Em essência a fusão constrói-se apenas a partir de "Pong" e "Pac-man", já que tanto "Space Invaders" como "Donkey Kong" funcionam quase como meros adereços, daí também que o título do jogo faça referência apenas aos dois primeiros. De qualquer modo não deixa de ser um interessante trabalho de apropriação e mescla de ideias, capaz de gerar novas experiências, mantendo vivos os valores de cada um dos elementos originais. Isto é algo a que nos habituámos nas últimas décadas no domínio da música, e mais recentemente com a democratização digital, no vídeo, mas os jogos têm estado algo afastados destas experiências, muito por causa das competências exigidas que começam apenas agora a baixar, com as novas ferramentas de desenvolvimento de videojogos.
Assim para além da nostalgia, "Pacapong" consegue transformar por completo "Pong", diria mesmo modernizar, em termos de complexidade e caos, ao mesmo tempo que converte "Pac-man" num jogo multiplayer competitivo. O ritmo da jogabilidade teria a ganhar com "testing", algo que é difícil de fazer durante uma game jam, porque o atravessamento de pac-man e cada partida, parecem-me ser demasiado rápidos. Funcionam muito bem para garantir o interesse nas primeiras vezes que se joga, mas à medida que vamos jogando com outra pessoa, e vamos interiorizando o potencial das regras do jogo, mais tempo poderia ser benéfico para intensificar a emocionalidade entre os dois jogadores.
Video demonstrativo da jogabilidade de "Pacapong" (2015)
O jogo está disponível gratuitamente para Windows, Linux e Mac.
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