que os três tópicos dominantes são: videojogos, audiovisual e criatividade. Sendo que o audiovisual e videojogos estão praticamente empatados. Por outro lado o tópico da Educação aparece apenas uma vez, mas aparece em primeiro lugar, o que denota duas ideias possíveis: escrevo pouco sobre educação, mas é um tópico que interessa a muitos dos que passam por aqui. Assim deixo aqui em destaque os 21 artigos de 2012 mais vistos neste ano, juntamente com um agradecimento a todos os que por aqui passaram.

Mais Vistos de 2012

01. O Fim da Universidade, ou a simples arrogância tecnológica [Educação]

02. "Estrangeiros", estranhezas do absurdo [Arte/Dança]

03. Minecraft of Thrones, dedicação e talento [Criatividade]

04. "Uncharted 3", incapaz de surpreender [Videojogos]

05. História e tecnologia do primeiro videojogo [Videojogos]

06. "Viagem de Bartolomeu Dias" (1995) [Videojogos]

07. Crioestaminal: da culpa irreversível [Audiovisual/Publicidade/Ciência]

08. "Steve Jobs" de Walter Isaacson, e o seu Manifesto [Livros]

09. "Indie Game: The Movie" é simplesmente inspirador [AV/VJ]

10. Regras da Pixar [Criatividade]

11. Jonah Lehrer forjou citações [Livros/Plágio]

12. "Imagine: How Creativity Works" [Livros]

13. Vídeo, Alemanha e Educação [Audiovisual]

14. Inspiração política para criação de Cartoon-Interactivo [Videojogos]

15. Jogos Flash no iOS (iPhone/iPad) [Tecnologia]

16. Nas ondas de um livro [Audiovisual]

17. Usabilidade do iPad em regime de exclusividade [Tecnologia]

18. Videojogos no MoMA [Videojogos]

19. Artigos "estúpidos" na Sábado?! [Videojogos]

20. "O Talento é Sobrestimado" [Livros]

21. Manikako, a auto-estima na criatividade [Criatividade]

Pelo meio dos 50 artigos mais vistos estão as várias Entrevistas que fui fazendo ao longo de 2012, e que são um outro tipo de artigos que atrai muito interesse além dos videojogos, audiovisual e criatividade. Este ano realizei oito entrevistas com criadores e três sobre artefactos - Toren, Randobot, e Nostalgiqa. De notar que não tenho trazido entrevistas com artistas de videojogos nacionais porque os tenho entrevistado para o livro que estou a acabar de escrever sobre a história dos videojogos em Portugal, e que espero que saia no início de 2013. Ficam aqui os links para todas as entrevistas por ordem alfabética.

Entrevistados em 2012
André Sier - Artista Digital
Artur Leão - Senior VFX Artist
Diogo Valente - Director Criativo
José Alves da Silva - Character Designer 3d
Mário Domingos - Artista 3d
Nuno Caroço - Composite Artist
Pedro Mota Teixeira - Professor de Animação 3d
Rui Louro - Artista 3d


Estatísticas
Foram publicados 332 artigos em 2012, para um número de visitas que ascendeu às 208 000. Sendo que cerca de 30% proveio de Portugal, 30% do Brasil, 20% dos EUA e os restantes 20% de países europeus diversos.

dezembro 27, 2012

Melhor 2012: Videojogos

Aqui ficam os 15 melhores videojogos do ano de 2012. Procurei concentrar-me nos jogos independentes lançados por pequenos estúdios e pequenas equipas*. A lista obedece aos seguintes critérios, por ordem: Inovação no DesignInovação no Storytelling; e Experiência Gerada. Os jogos já analisados no VI possuem ligação para a análise que justifica a sua entrada nesta lista. Os que não foram analisados aqui têm um link para a página do jogo, e um pequeno texto justificativo da sua escolha.

1 - Journey, ThatGameCompany, PS3, EUA

2 - The Unfinished Swan, Giant Sparrow, PS3, EUA

3 - The Walking Dead, TellTale Games, Multi, EUA

4 - Dear Esther, TheChineseRoom, PC+Mac, Inglaterra

5 - Thomas Was Alone, Mike Bithell, PC+Mac, Inglaterra

6 - FEZ, Polytron, Xbox Live, Canada [Link]
Um conceito simples mas capaz de inovar um dos designs de jogo mais explorados, a plataforma. Além de inovador, o jogo exerce um excelente desafio cognitivo sobre os jogadores, recompensando-os com uma estética carregada de detalhe e ternura.

7 - Papo & Yo, Minority, PS3, Canada [Link]
Apesar do design não ser surpreendente, traz para a cultura dos jogos um tema complexo e bastante difícil de transformar em jogo. Nesse sentido é um jogo que não pode ser apenas analisado pelo gameplay, mas deve ser experienciado com especial atenção às analogias temáticas que são muito bem suportadas esteticamente.

8 - PID, Might & Delight, Multi, Suécia [Link]
No meio de tanta beleza que saiu em 2012 será difícil escolher apenas um jogo, mas PID destaca-se, e poderia muito bem levar o prémio da melhor Arte Visual do ano. Tanto o design do ambiente como a animação são uma delícia que de tão gratificantes que são, conseguem tornar o elevado grau de dificuldade do jogo num elemento ainda mais apaixonante.

9 - Super Hexagon, Terry Cavanagh, iOS, Irlanda

10 - Connections, mindfulXp, Flash, EUA [Free]
Um simples jogo indie como Connections (2012) pode ser configurado para nos ajudar a perceber melhor a construção das relações em sociedade, as conexões, e assim servir na construção de conhecimento no campo das ciências sociais. É todo um mundo novo que espera esta linguagem, que ainda tem muito para dar a toda a sociedade. [Texto escrito para a Eurogamer]

11 - Dys4ia, Anna Anthropy, Flash, EUA [Free]

12 - Unmanned, Molleindustria, Flash, EUA [Free]

13 - Puwang, David Amador, iOS, Portugal

14 - Midas, Wanderlands, Flash, Austrália, [Free]
Midas apresenta um puzzle inovador e inteligente. Com um conceito simples, e com um tema de fundo que justifica plenamente as ações, envolve-nos e desafia-nos a encontrar as soluções nível após nível. Este é o segundo puzzle desta equipa que já em 2011 nos tinha trazido o não menos brilhante Impasse.

15 - Of Species, Matthew DiVito, Flash, EUA [Free]


Menções honrosas
A Slower Speed of Light, Unity, (2012)
Fog and Thunder, Flash, (2012)
Incredipede, Flash, (2012)
. January, Flash, (2012)
Souvenir, Unity, (2012)

* Porquê apenas jogos indie? 
Porque jogo poucos jogos AAA; porque esses já têm imenso quem fale deles; e porque acredito que aqui temos mais inovação do que nos AAA. Quando fiz a lista dos Melhores Jogos de 2011, ainda fiz questão de frisar que era uma lista apenas dos melhores independentes. Este ano simplesmente retirei essa referência, porque esta é a lista dos melhores jogos de 2012 que eu joguei, nada mais.