Este mês a revista francesa, Musiques et Cultures Digitales, publica no seu nº62 uma análise do estado dos Laboratórios de Media ou Media Labs na Europa. São cerca de 40 os laboratórios investigados, dos quais dois são portugueses: engageLab (Guimarães) e Audiência Zero (Porto).
O engageLab é um laboratório da Universidade do Minho dirigido por mim e pelo meu colega Pedro Branco, um laboratório que se dedica a acolher projetos que vão desde o campo do entretenimento interactivo até às instalações artísticas multimédia, muito dirigido aos alunos do nosso Mestrado em Tecnologia e Artes Digitais (MTAD) e aos que deverão entrar este ano para o novo Mestrado em Media Interactivos (MMI).
O Audiência Zero é uma associação cultural do Porto criada por pessoas com espírito criativo e bastante empreendedor. Entretanto dado o sucesso da iniciativa do Porto, foram constituídos mais dois laboratórios da AZ em Coimbra e em Lisboa. Alguns dos fundadores da AZ são alunos do MTAD, o que facilita o entendimento entre estes dois laboratórios estando em preparação uma acção conjunta entre os dois labs para a capital da cultura Guimarães 2012.
Aconselho vivamente a leitura deste número que abre portas à discussão sobre muitas das ideias que pairam no ar em tempos de crise, que aceleram as necessidades de inovação, avanço criativo e científico. Poderão ver que o que está hoje em causa nestes laboratórios não é mais aquela ideia romântica do cientista fechado num laboratório fazendo uso de maquinarias muito caras. Mas o que interessa é acima de tudo a criatividade, a partilha, a participação, a criação, e a inovação. O caminho é fazer uso de materiais e tecnologias low-cost, fazer convergir ideias e abordagens diferentes, se possível até opostas, para conseguir inovar o mais possível apenas através da via do investimento em massa cinzenta.
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