Nothing but the Thruth (2008)
No primeiro discute-se o princípio sagrado do jornalismo, a não revelação da fonte até às últimas consequências, já no segundo toca-se no âmago da ilegalidade da emigração para os EUA. Ambos se apresentam com a pretensão de desflorar os personagens na sua essência cognitiva e emotiva e é por essa mesma razão que ambos falham. Não basta tencionar mostrar o interior psíquico de um personagem é preciso saber e consegui-lo. Porque a opção era boa, com um tema forte e um abordagem interessante, ficou a faltar a mestria para guiar o enredo, dirigir os actores e caracterizar a atmosfera.
Crossing Over (2009)
Em Nothing But The Truth raramente conseguimos a profundidade de um ideal, capaz de levar ao aprisionamento de alguém por mais de um ano. O filme concentra-se na face externa dos efeitos esquecendo-se de plasmar o interior do personagem na tela.Em Crossing Over o recurso à técnica dos múltiplos personagens com múltiplos enredos, à lá Magnolia (1999) ou Crash (2004) fica-se por isso mesmo, pela técnica. Muito longe dos exemplos dados, não consegue atar as pontas dos enredos e menos ainda consegue dimensionar os personagens à altura do entrosamento necessário numa narrativa desta complexidade.
A maior parte dos filmes americanos com grandes estrelas tem medo de levar as coisas mais longe. Lá pelo meio vão surgindo uns fantásticos como é normal, mas as grandes apostas são sempre com algum tipo de segurança para ter a certeza que os estúdios não se metem em problemas o que agrada a muita gente que simplesmente quer ir ao cinema entreter-se.
ResponderEliminarolá Filipe
ResponderEliminarobrigado pelo comentário com o qual concordo inteiramente
abraço