Irresistível. Acabo de ver na SIC Notícias o concerto dos Oquestrada dado no Tivoli em Maio de 2009, uma verdadeira reinvenção do fado filtrada pelo espírito da bohème à francesa que aqui é referenciada pelo espírito da Tasca Portuguesa. Sente-se Yann Tiersen no ar, mas respira-se um sentimento Português vindo das entranhas, de passear por entre as ruas de qualquer cidade portuguesa que se mistura com Goran Bregovic e um pouco de tinto da região alentejana, mais um pouco de The No Smoking Orchestra e encontramos a medida certa para um ritmo em passo acelerado, coerente e muito, mas muito criativo. Por momentos senti o corpo contorcer-se ao ritmo e a cabeça a fugir para as noites de Queima das Fitas dos tempos de estudante de Coimbra.
O primeiro álbum saiu em Abril deste ano e dá pelo nome de Tasca Beat - O Sonho Português. Se ainda não conhecem refresquem-se com esta centelha de inovação e criatividade nacionais no vídeo de Oxala te veja realizado pela Droid-i.d.
junho 28, 2009
junho 26, 2009
Alice de Tim Burton
Foram reveladas, há dois dias, as primeiras imagens de Alice in Wonderland de Tim Burton que está marcado para estrear a 5 de Março de 2010. São verdadeiramente espantosas, todo um imaginário de Lewis Carroll aqui filtrado pela estética muito própria de Tim Burton criando toda uma atmosfera original, mais pesada e colorida, estranha e atractiva, criativa e tecnicamente perfeita. (Clicar nas imagens para ver em HQ).
Michael Jackson (1958-2009)
Andava eu na escola primária quando saiu Thriller (1982) provocando todo um furacão mediático da persona de Michael Jackson. Thriller foi responsável por muita coisa principalmente pela criação de uma verdadeira "máquina de promoção" capaz de chegar a todos os cantos do globo e por todos os media existentes, algo nunca antes realizado. Um investimento colossal em merchandising e principalmente num teledisco que criou todo um ícone. Thriller suporta-se num teledisco que não o era propriamente mas antes uma curta-metragem de 13 minutos realizada por John Landis, realizador do famosíssimo An American Werewolf in London (1981). O teledisco é lançado em Dezembro de 1983 e esse Natal marcará profundamente a viragem na indústria da música no que toca à sua adopção do meio visual para suportar as suas necessidades de distribuição. Nesse Natal recebi um poster de metro e meio com a imagem que podem ver acima trazida por uns tios do Luxemburgo. No centro da Europa e EUA o estrondo mediático fazia-se sentir mais fortemente do que em Portugal, um país recentemente saído de um ditadura de décadas. Não me esqueço do poster que me acompanhou durante muitos anos ainda que dobrado e arrumado ao fim de algum tempo, mas também não me esqueço da sua forma estonteante de dançar, do breakdance e do moonwalking.
Tudo isto foi há muito tempo, nos últimos anos o que sentia por MJ é bem descrito pelo colega Luís Santos com quem concordo integralmente. No entanto MJ acaba de se transformar em mais uma figura lendária entrando para a galeria da mitologia do entertainment americano ao lado de figuras como Marilyn Monroe, James Dean, Jim Morrison ou Elvis Presley.
Tudo isto foi há muito tempo, nos últimos anos o que sentia por MJ é bem descrito pelo colega Luís Santos com quem concordo integralmente. No entanto MJ acaba de se transformar em mais uma figura lendária entrando para a galeria da mitologia do entertainment americano ao lado de figuras como Marilyn Monroe, James Dean, Jim Morrison ou Elvis Presley.
junho 23, 2009
Brincar
Acabo de ver a conferência TED de Stuart Brown, do National Institute for Play, e mais uma vez me sinto em estado de flow com tudo o que ouvi. Nada de novo mas este assunto inspira-me e delicia-me. O acto de brincar é inato, vem pré-inscrito nos nossos cérebros e somente por forças de origem patológica não nos engajamos nesse acto. Brincar é algo intrínseco ao ramo dos mamíferos e como tal está fortemente enredado com todo o nosso sistema emocional e cognitivo.
Stuart Brown abre a conferência com um artigo de capa, Taking Play Seriously, da The New York Times Magazine, a revista de domingo do NYT, que eu comprei quando estive em San Diego em Fevereiro de 2008. Guardei esse artigo para preparar inicialmente um texto para o blog, acendendo ramificações que me pudessem despoletar vontade de perseguir o assunto num paper. Nunca cheguei a fazer esse texto por falta de tempo e pela imensidade de outros assuntos que nos absorvem por completo. Agora que vejo esta conferência, resolvi passar por aqui e deixar-vos não só a mesma mas também esse belíssimo artigo da NYT Mag.
Muitos em Portugal pensarão, hmmmm, aqui está a raiz de muito daquilo que o Eduquês defende. Mas é exactamente por isso que no final Brown é questionado sobre essa questão, sobre o facto de ele defender o brincar como essencial na aprendizagem e aí Brown acaba por fechar o discurso apenas defendendo a sua dama, esquecendo que a importância da sua dama representará o declínio de outras. Contudo uma coisa é de grande importância, a relevância que o acto de brincar tem para nossa sobrevivência é insubstituível. Poderíamos até dizer mas agora vivemos numa sociedade menos prática e mais intelectual. Ora o brincar não é apenas um acto prático, físico, de contacto é muito mais que isso é um acto social que nos ensina a "ser". Que é base sólida para o relacionamento interpessoal, intergrupal e até íntimo. É base da amizade, da partilha, da gestão de expectativas e de liderança, do amor pelo próximo.
Stuart Brown abre a conferência com um artigo de capa, Taking Play Seriously, da The New York Times Magazine, a revista de domingo do NYT, que eu comprei quando estive em San Diego em Fevereiro de 2008. Guardei esse artigo para preparar inicialmente um texto para o blog, acendendo ramificações que me pudessem despoletar vontade de perseguir o assunto num paper. Nunca cheguei a fazer esse texto por falta de tempo e pela imensidade de outros assuntos que nos absorvem por completo. Agora que vejo esta conferência, resolvi passar por aqui e deixar-vos não só a mesma mas também esse belíssimo artigo da NYT Mag.
Muitos em Portugal pensarão, hmmmm, aqui está a raiz de muito daquilo que o Eduquês defende. Mas é exactamente por isso que no final Brown é questionado sobre essa questão, sobre o facto de ele defender o brincar como essencial na aprendizagem e aí Brown acaba por fechar o discurso apenas defendendo a sua dama, esquecendo que a importância da sua dama representará o declínio de outras. Contudo uma coisa é de grande importância, a relevância que o acto de brincar tem para nossa sobrevivência é insubstituível. Poderíamos até dizer mas agora vivemos numa sociedade menos prática e mais intelectual. Ora o brincar não é apenas um acto prático, físico, de contacto é muito mais que isso é um acto social que nos ensina a "ser". Que é base sólida para o relacionamento interpessoal, intergrupal e até íntimo. É base da amizade, da partilha, da gestão de expectativas e de liderança, do amor pelo próximo.
junho 19, 2009
so beautiful
Aqui está o último capitulo da trilogia de Fumito Ueda, depois de Ico (2001), Shadow of Colossus (2005), agora The Last Guardian (TBA). O videojogo que finalmente me fará comprar a PS3, dada a tradicional exclusividade Sony.
junho 16, 2009
Saudek em movimento
Fate Descends towards the River Leading Two Innocent Children, Jan Saudek, 1970
Tadas Svilainis resolveu pegar no trabalho de Saudek e dar-lhe movimento. É um trabalho inspirador.
Short experimental movie about love, betrayal, death. The idea was to create animated film using photos by Jan Saudek. I scanned stills from photo album, cut images into layers with Photoshop and animate them in After Effects.
junho 15, 2009
comunicação visual interactiva portuguesa
Uma notícia que tinha visto há algum tempo e não consegui deixar aqui no blog, agora que encontrei uma excelente entrevista realizada pela digup.tv ao Manuel Lima, aproveito para deixar a notícia e ampliar a lista de bons exemplos portugueses. Desta vez trata-se de comunicação visual fortemente suportada na interactividade ao invés da audiovisual referenciada no post anterior.
Manuel Lima é autor do site Visual Complexity com o qual conseguiu o feito de ser nomeado pela revista americana CREATIVITY como "one of the 50 most creative and influential minds of 2009". Nesta lista aparecem nomes como Jeff Bezos fundador da Amazon; Sergey Brin e Larry Page fundadores da Google; David Axelrod e David Plouffe os cérebros por detrás da campanha online de Barack Obama; entre autores como David Fincher, David Byrne, Jean Nouvel, ou ainda os criadores de Little Big Planet para a PS3 ou de Braid para a Xbox; Carlos Ulloa criador de Papervision 3d entre outros.
Para Manuel Lima o seu trabalho representa
Vejam a entrevista concedida por ele à digup.tv e apreciem a visão de Manuel Lima.
Manuel Lima é autor do site Visual Complexity com o qual conseguiu o feito de ser nomeado pela revista americana CREATIVITY como "one of the 50 most creative and influential minds of 2009". Nesta lista aparecem nomes como Jeff Bezos fundador da Amazon; Sergey Brin e Larry Page fundadores da Google; David Axelrod e David Plouffe os cérebros por detrás da campanha online de Barack Obama; entre autores como David Fincher, David Byrne, Jean Nouvel, ou ainda os criadores de Little Big Planet para a PS3 ou de Braid para a Xbox; Carlos Ulloa criador de Papervision 3d entre outros.
Para Manuel Lima o seu trabalho representa
"Our ability to generate and acquire data has by far outpaced our ability to make sense of that data. Meaningful information is not a given fact, and particularly now, when our cultural artifacts are being measured in gigabytes and terabytes, organizing, sorting and displaying information in an efficient way is a crucial measure for knowledge and ultimately wisdom. This is where information visualization undertakes an important mission."Licenciado em Design Industrial pela Faculdade de Arquitectura da UTL, Mestrado em Design & Technology, na Parsons School of Design de Nova Iorque é actualmente Senior User Experience Designer na Nokia's NextGen Software & Services baseada em Londres.
Vejam a entrevista concedida por ele à digup.tv e apreciem a visão de Manuel Lima.
comunicação audiovisual
Nesta manhã foi com surpresa que abri um link proporcionado pelo colega Luís Pereira a quem agradeço, para ver o filme A Thousand Words de Ted Chung. Dado o meu maravilhamento com a curta, o Luís passou-me ainda um outro link, Signs de Patrick Hughes. Fiquei aqui parado durante uns bons minutos a reflectir e a pensar no que tinha acabado de presenciar.
Outrora tínhamos apenas os canais dos festivais para aceder a estas obras, hoje a net veio revolucionar a comunicação e esta é cada vez mais audiovisual e menos textual. Hoje ser literado não significa apenas saber ler e escrever, mas ver/interpretar e também criar visualmente. A net outrora vista como a revolução da interactividade é cada vez mais um bastião de propagação do media que é ainda o mais capaz no contar de histórias, o audiovisual. Especialmente para os meus alunos espero que tirem ilações sobre o potencial narrativo do media e que sejam capazes de largar as amarras que os prendem ao texto para deixarem a imagem falar.
Deixo abaixo os dois filmes que me deliciaram nesta manhã e espero que desfrutem tanto como eu. Ted Chung esteve presente com este filme no Berlin Talent Campus de 2008 e no Pangea Day o festival organizado pela TED. Patrick Hughes preparou o filme para o Schweppes Short Film Festival.
Outrora tínhamos apenas os canais dos festivais para aceder a estas obras, hoje a net veio revolucionar a comunicação e esta é cada vez mais audiovisual e menos textual. Hoje ser literado não significa apenas saber ler e escrever, mas ver/interpretar e também criar visualmente. A net outrora vista como a revolução da interactividade é cada vez mais um bastião de propagação do media que é ainda o mais capaz no contar de histórias, o audiovisual. Especialmente para os meus alunos espero que tirem ilações sobre o potencial narrativo do media e que sejam capazes de largar as amarras que os prendem ao texto para deixarem a imagem falar.
Deixo abaixo os dois filmes que me deliciaram nesta manhã e espero que desfrutem tanto como eu. Ted Chung esteve presente com este filme no Berlin Talent Campus de 2008 e no Pangea Day o festival organizado pela TED. Patrick Hughes preparou o filme para o Schweppes Short Film Festival.
A Thousand Words de Ted Chung
junho 14, 2009
Well Played 1.0
Drew Davidson o actual director do Entertainment Technology Center na CMU acaba de editar pela ETC-Press, Well Played 1.0: Video Game, Value and Meaning sob licença da Creative Commons, ou seja o livro pode ser descarregado integralmente da web de forma gratuita. O livro apresenta leituras de jogos com o objectivo de criar uma literacia sobre o mundo dos videojogos.
This book is full of in-depth close readings of video games that parse out the various meanings to be found in the experience of playing a game. 22 contributors (developers, scholars, reviewers and bloggers) look at video games through both senses of “well played.”Os capítulos podem ser descarregados directamente nos links abaixo:
The goal is to help develop and define a literacy of games as well as a sense of their value as an experience. Video games are a complex medium that merits careful interpretation and insightful analysis.
- Introduction
- Ico - Charles Herold
- Super Mario Bros. - Patrick Curry
- Advance Wars - Noah Falstein
- Ultima Underworld - Corvus Elrod
- Bully - Kirk Battle (L.B. Jeffries)
- Half-Life 2 - Mark Sivak
- Europa Universalis - Greg Costikyan
- Zork & Kingdom of Loathing - Brett E. Shelton
- Phoenix Wright - Mia Consalvo
- Shadow of the Colossus - Nick Fortugno
- Civilization 4 - Kurt Squire, Shree Durga, Ben Devane
- Parappa the Rapper - Katherine Isbister
- Portal & Passage - Nick Montfort
- Silent Hill 2 - Doris C. Rusch
- Bioshock - Clint Hocking
- Metal Gear Solid 4 - James Paul Gee
- Tempest - Mary D. Flanagan
- Guitar Hero - Jason Vandenberghe
- Legend of Zelda: Ocarina of Time - Seth Sivak
- The Secret of Monkey Island - Clara Fernández-Vara
- Mines of Minos - Jesse Schell
- World of Goo - Drew Davidson
Subscrever:
Mensagens (Atom)