Stuart Brown abre a conferência com um artigo de capa, Taking Play Seriously, da The New York Times Magazine, a revista de domingo do NYT, que eu comprei quando estive em San Diego em Fevereiro de 2008. Guardei esse artigo para preparar inicialmente um texto para o blog, acendendo ramificações que me pudessem despoletar vontade de perseguir o assunto num paper. Nunca cheguei a fazer esse texto por falta de tempo e pela imensidade de outros assuntos que nos absorvem por completo. Agora que vejo esta conferência, resolvi passar por aqui e deixar-vos não só a mesma mas também esse belíssimo artigo da NYT Mag.
Muitos em Portugal pensarão, hmmmm, aqui está a raiz de muito daquilo que o Eduquês defende. Mas é exactamente por isso que no final Brown é questionado sobre essa questão, sobre o facto de ele defender o brincar como essencial na aprendizagem e aí Brown acaba por fechar o discurso apenas defendendo a sua dama, esquecendo que a importância da sua dama representará o declínio de outras. Contudo uma coisa é de grande importância, a relevância que o acto de brincar tem para nossa sobrevivência é insubstituível. Poderíamos até dizer mas agora vivemos numa sociedade menos prática e mais intelectual. Ora o brincar não é apenas um acto prático, físico, de contacto é muito mais que isso é um acto social que nos ensina a "ser". Que é base sólida para o relacionamento interpessoal, intergrupal e até íntimo. É base da amizade, da partilha, da gestão de expectativas e de liderança, do amor pelo próximo.