“You are on a quest to find something to fill the dark void inside”*
Começando pela estética que é brilhante, os espaços são desenhados com base em matrizes de simples quadrados com variantes de cores bem seleccionadas na complementaridade e adjacência. Mas o toque que faz todo o ambiente brilhar é o facto destes simples quadrados conterem todos um ligeiro movimento que acaba por construir uma ideia de espaço feito com post-its. Os espaços do labirinto parecem assim pairar sobre um universo imaginário. Em certa medida e seguindo o objectivo do jogo delineado pelo autor [*] o espaço flutuante sugere a fragilidade dos nossos seres, dos nossos sonhos, e o jogo é apenas uma forma de preencher os vazios dessas nossas fragilidades.
No campo das mecânicas é uma delícia ver um pequeno personagem tão delicado, não armado, obrigado a fazer uso da combinação de acções para conseguir atingir os seus objectivos. Para podermos passar através das várias bombas que nos observam e nos perseguem e das caveiras que nos atingem com raios, temos apenas três objectos sobre os quais podemos agir: o sonar, a luz e o chão. No caso do sonar limita-se a afastar temporariamente as bombas, o apagar da luz permite-nos navegar em modo stealth com a dificuldade de não conseguirmos ver tudo o que procuramos, e finalmente o chão permite-nos criar um quadrado seguro onde nos podemos refugiar. Para poder evoluir no jogo será preciso dominar e usar as três possibilidades de forma conjunta.
Julgo que o jogo está bem conseguido em termos de graus de dificuldade, embora sugerisse a criação de diferentes perfis de dificuldade, para poder cativar mais facilmente as pessoas a entrar no jogo. Podem jogar no site do criador ou no Kongregate.
[Via Jay is Games e Edge Online]
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