Mostrar mensagens com a etiqueta filmeMês. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta filmeMês. Mostrar todas as mensagens

fevereiro 02, 2014

Filmes de Janeiro 2014

O mês de Janeiro foi recheado, acabei jogando muito pouco, sobrando para o cinema. Dei uma nota máxima ao último de Jonze, Her, e quase dei também a Prisoners de Villeneuve e Everyday de Winterbottom. 12 Years a Slave é também muito bom, e um forte candidato ao Oscar, ao contrário de Her, mas McQueen já nos deu trabalhos superiores. Pelo caminho algumas desilusões, Jeune et Jolie de Ozon, e o badalado Fruitvale Station de Coogler. Também esperava mais de Frozen, ou talvez não, julgo que a Pixar nos habituou mal, e a Disney do momento não passa de uma máquina de fazer dinheiro, o verdadeiro talento do grupo está todo refugiado no seio da Pixar. Já o remake de Evil Dead, é mesmo para esquecer.

xxxxx Her 2013 Spike Jonze USA [Análise]

xxxx Le Passé 2013 Asghar Farhadi Iran/France

xxxx Prisoners 2013 Denis Villeneuve USA

xxxx 12 Years a Slave 2013 Steve McQueen USA

xxxx Captain Phillips 2013 Paul Greengrass USA

xxxx Everyday 2012 Michael Winterbottom UK

xxxx Le Prénom 2012 Matthieu Delaporte France

xxxx Last Station 2009 Michael Hoffman UK


xxx Frozen 2013 Chris Buck USA

xxx This Is the End 2013 Evan Goldberg, Seth Rogen USA

xxx Gloria 2013 Sebastián Lelio Chile

xxx Hannah Arendt 2012 Margarethe von Trotta Germany

xxx Aguirre The Wrath Of God 1972 Werner Herzog Germany


xx Jeune et Jolie 2013 François Ozon France
xx Fruitvale Station 2013 Ryan Coogler USA
xx The Call 2013 Brad Anderson USA
xx Escape Plan 2013 Mikael Håfström USA
xx Riddick 2013 David Twohy USA

xx Passion 2012 Brian De Palma France
xx Girl Most Likely 2012 Shari Springer Berman USA
xx Mother and Child 2009 Rodrigo García USA

x Evil Dead 2013 Fede Alvarez USA
x Lockout 2012 James Mather, USA


Para ver as notas dadas nos meses anteriores podem seguir a etiqueta FilmeMês. Para acompanhar as notas que vou dando ao longo do mês, ou ver a listagem de notas dos últimos anos podem visitar a minha folha de notas online.

janeiro 02, 2014

Filmes de Dezembro 2013

Passei o mês de Dezembro a tentar terminar alguns videojogos de 2013 para poder fechar as minhas escolhas deste ano, desse modo sobrou muito pouco tempo para cinema. Ainda assim consegui surpreender-me com "Don Jon", um filme na forma bastante tradicional mas com uma abordagem temática de fuga ao tradicional embelezamento da realidade, uma comédia com substrato. Por outro lado fiquei um tanto desiludido com os últimos Tornatore e Blomkamp.

xxxx The Attack 2012 Ziad Doueiri Lebanon

xxxx Don Jon 2013 Joseph Gordon-Levitt USA

xxx The Best Offer 2013 Giuseppe Tornatore Italy

xxx Elisyum 2013 Neill Blomkamp USA

xxx Now you see Me 2013 Louis Leterrier USA

xxx Stoker 2013 Chan-wook Park USA

dezembro 01, 2013

Filmes de Novembro 2013, e a linguagem de Hollywood

Como estamos no fim do ano é natural que tenha passado grande parte do mês a ver quase só filmes de 2013, e por isso talvez também não me espante ter tantos filmes com notas médias. Uma grande parte do cinema atual apresenta elevada qualidade técnica, mas quando chega à questão da contribuição original espalha-se. É comum ouvir dizer que quem quer originalidade hoje tem de recorrer às séries de TV. Não concordando totalmente e aceitando que se encontra aí muito trabalho interessante, a verdade é que de cada ano apenas alguma obras serão recordadas, as restantes servem apenas para entreter o tempo.

"Uma História de Amor e Fúria" (2013) de Luiz Bolognesi, Brasil

The Great Gatsby surpreendeu-me, um filme que nem queria ver, acabei deslumbrado mais uma vez pela genialidade de Luhrmann, o cineasta mais barroco de que há memória. Por sua vez o Brasil presenteou-nos com uma magnífica longa de animação, que nos conta a história do Brasil, desde o passado ao presente, projetando o futuro próximo, tudo num raio de 600 anos. Estreou em Portugal no Cinanima 2013, e é um dos trabalhos obrigatórios deste ano.

Quando falava da competência técnica de Hollywood, referia-me a trabalhos como "Hunger Games", "Man of Steel", "After Earth", "Star Trek" ou ainda "Jobs", "Disconnect" ou "Killing Season". Nada podemos repreender a estes filmes, a não ser a falta de identidade, de visão pessoal, de autoria. Todos estes filmes são obras coletivas de grande feito. Todos eles falam de assuntos, uns mais outros menos, relevantes. Mas todos eles falam da mesma forma, como se as ideias tivessem sido passadas por um filtro de homogeneização, capaz de eliminar as especificidades, diferenças e estranhezas. No final temos uma espécie de hambúrguer com garantia de qualidade alimentar, mas que sabe igual, seja comido em Lisboa, Paris ou Hong-Kong.

No meio de tudo isto, a minha maior desilusão foi mesmo para Jobs (2013), o filme que nunca devia ter existido. Sendo uma biografia, pedia-se que estivesse à altura do biografado. Se Jobs fosse vivo tudo teria feito para impedir que este filme alguma vez fosse exibido! Não por maltratar a sua imagem mas pela incapacidade de retratar tanto a pessoa como os seus feitos. Demasiada ligeireza e superficialidade. Um filme sem ângulo nem perspectiva, sem qualquer noção do que quer dizer, limitando-se a meia dúzia de notas de rodapé.

O filme de Jobs é um bom exemplo do atual paradigma de Hollywood. Todos têm que entender tudo o que se passa no ecrã, seja em Madrid, São Paulo ou Moscovo, seja canalizador, futebolista, ou informático. Dada a complexidade de explicar aquilo que preocupava Jobs no seu trabalho a não especialistas em design de interação e tecnologia, foge-se disso, e introduz-se apenas e só as suas relações humanas. Mas como estas são um dos seus piores legados, elas aparecem de forma avulsa na tela, como se se quisesse falar delas, sem verdadeiramente falar delas. É isto o cinema de Hollywood hoje. Não interessa nunca o assunto, sejam as alterações climáticas em "Day After Tomorrow" seja um meteorito que se aproxima da terra em "Armaggedon", seja a fome e a revolução em "Hunger Games". Os produtores de hollywood assumem, e talvez com razão, que a grande maioria não vai entender do que se está a falar e por isso centram-se apenas e só sobre as relações humanas, sobre aquilo que é familiar e compreensível por todos, seja de que estrato for, país, ou profissão. E é por isso que no final não sobra nada, para além do discurso de consumo rápido sobre os valores culturais da família "ideal" de classe média americana.

xxxx À Velocidade da Inquietação 2012 António José de Almeida Portugal [Análise]

xxxx Uma História de Amor e Fúria 2013 Luiz Bolognesi Brasil

xxxx The Great Gatsby 2013 Baz Luhrmann Australia

xxxx Mud 2012 Jeff Nichols USA


xxx The Hunger Games: Catching 2013 Francis Lawrence USA

xxx After Earth 2013 M. Night Shyamalan USA


xxx Europa Report 2013 Sebastián Cordero USA

xxx Star Trek Into Darkness 2013 J.J. Abrams USA

xxx Man of Steel 2013 Zack Snyder USA

xxx Jobs 2013 Joshua Michael Stern USA

xxx The Internship 2013 Shawn Levy USA

xxx Disconnect 2012 Henry Alex Rubin USA

xxx Zozo 2005 Josef Fares Sweden


xx Killing Season 2013 Mark Steven Johnson USA

xx Adore 2013 Anne Fontaine USA

xx Starlet 2012 Sean Baker USA

Para ver as notas dadas nos meses anteriores podem seguir a etiqueta FilmeMês. Para acompanhar as notas que vou dando ao longo do mês, ou ver a listagem de notas dos últimos anos, podem visitar a minha folha de notas online.

novembro 01, 2013

Filmes de Outubro 2013

Há algum tempo que não dava uma nota máxima, este mês foi para Gravity. Uma experiência poderosa capaz de nos transportar para o reino do puro espetáculo sensorial, sem nunca deixar de procurar construir um sentido coerente e completo. A prova disso é o espectáculo visual ser acompanhado por uma performance soberba de Sandra Bullock. No patamar abaixo vi muitos bons filmes, alguns falei já deles aqui, a série Before..., Room237, e Chugyeogja. Além desses vi A Gaiola Dourada, que não sendo um filme brilhante, é tecnicamente muito bom e muito interessante tematicamente. Existem várias nuances da cultura portuguesa aqui tratadas, diria de uma forma quase brilhante, e muito raramente vistas no cinema, nomeadamente no cinema feito por nós próprios. Fiquei algo desiludido com A Night Train to Lisbon, apesar de ter gostado, de ter uma trama e atmosfera que nos agarra até meio do filme, depois disso e aos poucos vai-se desmoranando. A mesma coisa acontece com Pacific Rim mas com um efeito final ainda pior, já que ao contrário de Gravity despeja sobre nós uma torrente de efeitos visuais sem contudo nunca lhes atribuir qualquer sentido ou necessidade, é o espectáculo pelo espectáculo.

xxxxx Gravity 2013 Alfonso Cuarón USA


xxxx Before Midnight 2013 Richard Linklater USA [Análise]

xxxx La Cage Dorée 2013 Ruben Alves France

xxxx Room 237 2012 Rodney Ascher USA [Análise]

xxxx Chugyeogja 2008 Hong-jin Na South Korea [Análise]

xxxx Le chiavi di casa 2004 Gianni Amelio Italy


xxx Night Train to Lisbon 2013 Bille August European

xxx Iron Man 3 2013 Shane Black USA

xxx The Fountainhead 1949 King Vidor USA


xx Pacific Rim 2013 Guillermo del Toro USA

xx Film socialisme 2010 Jean Luc Godard France