No vídeo podemos ver como o processamento visual das imagens na mesma frequência do movimento, permite aceder movimentos completamente distintos, incluindo alterações de direção de movimento. Claro que quem trabalha no audiovisual já viu isto, basta pensarem na última vez que filmaram uma roda de bicicleta ou de um carro, ou quando filmamos plataformas giratórias como as dos parques infantis. Mas ver o efeito na água é não só mais instigante como nos permite compreender muito melhor o que está a acontecer com o nosso cérebro quando ele está a processar o movimento que recriamos por meio dos 12 ou 24 frames. A percepção capta as imagens e a cognição interpreta as mesmas, quando os objetos mudam de lugar, a cognição cria uma história mental que explica que estão em movimento e que esse movimento decorre numa determinada direção. Por isso, se na percepção ocorrer alguma variação incoerente pode acontecer que o nosso cérebro comece a ver movimentos contrários aos que estão verdadeiramente a acontecer.
"Inside the Science Behind This Crazy Water-Based Illusion" (2019) da Wired
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