setembro 13, 2010

o mais crível Robin Hood

Robin Hood (2010) de Ridley Scott é, sem grandes dúvidas, o melhor Robin Hood de sempre. Mais uma vez em contra-ciclo com alguns críticos acredito que este trabalho veio elevar a imagem da lenda conferindo-lhe, se é que isso é se pode dizer, credibilidade. Para quem já visitou Nottingham sabe que a sua única preciosidade turística é Robin Hood, e por isso julgo que faz ainda mais sentido que o personagem seja estudado e apresentado como alguém que verdadeiramente existiu e não como um mero herói em collants que roubava aos ricos para dar aos pobres.


Robin Hood é um filme de autor, em poucos minutos se pode identificar o estilo de Ridley Scott, a sua rigidez com todos os aspectos de composição e cinematografia são por demais evidentes. O trabalho de Crown não é menor e carrega em grande parte o peso de ter conseguido elevar o personagem muito para além de um peso-médio como Kevin Costner ou de um joker como Errol Flynn.

A acrescentar ao magnífico trabalho levado a cabo por Ridley Scott temos um não menos magnífico genérico final criado pela Prologue. Não que não me comece a irritar que os genéricos estejam claramente a ser delegados para o final do filme. O objectivo é simples entrar o mais rapidamente no filme para não perder o espectador. Mas se este não estiver interessado no genérico estará verdadeiramente interessado no filme!

É um genérico feito com efeitos gráficos sobre ilustrações a óleo, o que já por si lhes aplica um charme engajador. Por outro lado as cores escolhidas para o genérico apesar de complementares são um risco forte, mas quem não arrisca não consegue ficar na memória das pessoas.



Para mais detalhe sobre a criação deste genérico veja-se a entrevista com o director criativo do mesmo pela Motionographer.

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