maio 24, 2010

Educação: a importância de amar o que fazemos

Depois de uma das mais brilhantes TED talks realizada em 2006, Do schools kill creativity? (2006), Ken Robinson traz-nos agora uma espécie de segunda parte dessa palestra, agora com o título Bring on the Learning Revolution! (2010).



Não é tão brilhante como a primeira, o que não admira, mas toca em pontos novos e sobre os quais vamos precisar de começar a reflectir muito em breve no que toca à educação e a todo do sistema educativo. Aliás esta e a outra, são palestras que os conservadores portugueses auto-denominados de intelectuais "anti-eduquês" deveriam ouvir e encarar com muita atenção.

Robinson começa por dividir o mundo em dois tipos de perfis:

"- as pessoas que não gostam do que fazem, que aguentam apenas fazer o que fazem à espera que chegue o fim de semana.
- e as pessoas que adoram o que fazem, e são incapazes de fazer qualquer outra coisa durante todos os seus minutos."

Uma divisão que vai justificar o seu pensamento mais à frente quando nos dirá que não precisamos de ir todos para a Universidade, que podemos ser excelentes pessoas, realizadas e com sucesso fazendo muitas outras coisas. Aqui ela vai tocar na questão da "tirania do Senso Comum" como aquilo que nos impele a fazer o mesmo que todos os outros porque é a única maneira, destruindo pela raiz a fonte da Inovação. E daqui vai até às questões conservadoras de "LINEARIDADE" em que tudo no mundo precisa de uma ordem lógica em que o orgânico é difícil e pior que isso, como algo incorrecto por não ser facilmente compreensível pelo senso comum. Com isto diz-nos algo muito importante:

"as comunidades humanas dependem de uma grande diversidade de talentos, e não de uma concepção singular da habilidade"

"a razão pela qual muita gente sai da escola é porque esta não preenche o seu espírito, não preenche a sua energia, a sua paixão... precisamos de deixar para traz este modelo industrializado da escola que conduz as pessoas apenas através da linearidade e do conformismo... precisamos de transformar a escola de um modelo de indústria num modelo de agricultura, onde se criem condições para que os talentos naturais das crianças possam florescer"

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