Apesar de não antever uma necessidade no futuro imediato deste suporte, dentro do médio prazo a Microsoft terá de se render ao Blu-ray da PS3 uma vez que este será o único formato HD disponível. Isso será duro de encarar numa guerra que se joga a todos os níveis. Já na guerra PS3 e Wii muito se começou por dizer que a PS3 era só mais do mesmo, muita potência de cálculo sem interesse. As pessoas queriam algo para além do realismo e isso a Wii conseguia dar. É pena que o entusiasmo tenha durado tão pouco, como alguns de nós esperavam. No quadro comparativo das médias obtidas nas reviews de jogos pode ver-se a Wii a um nível bastante abaixo das suas congéneres. Existe mesmo quem já diga que o potencial da consola estará a ser melhor explorado por estudantes universitários do que pela própria Nintendo.
fonte Next Generation
E como na guerra de consolas o que está em causa e sempre esteve são os jogos acima das propriedades da consola em si, a consola funciona como mero portal de acesso ao mundo ficcional do jogo, este é assim mais um apontamento que não poderemos ignorar nesta guerra.À esquerda a capa de Março, 2007 com a PS3 vítima de um tomate. À direita a capa de Março, 2008 com a PS3 elevada à condição de rainha das consolas.
Sobre este assunto julgo que a análise das capas da EGM, a do lançamento da PS3 em Março, 2007 e a de Março, 2008 poderá trazer mais alguma luz sobre os momentos que se vivem no mercado de consolas. Aliás o editorial de Março, 2008 assume declaradamente um mea culpa pela capa de há um ano atrás.
Só para finalizar e voltando ao HD, a ter em conta que mesmo o Blu-ray terá dificuldades em superar o estatuto do DVD. Não só pela existência de imensos conteúdos em DVD que dificilmente verão um novo investimento ser realizado apenas com vista a transcrição para Blu-ray (muito do cinema do ínício do século XX, cinema independente ou o world cinema que não tem grandes vendas) mas também pela evolução do mercado de conteúdos on-line. Se para alguns, como eu, o futuro passa pela grande Biblioteca Digital Mundial onde todos os conteúdos (jogos, livros, música, cinema, televisão, rádio...) se concentrarão e aos quais poderei aceder sempre que quiser e a partir de qualquer parte do mundo, outros ainda acalentam a mística do objecto físico e dos velhos hábitos. Basta olhar para o mercado da música e verificar que essa é a realidade actual, mesmo quem ainda compra o CD, prefere copiar para um suporte digital de fácil transporte e acesso que lhes permita ouvir a música em qualquer lugar e em qualquer momento sem receios de danificar as preciosas caixinhas ou brochuras.
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