setembro 26, 2012

Illustração e método de Pascal Campion

Pascal Campion é um ilustrador francês a viver e trabalhar nos EUA. Já trabalhou para Dreamworks, Disney TV, Cartoon Network, Nickelodeon, PBS entre outros. A beleza do seu trabalho está na constância do uso de cores alegres, quentes e brilhantes, no domínio da luz e no traço suave e fino.


Para se compreender o trabalho de Campion a Onyx realizou um pequeno documental sobre o artista que se pode ver abaixo. O documentário é muito inspirador porque Campion emana amor pelo que faz, e claramente seduz as pessoas a enveredar pela área. Ao longo dos sete minutos fala-nos das usas inspirações, do desenho como um super-poder, e dos seus efeitos de dopping.

Campion inicia os esboços no Flash e não no Illustrator

Da visita ao seu site fiquei deveras impressionado com o número descomunal de trabalhos ali apresentados, são para cima de 500, todos de grande qualidade. Entretanto visitando o seu blog percebo que faz disto uma tradição, o Sketch of the Day, e assim ao longo dos últimos 6 anos produziu e publicou no blog mais de 1000 esboços. Isto não é mera paixão, é uma necessidade intrínseca de comunicar, de expressar ideias, e a sua forma natural de o fazer acabou por se transformar em esboço.





Como Campion nos diz,
Art and talent is not a gift from god. I don't subscribe at all at all to this point of view. The art of drawing is purely mechanical. The more you practice, the better you get. There's no secret involved, no formulas, no crutch. If you want to become an artist...DRAW! Don't look for formulas and shortcuts.

Inspirational Artists: Pascal Campion (2011) criado por Onyx Cinema

[via The Concept Blog]

setembro 25, 2012

Perigos do Facebook: dados, perfis e controlo

O estudante de direito austríaco, Max Schrems, apresentou 22 queixas contra o Facebook. Após muita insistência, Max Schrems conseguiu um CD com toda a informação colectada durante os três anos em que fez parte da rede, quando impresso, o conteúdo do CD formava uma pilha de 1200 páginas.


Todos os dados - mensagens, estados, comentários, toda a informação submetida, todas as alterações realizadas, assim como as datas dessas alterações, etc. - eram classificados em 57 categorias que possibilitam facilmente o cruzamento de dados, e assim descobrir qualquer informação que se pretenda sobre a vida pessoal, profissional, religiosa ou política de qualquer utilizador do Facebook. Além desse material, todas as mensagens, fotos e outros arquivos que ele tinha apagado continuavam armazenados nos servidores do Facebook. Quando questionado sobre isto, o Facebook afirmou que apenas "removia da página" e não que "apagava".


Isso significa tão somente, que tudo aquilo que for escrito no Facebook, jamais será apagado. Até as alterações de ideias no tempo ali ficarão registadas. O grande perigo de tudo isto não é, de todo, a venda de dados para efeitos comerciais, mas é muito mais profundo que isso porque significa que se algum dia algum governo quiser impor um regime ditatorial num país, não precisará sequer de criar uma PIDE. Através desta mina de informação será possível estabelecer todos os perfis dos cidadãos de um país. Escolher aqueles que devem ser arredados e eliminados logo à partida, chantagear e pressionar os outros, e simplesmente regular os menos incómodos.


É insustentável tudo isto. E se ontem aqui falava a propósito do meu desinteresse com as memórias digitais, hoje peço que esse desinteresse seja a norma, e que aquilo que eu disser num registo digital de conversação assuma exatamente o mesmo registo daquilo que eu digo numa conversação oral, não dure mais do que o estritamente necessário. Este assunto explodiu no ano passado e a Comissão Europeia já começou a tentar regular tudo isto, mas a verdade é que do meu uso do Facebook acredito que nada mudou ainda. E a reposta dada esta semana a um dos processos em curso pela Comissão de Dados da Irlanda é esclarecedora quanto ao poder do Facebook.

 

Os objectivos dos 22 processos movidos por Max Schrems, no âmbito do Europe-v-Facebook.org, passam por:

Transparency. It is almost impossible for the user to really know what happens to his or her personal data when using facebook. For example “removed” content is not really deleted by facebook and it is often unclear what facebook exactly does with our data. Users have to deal with vague and contradictory privacy policies and cannot fully estimate the consequences of using facebook.
A company that constantly asks its costumers to be as transparent as possible should be equally transparent when it comes to the use of its costumers personal data. [Request a full copy of all your personal data, “request your data!”].

Opt-in instead of Opt-out. Facebook often claims that all users have consented to the use of their personal data. But in reality facebook users know that facebook is more of an “opt-out”-system: If you do not change all the preset privacy settings most personal data will be visible without restrictions. Users that do not want this have to struggle with endless buttons and settings. This oftentimes means that the more privacy a user wants, the more clicks and the more care for every detail is necessary. Older or inexperienced users may not even be able to do so. New functionalities are activated automatically without proper information of the users.

Decide yourself. There are people that do not want to share too much information online. But facebook found a way to get their personal data too: Facebook is encouraging other users to deliver their data. Examples of this practice is the possibility of synchronizing mobile phones, importing e-mail addresses or by “tagging” other users in photos, videos or even at certain locations.
By allowing this, facebook is ignoring another principle of European data protection law: Only the individual user can consent to the use of his or her data. It is not sufficient that some other user think that they can tag you in an embarrassing picture or send other people’s e-mails to facebook. Other social networks have solved this problem and do not process the data until the individual user has agreed to the use of the specific data.

Data Minimization. Have you ever looked at your facebook wall all the way to the end? How much information have you collected that is useless (to you)?
Facebook offers no sufficient way of deleting old junk data. Every inconsiderate comment, every invitation to an event (e.g. a demonstration) and every “like” is recorded for an indefinite amount of time.

Open Social Networks. Today Facebook is a monopoly. Because Facebook drained the users from all other networks there is no realistic choice to chose an other provider. The failed Google+ experiment shows that not even Google was able to provide for an alternative in the market. This is typical for a “closed system”: Like a black hole Facebook managed to get more and more users until there was a point where everyone had to join because all of their friends moved to Facebook.

Uma outra reportagem em inglês da EuroNews.

setembro 24, 2012

The Renter (2011)

O vencedor do Grande Prémio Cinanima 2011 acaba de ser colocado online. The Renter (2011) foi criado pelo americano Jason Carpenter, tendo iniciado a sua produção quando ainda andava na CalArts, apenas o terminaria um par de anos depois do curso. Carpenter diz-nos que a história permaneceu, porque é baseada na sua infância, ainda que exagerada aqui e ali, o universo criado faz parte das suas memórias.


Em termos expressivos o trabalho explora de forma inovadora a animação de pintura, do borrão de tinta, do ruído visual tudo dentro de uma enorme coerência visual. Ao ver o filme pela primeira vez, pensei que existia ali muita arte tradicional, muito papel riscado, mas algumas coisas pareciam demasiado vectorizadas para o ser. Na verdade Carpenter diz que optou por utilizar apenas ferramentas digitais, queria explorar e ver o que elas lhe conseguiam dar. Usou o extensivamente Photoshop para trabalhar as texturas e o Flash para animar, e isso nota-se mas nem por isso como um mau efeito antes servem para demonstrar que o que conta é a identidade visual que se procura, e não a ferramenta que se usa.




Based on a true story, it follows a young boy, who discovers that daycare can be a harsh and confusing world, where caring is shown in unexpected ways. ​

The Renter (2011) de Jason Carpenter

[Via Short of the Week]

sufocado pela perda

Grounded é uma curta experimental de ficção científica, criada por Kevin Margo director de VFX na Blur. O experimentalismo ocorre ao nível da narrativa que busca expressar sentimentos de Kevin Margo em relação ao seu falecido pai, e para isso utiliza efeitos de recorrência narrativa criando realidades paralelas para dar corpo à sua história. A introspecção é expressa num registo minimal jogando com o espectador, obrigando-o a uma atenção redobrada em busca de pistas que o possam ajudar no processo de inferição de sentidos.


Em termos de mensagem Grounded é uma obra muito interessante porque apesar de todo o aparato CGI envolve-nos em sentimentos pessoais e íntimos. Temos aqui o autor a socorrer-se do meio que melhor domina para exorcizar as suas culpas, medos, e desejos. Como diz Jason Sondhi do Short of the Week, é um trabalho CGI que ao contrário da corrente atual não se limita a ser um espectáculo visual, tem algo para nos dizer, algo profundamente humano.



No campo formal a beleza e perfeição das atmosferas conseguidas exigem anos de experimentação ao nível da direcção de arte visual assim como na criação de efeitos visuais. Para se entrar pela técnica adentro aconselho verem os VFX Breakdowns (aqui abaixo) depois de verem o filme. Por mais que veja estes breakdowns nunca me canso, porque são a prova de que os sistemas de produção se alteraram drasticamente, e hoje fazer um filme não se mede mais pelo número de pessoas que temos nem pelo dinheiro que conseguimos angariar, mas mede-se apenas e só pelo talento e empenho dos criadores.

Grounded (2011) de Kevin Margo

One astronaut's journey through space and life ends on a hostile exosolar planet. Grounded is a metaphorical account of the experience, inviting unique interpretation and reflection by the viewer. Themes of aging, inheritance, paternal approval, cyclic trajectories, and behaviors passed on through generations are explored against an ethereal backdrop.

VFX Breakdowns

Para chegar a este resultado final Kevin Margo utilizou uma 5D II para as cenas base, e uma 7D para criar cenas a 60fps, com três lentes - 24, 50 e 135. A montagem foi feita com o Vegas, e o tracking com PFtrack. Para o desenvolvimento 3D, usou o Zbrush, Vray e o 3ds Max. Na composição final de tudo trabalhou com o Fusion e o AE/MagicBullet para a gradação de cor.

memórias perdidas

Curta inspiradora sobre as memórias digitais, sobre as transformações na sociedade que todo este poder de registo externo tem vindo a operar, e ao mesmo tempo sobre toda a sua efemeridade e desconexão da realidade humana. Lost Memories (2012) é um filme de Francois Ferracci que tem trabalhado como director de arte e de VFX.


Um casal que tira fotografias num lugar turístico, e que em vez de aproveitar o momento, se perde no meio do processo de registo desse momento. O contraste entre o digital e o analógico tão bem explorado por via do casal que eleva a discussão para o patamar daquilo que faz de nós seres humanos. São as experiências que criam a nossa identidade, e não os registos dessas experiências. Este é um vídeo que vem totalmente de encontro a um texto que escrevi para a Eurogamer sobre a Posse e a Experiência.


De tudo, a única coisa que realmente importa são as relações humanas e não os espólios exibicionistas e narcisistas. O momento em que a Polaroid regista aquela imagem esclarece tudo isso, não queremos ser apenas uma imagem, continuamos a ser feitos de emoções e momentos.



Fica aqui o link para o breakdown dos VFX.

setembro 23, 2012

Monsterbox, 3d com muita cor

Mais um filme da escola de Bellecour (Lyon, França) da licenciatura em Infografia 3d. Depois de na semana passada ter aqui trazido Destiny do mestrado em 3d e Entretenimento, agora é a vez de Monsterbox de Ludo Gavillet, Lucas Hudson, Colin Jean-Saunier et Dérya Kocaurlu. Uma escola a continuar a seguir.



O que me impressionou mais foi a cor, de tão brilhante quase fluorescente, de uma diversidade enorme, e com excelentes contrastes. Claramente nos atira para as sequências iniciais em Sunnyside no filme Toy Story 3 da Pixar. A história não é original, um dos monstros até é demasiado parecido com Stitch, ainda assim o final está muito bem conseguido e consegue surpreender.



Vale a pena dar uma vista de olhos no making of depois de ver o filme.

Prometheus, a arte da forma

Não vi quando saiu, mas desde então tenho lido muitos comentários ao filme, muitos negativos, e isso foi bom, porque me baixou imensamente as expectativas, contribuindo provavelmente para o facto de eu ter sentido o filme como uma obra poderosa. Um filme é muito mais do que aquilo que diz, para mim é a forma como o diz que mais interessa.


Prometheus serve-nos uma atmosfera que em nada fica a dever a Alien (1979), cruza uns rasgos musculados de Aliens (1986) mas pouco. O filme suga-nos para o seu interior, e por duas horas sentimos aquele espaço como real, existente e consequente. Isto era o forte da série, e continua a ser aqui. Esteticamente assistimos a um ambiente que mescla muito bem cenários e mecânicas barrocas que nos atiram para o nosso passado, trabalhados num tom grotesco, com cenários de um futuro tecnologicamente avançado. O cruzamento funciona ainda entre o puramente orgânico e o puramente artificial, criando uma mistura que nos deixa pouco à vontade, e cria a estranheza em nós para que o thriller não se sinta forçado, mas antes faça parte do ambiente de modo natural. Já não é apenas HR Giger que temos aqui, porque o grotesco foi minorado, no sentido em que as criaturas são agora totalmente antropomórficas (não todas), criando familiaridade e proximidade afastando-nos do puro grotesco. Mas o seu sentido atmosférico continua aqui a imperar nomeadamente na tendência para um monocromático de tons azulados.


A essência narrativa do filme está na ausência de respostas para as questões levantadas, nomeadamente o graal, tantas vezes buscado. Ainda que aqui a semi-resposta tenha procurado fundir o esoterismo com alguma cientificidade. Diria mesmo que nesta primeira parte Prometheus nos lança numa espécie de ideal semi-criacionista. Semi porque não está de acordo com as datas nem com a identidade do criador definido por esse movimento. Aliás talvez mesmo para fugir a essa ligação, os "criadores" sejam aqui apelidados de Engenheiros. Ainda assim a tese é um tanto ridícula no sentido em que a hipótese apresenta o planeta Terra plenamente desenvolvido, com toda a atmosfera necessária à existência de vida já estabelecida, e no entanto incapaz de dar origem à vida, o que não faz qualquer sentido numa perspectiva evolucionária. Ou seja, aqui advoga-se que teria sido necessário o aparecimento de uma estrutura (DNA) vinda de fora do planeta para acender a centelha da vida.


Não sei como se confirmará tudo isto numa segunda parte, já que se entre-abre a discussão sobre quem criou os engenheiros, atirando-nos para o mito de Prometeu. O filme foi claramente feito a pensar numa segunda parte, e sem ela fica tudo em aberto. É mais do que jogar no minimalismo, ficam mesmo muitas pontas soltas que só poderão ser fechadas numa segunda parte. Não é contudo por não acreditar nesta ideia criacionista a partir do exterior que desdenho o filme, se não teria de o fazer em muitos outros ângulos, trata-se de um filme ficcional, estamos no reino do mito, e o filme nada perde com isso.







setembro 22, 2012

OffBook #28: "The Art of Web Design"

O episódio desta semana na OffBook é sobre The Art of Web Design. Pequena revisão histórica sobre a evolução do design na web, desde o HTML, CSS e Flash passando pelas discussões sobre forma ou conteúdo, até aos fundamentos da experiência do utilizador.



Uma das questões mais interessantes levantadas pelo documentário está relacionada com as plataformas móveis que vieram alterar profundamente o desenho em função do utilizador e do contexto. Não é possível saber se um site vai ser visto: rodeado de milhares de pessoas num concerto num ecrã diminuto; na intimidade de um quarto num tablet; ou num escritório num ecrã de 27'. É preciso desenhar experiências visuais que sejam adaptáveis, moldáveis e fluídas. Se esse desafio já me preocupava quando tínhamos três ou quatro resoluções de ecrã e dois browsers nos anos 1990, nos dias de hoje tudo isto se multiplicou e complexificou enormente.


"The explosion of the internet over the past 20 years has led to the development of one of the newest creative mediums: the website."

Lista do Plano Nacional de Cinema

Está feita a selecção dos primeiros 36 filmes da melhor iniciativa realizada na Educação portuguesa nos últimos anos. A selecção foi feita por Graça Lobo, ex-dirigente do Cineclube de Faro e responsável pelo inovador programa nacional, Juventude Cinema Escola, que aqui serviu de modelo.

A Suspeita (1999) de José Miguel Ribeiro

Sobre a lista em si, são 36 filmes dos quais exatamente 50% (18) são portugueses. Temos 9 animações, 6 portuguesas. Tim Burton aparece listado três vezes, embora O Estranho Mundo de Jack não seja seu (foi realizado por Henry Selick, mas a estética é do Tim Burton), ainda assim é claramente excessivo. Numa lista de 36 filmes assume demasiada predominância uma estética em particular. Tematicamente compreendo a escolha, mas julgo que pelo menos um destes podia ter sido trocado por O Meu Vizinho Totoro ou Princesa Mononoke de Miyazaki.

História Trágica com Final Feliz (2005) de Regina Pessoa

Sobre os filmes em si, a lista denota uma clara preocupação com a mensagem social, definida no âmbito da formação dos jovens, pois falamos de públicos com idades entre os 10 e os 18 anos. Nesse sentido percebem-se as faltas no campo da história e estética da arte cinematográfica, desde Eisenstein a Tarkovski, de Murnau a Dreyer, passando por Welles e Kubrick, ou ao nível nacional João César Monteiro ou Pedro Costa. O cinema português fica ainda assim muito bem representado, e o que eu espero verdadeiramente, é que este programa sirva para fomentar a discussão em torno da arte, que ajude a desconstruir o poder expressivo, e a compreender o seu potencial. Não para criar novos públicos, embora também, mas acima de tudo para criar potenciais novos criadores.

O Garoto de Charlot (1921) de Charles Chaplin

Segundo ciclo do ensino básico
"Estória do gato e da lua" (1995), Pedro Serrazina (curta-metragem CM).
"O estranho mundo de Jack" (1993), Tim Burton (longa-metragem LM).
"A bola" (2001), Orlando Mesquita Lima (CM).
"Com quase nada" (2000), Margarida Cardoso e Carlos Barroco (LM).
"Aniki-Bobó" (1942), Manoel de Oliveira (LM).
"As coisas lá de casa" (2003), José Miguel Ribeiro (CM).
"O garoto de Charlot" (1921), Charles Chaplin (LM).
"ET, o extraterrestre" (1982), Steven Spielberg (LM).
"Diz-me onde fica a casa do meu amigo" (1987), Abbas Kiarostami (LM).

Terceiro ciclo do ensino básico
"História trágica com final feliz" (2005), Regina Pessoa (CM).
"A noiva cadáver", Tim Burton (2005) (LM).
"Saída do pessoal operário da camisaria confiança" (1896), A. Paz dos Reis (CM).
"A invenção de Hugo" (2011), Martin Scorsese (LM).
"Serenata à chuva" (1952), Stanley Donen (LM).
"Shane" (1953), George Stevens (LM).
"Adeus, pai" (1996), Luís Filipe Rocha (1996) (LM).
"Eduardo mãos de tesoura" (1990), Tim Burton (LM).
"Romeu + Julieta" (1996), Laz Luhrman (LM).
"A suspeita" (1999), José Miguel Ribeiro (CM).
"O Barão" (2011), Edgar Pêra (LM).
"Um outro país" (1999), Sérgo Tréfaut (LM).

Ensino Secundário
"Persépolis" (2004), Marjane Satrapi e Vicent Paronnaud (LM).
"A noite" (1999), Regina Pessoa (CM).
"Douro, faina fluvial" (1931), Manoel de Oliveira (CM).
"Jaime" (1974), António Reis (CM).
"Rafa" (2012), João Salaviza (CM).
"Cidade das luzes" (1931), Charles Chaplin (LM).
"Os 400 golpes" (1959), François Truffaut (LM).
"Senhor X" (2010), Gonçalo Galvão Teles (LM).
"A esquiva" (2004), Abdelatif Kechiche (LM).
"Belarmino" (1964), Fernando Lopes (LM).
"Fado lusitano" (1995), Abi Feijó(CM).
"Os respigadores e a respigadora" (2000), Agns Varda (LM).
"Viagem à Lua" (1902), Georges Mélis (CM).
"O estranho caso de Angélica" (2010), Manoel de Oliveira (LM).
"Os salteadores" (1993), Abi Feijó (CM).
"A cortina rasgada" (1966), Alfred Hitchcock (LM).

a inevitabilidade do destino

Destiny é uma animação sobre o tema das viagens no tempo, dos mundos possíveis e das múltiplas realidades. Socorre-se destes temas para nos apresentar a inevitabilidade do destino.



Destiny é mais um filme brilhante de estudantes - Fabien Weibel, Sandrine Wurster, Victor Debatisse e Manuel Alligné - de animação 3D da Escola Bellecour que agora chega à rede. Em termos técnicos podemos dizer que é quase perfeito, desde o desenho dos personagens e cenários ao ritmo tão bem delineado pela montagem, iluminação e música. Mas é a narrativa o seu melhor, porque apesar de tratar um tema já muitas vezes explorado na ficção científica, consegue ainda assim prender-nos, e surpreender-nos.



[via Short of the Week]