If It's Purple, Someone's Gonna Die é um livro de organização simples, que se divide em apenas 6 grandes capítulos, cada um dedicado a uma cor - Vermelho, Amarelo, Azul, Laranja, Verde e Púrpura. O livro é muito interessante e bem fundamentado. Bellantoni não se limita a simbolismos, mas conecta a cultura com a biologia. Nesse sentido, muito do que é aqui dito está em total sintonia com os estudos que tenho realizado ao longo dos últimos anos no campo da neurociência da emoção. Cada cor tem uma leitura simbólica, mas que é dada em função da sua acção sobre a nossa percepção, sobre o modo como nos estimula, na maior parte das vezes de forma inconsciente e automática. Existe aqui a assunção de que a ligação entre a cor e a emoção é natural, e isso fica bem patente nesta passagem do livro,
"How do you develop this facility with color?... First and most importantly, you select your left-brain and click “Quit.” You have to relinquish control of your thinking self and give it over to what you are seeing. This is not easy in a culture that prides itself on hard-nosed reason and in which our softer perceptual skills are often dismissed. Most of us love to analyze films and love to talk about what we analyze. Indeed, we are often so busy analyzing the plot points that we are unaware of how we are being affected by what we see. We’ve evolved into a generation of talkers with lazy vision. We “watch” but we don’t see. And we miss out on an experience that enriches our emotional core."O livro está carregado de exemplos de cenas e sequências de filmes que vão ilustrando cada uma das ideias da autora, pena que o livro seja parco em imagens para relatar visualmente tudo o que se vai discutindo. Sobre as análise realizadas ao longo do livro podem ver pequenos resumos que realizei numa comunicação "Compositing and Graphics" (slide 29 a 35). Apesar de tudo isto, resta sempre a questão - será que os artistas planeiam mesmo o uso das cores? Aqui fica a resposta,
"At my seminars in Visual Storytelling, the first question often asked is, “Is all this really planned?” The answer is not a simple yes or no. Color may play a role in weeks of planning in preproduction. Sometimes, however, plans are supplanted by gut decisions forwhich a color simply “feels right” on the spot...Color-flows that track the emotional arcs of a story are appearing on walls of studio art departments [sobre isto deem uma vista de olhos no texto Animação da cor no 9/11]. More and more, colors are being digitally altered in order to emotionally emphasize a scene. So, yes, it is often planned, not just on the set but also in both preproduction and postproduction."
Hero (2002) de Yimou Zhang
Primeira edição, 2005. Edição analisada, 2012. 288 páginas. Editora Focal Press.
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