fevereiro 20, 2008

delicious

Antes de sair para o aeroporto aqui ficam dois momentos visuais e sonoros que nos transcendem. Deliciem-se.


De um motion graphics director, Pierre Michel, Fire Flower, é um spot publicitário que transpira sensualidade.

E do colectivo Zwei linke Hände, formado por dois alunos da German Film School, Alexandra Zühlke and Sven Heck fiquem com Water is my Eye. Uma curta que respira harmonia de cores, traço e introspecção. [a partir de CG Talk]


A character, who became unbalanced is being lead to a mysterious cathedral. Touching the sacred waterdrop he releases the birth of man and woman first
united as one who are separated and begin falling in love...

fevereiro 18, 2008

HP e a tecnologia no ensino

Cá vai mais um resumo live a partir de uma conferência. Hoje estou na 2008 HP Technology for Teaching Worldwide Higher Education Conference na Estancia Hotel La Jolla (San Diego), California, USA. A impressão da primeira manhã de dois dias, é o entusiasmo da HP não partilhado pelos investigadores. Estamos aqui todos a ouvir dizer que os Tablets PCs são fantásticos e que são revolucionários e que podem aumentar a colaboração entre estudantes, que podem aumentar a atenção, o interesse, a motivação. Isto é sustentado com estudos de algumas Universidades de peso como a Duke ou a Virginia Tech que parecem ter recebido financiamentos chorudos para estarem aqui a falar desta forma.


Na verdade se isto me parece estranho a mim, aos colegas do Brasil, Espanha, Itália ou UK não parece ser tão estranho aos americanos que estão mais habituados a estas fortes investidas da indústria sobre os investigadores fornecendo-lhes recursos e ao mesmo tempo pedindo de volta dados que sustentem e aumentem as vendas dos produtos. Acima de tudo fala-se de dados, e gráficos de dados, métodos de analisar e medir os dados. Existe um forte interesse nos dados, com o selo de cada Universidade por forma a poderem ser utilizados mais tarde como "produto comprovado cientificamente".


Existe algo que não consigo deixar de apontar com muita estranheza e apreensao, se esta é acima de tudo uma conferência sobre novos modelos de ensino e aprendizagem nas Universidades, como é que praticamente todos os investigadores são provenientes de Engenharia e Ciências da Computação. Onde está a Psicologia e as Humanidades e as Ciências Sociais, aqueles que não usam a tecnologia por norma nas suas aulas. Pois porque nós usamos a tecnologia sempre, com Tablets ou sem Tablets, as nossas aulas têm por base o computador. Mas interessava era ver aqueles que ainda se recusam a usar máquinas, e a usá-las para actividades diárias que não necessitam obrigatoriamente do computador. Perceber aí em matérias menos esquemáticas e mais conceptuais como é que poderemos dar um melhor uso à tecnologia.

Por agora deixo-vos com uma interessante frase da Gloria Rogers, executiva da ABET, Inc, que esteve a falar extensivamente sobre métodos de quantificação de dados e de procura da verdade científica. Adorei quando ela disse, Communicate, Communicate, Communicate. You need to tell your story.

machinima, para ficar

Faz algum tempo que não via nenhum filme machinima, apesar de terem potencial, sempre se mostraram repletos dos problemas de linguagem emocional que os jogos contém, nomeadamente ao nivel da comunicação não-verbal. No entanto tenho a dizer que fiquei não só surpreendido mas contente com o facto de estarmos a assistir a uma mudança desta realidade. Agradeço ao Manuel Pinto pelo envio do artigo de Eva Domiguez no La Vanguardia no qual esta refere o facto de o machinima estar a ultrapassar as barreiras do próprio medium chegando a fazer parte de séries televisivas e anúncios comerciais, no entanto e apesar de achar isso interessante, julgo que o mais importante é perceber que temos aqui uma potencial nova ferramenta criativa. Além disso julgo mesmo que esta nova ferramenta poderá vir a ser utilizada no ensino da linguagem audiovisual e até interactiva, muito brevemente. Dois excertos são citados, um deles apesar de possuir toda a gramática audiovisual aplicada sofre tremendamente ainda com a ausência de um acompanhamento efectivo do drama visual, falo de A Few Good G-Men. Uma cena, já clássica do filme, A Few Good Men, de confronto verbal entre Tom Cruise a Jack Nicholson e onde aqui se pode ver tudo aquilo que vai faltando aos jogos para chegar aos niveis de expressão dramática do cinema. A outra sequência é a abertura do filme American Beauty, batizada aqui de Machinima Beauty, menos dependente da expressão dramática porque o que está em causa é a exteriorização dos dilemas do protagonista, ou seja a projecção dos seus problemas sobre o real que o rodeia. Sendo também uma sequência mais de exposição e introdução aos factos e menos de conflicto/climax como a anterior suporta-se muito melhor e faz-nos acreditar que dentro de algum tempo conseguiremos mais e melhor. Eu pelo menos fiquei a acreditar, vejam e retirem as vossas conclusões.



fevereiro 14, 2008

em nome de S.Valentim

Não tenho por hábito fazer referências festivas, mas não podia deixar de marcar este dia com o mais recente filme da Psyop. Vindo de uma empresa publicitária, a mensagem é de grande relevância e cada vez mais actual aqui aliada ao humor negro ganha toda uma dimensão e ajuda a uma fácil compreensão da ideia. Bem hajam, os corações palpitantes.




[em alta resolução]

fevereiro 13, 2008

robot

Novo spot publicitário da Philips, Robot Skin, a fazer lembrar o polémico videoclip de Chris Cunningham para a Bjork, All is Full of Love proibido de entrar no ar, na MTV, antes das 23h00. Neste caso parece-me que este filme vai um pouco mais longe, quanto mais não fosse porque já não temos apenas dois robôs mas um robô e um humano. O filme foi realizado por Bruno Aveillan com criação de Stuart Buckley, sendo produzido pela Short Films.


Robot Skin de Bruno Aveillan (2007)

Vale a pena ver em alta resolução.

fevereiro 12, 2008

Hitchcock revisitado

A Vanity Fair resolveu realizar um sessão fotográfica revisitando cenas de filmes de Alfred Hitchcock fazendo uso de actores contemporâneos bem conhecidos do grande público. Os resultados são muito interessantes. O trabalho que deverá sair na edição de Março 2008 foi entretanto digitalizado e disponibilizado on-line pelo ohnotheydidnt.

Entretanto aproveito para vos deixar aqui a comparação entre a cena original de Grace Kelly e a produção com Charlize Theron para Dial M for Murder.




[a partir de Brainstorm #9]

Jobs #8

Summer internships with Adobe's Creative Technologies Lab

Adobe’s Creative Technologies Lab (CTL) has openings in Seattle, the Boston area, San Francisco, and San Jose for student internships. We are looking for PhD students who are excited to push the state of the art in computer graphics, vision/audio research, visualization, HCI, and more — in ways that could be of interest to Adobe as well as the research community at large. We have just started recruiting for summer internships, and we would love to hear from you!

To apply, please send your CV to Paris Smaragdis (paris@adobe.com), with the subject line 'CTL intern: '. Internships will be granted on a rolling basis.

fevereiro 11, 2008

prémios em discussão

Mais um prémio, agora na área de vídeo, para a Diana Carvalho, aluna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro do curso de Comunicação e Multimédia pelo filme Journey into Nature. O prémio foi atribuído pela UNESCO, no âmbito de um concurso de estudantes relativo à comemoração do International Year of Planet Earth. Este prémio é referente à categoria de país, neste caso Portugal e o júri da UNESCO foi constituído pelo "respective National IYPE Committees" tendo por objectivo atribuir até 5 prémios por país, até um máximo de 350 prémios no mundo. Os artefactos a premiar podiam ainda variar entre: essay: maximum of 1600 words; poem/song: maximum of 400 words; drawing/painting: maximum A3; video message: maximum of 10 minutes. Na final em Paris, teremos 43 países e cerca de 100 estudantes.
Journey into Nature de Diana Carvalho (2007)

O filme pode ser visto no Canal de Vídeos do Público, no qual se podem desde já ler também alguns comentários críticos relativos à qualidade técnica e estética do filme. Na generalidade concordo com as ineficiências apontadas, o filme apresenta sérias deficiências e julgo mesmo que neste caso e não existindo melhor não deveriam ter atribuído qualquer prémio. A razão é simples, julgo que a ideia da Diana é boa, mas socorreu-se do medium errado para verbalizar a sua mensagem. Valeria mais ter escrito um ensaio ou ter feito um desenho. Julgo até que o filme se suportaria melhor se fosse eliminada toda a parte real de fotografia e vídeo e mantido apenas a animação. Apesar do objectivo do concurso, na vertente vídeo, pedir apenas uma mensagem a verdade é que não acredito que no caso do ensaio escrito fossem capazes de premiar um ensaio apenas pela ideia descurando sérios problemas gramaticais, caso existissem.

fevereiro 10, 2008

"estranha", mas vulgar

Aquilo que começa por ser uma abertura para algo que nos surpreenda desemboca numa mera perseguição e vendetta. O filme leva-nos com ele, o thriller é efectivo e pega-nos, deixa-nos pedir por mais. Contudo a uma determinada altura a magia esvai-se para cairmos na mera perseguição, na mera vigança, no caso comum de quem quer executar uma finalidade própria. O filme que parecia ter aberto uma janela para algo mais abrangente esvai-se. Tínhamos um drama, que se transforma em thriller, para passar a um somenos de acção. Segura-se com uma fortíssima, e talvez uma das melhores, interpretações de Foster. Por outro lado Terrence Howard só nos traz à memória Crash (2004). Uma mistura entre o sublime do interior dos personagens de Crash e a rudeza de Bronson em Death Wish (1974).

Neil Jordan desilude porque nos habitou a mais. Um final que fica pelo caminho, deixando para trás tudo o que poderia ter sido, se não tivesse descido à banalidade. A discussão em redor da personalidade do personagem de Foster, a estranha, fica para trás pendurada numa mera voz off que não consegue marcar o ritmo em face dos eventos narrativos vulgares que arrastam a segunda metade do filme. Contudo é um bom filme de entertainment, com iluminação e sonorização soberbas que vão criando uma série de interessantes atmosferas, uma estética que se apresenta claramente com a marca da produção de Joel Silver.

fevereiro 09, 2008

bioanime

Belíssimo filme, tanto no conceito como esteticamente, a criatividade está bem presente. Temos aqui ilustração, animação, composição ou seja tudo aquilo que precisamos para elaborar um bom trabalho de motion design. Filme produzido pela francesa SL Co, para agência Young & Rubicam, sendo o cliente a estação de rádio francesa Nova. E já agora vejam os restantes spots da rádio aqui.