Eu começo a pensar que esta escola israelita tem tido a capacidade de criar uma identidade própria visual. Os últimos filmes de que aqui fiz nota, Between Bears (2010), Beat (2011) e agora este For The Remainder (2011), todos nos convidam para universos mais ou menos abstractos, tolhidos por um forte minimalismo e embalados em tonalidades pastel.
fevereiro 24, 2012
For The Remainder (2011), a beleza do abstracto
Mais um filme da escola de animação Bezalel de Israel que nos deixa sem palavras, For The Remainder (2011) de Omer Ben David. O filme impressiona pela qualidade da animação, os subtis movimentos são muito fluídos e de grande coerência. Graficamente estamos na presença de um objecto abstracto, que se socorre de uma narrativa minimal. Em termos cromáticos é um filme que segue um dos mais interessantes filmes desta escola, Between Bears (2010).
Eu começo a pensar que esta escola israelita tem tido a capacidade de criar uma identidade própria visual. Os últimos filmes de que aqui fiz nota, Between Bears (2010), Beat (2011) e agora este For The Remainder (2011), todos nos convidam para universos mais ou menos abstractos, tolhidos por um forte minimalismo e embalados em tonalidades pastel.
Eu começo a pensar que esta escola israelita tem tido a capacidade de criar uma identidade própria visual. Os últimos filmes de que aqui fiz nota, Between Bears (2010), Beat (2011) e agora este For The Remainder (2011), todos nos convidam para universos mais ou menos abstractos, tolhidos por um forte minimalismo e embalados em tonalidades pastel.
Olá professor eu li "O Elemento" de Ken Robinson e senti-me na obrigação de comentar. Mas é uma obrigação boa, não má.
ResponderEliminarKen Robinson afirma que as escolas criam alunos padronizados de acordos com os preceitos do capital, esquecendo por assim dizer o capital da indústria criativa. Ou melhor dizendo, Ken Robinson diz que a escola inculca nos alunos a valorização exagerada de certas profissões, equecendo trabalhos inovadores, que por si só também podem despertar em nós "O Elemento".
Ou seja a escola inculca nos alunos preceitos errados à sua natureza, e que limitam a sua realização pessoal.
O que eu lhe queria perguntar, era de que forma a Universidade se enquadra nos padrões definidos de Ken Robinson, da escola que envolve os alunos, obrigando-os a meter a "mão na massa" sendo o ensino feito de um modo mais prático.
Ou melhor queria lhe perguntar como é que os alunos chegam ao elemento através da formação que lhes é entregue.
PS: Não sou um apologista de um ensino mais prático acriticamente, conheço muitos colegas de universidade que criticam o atual modelo, falando no meu caso de um ensino teórico, mas que caso o ensino fosse mais prático o criticariam na mesma.
Olá
ResponderEliminarObrigado pelo comentário. Não sei se era neste texto que queria comentar, de qualquer modo aqui também faz sentido, porque o trabalho que aqui vemos é fruto de um grande investimento de um aluno para chegar a este nível de qualidade. Quanto ao que me questiona, sobre como pode a Escola oferecer uma visão mais Robinsiana da educação.
Aquilo que posso dizer baseia-se apenas na minha experiência, assimilação de estudos e teorias não apenas de Robinson, mas também de um campo que me é muito querido, o da Cognição Situada. Quero ressalvar que não fiz qualquer estudo empirico sobre o que passo a enunciar.
O ponto principal tem que ver com a Personalização versus Massificação. Ou seja é necessário criar um modelo no qual se dê mais espaço e relevância ao tempo passado em grupo, ainda que não seja um tempo quantificado em termos de nota, mas que pode ser quantificado de outras formas. E uma delas claramente que é o trabalho prático desenvolvido.
Uma das piores coisas no ensino tradicional passa pela rigidez dos tempos lectivos. Ainda que sejam bons para criar rotinas, necessárias ao estabelecimento de segurança e previsibilidade tanto para os alunos como docentes. Mas esses horários são anti-natura, e apenas se podem enquadrar num sentido fabril.
Claro que devem existir horários e rotinas, mas devem ser muito mais amplos, tanto temporalmente como em termos de matérias. Permitir que se deambule entre matérias, que se experimente, liberte-se e permita-se o investimento pessoal.
Depois claro que é necessário que o docente, não esteja afogado em burocracias, mas se possa dedicar totalmente a um grupo de alunos, possa compreender na plenitude as valias, fraquezas e desejos de cada um. É preciso que o professor seja alguém constantemente atualizado, e ainda que especializado deve ser detentor de uma enorme bagagem cultural, simultaneamente com uma grande abertura de espirito.
Quanto à questão teórico vs. prático, julgo que tem mais que ver com a falta de abertura e abrangência da cultura docente. Ou seja tudo no mundo tem um lado téorico e um lado prático, e precisamos de explorar ambos, o ideal é sempre conseguir desenvolver atividades que obriguem a uma simultaneidade de pensamento e de acção.